Epílogo
As pontas do guardanapo rasgavam
com facilidade entre os meus dedos enquanto eu estava no bar, esperando Phaedra
me trazer uma fatia de seu famoso cheesecake.
Sorri com o ruído baixo da
conversa que me deixara segura por tanto tempo. O Bucksaw sempre seria
exatamente isto: meu lar.
— Hannah! Pedido pronto! — gritou
Chuck. Quando captou meu olhar, ele piscou.
— Como está se sentindo?
— Cansada — respondi. — Mas
feliz.
O sino da porta tocou, eu virei e
vi Taylor com nosso filho apoiado no quadril, o braço livre agarrando a alça de
um bebê-conforto.
Phaedra pousou meu prato diante
de mim, mas mal parou antes de ir até a porta.
— Olha só esses bebês! Vem com a
vovó! — disse ela, estendendo os braços para Hollis.
Ela o carregou até onde eu
estava, e Taylor ajeitou a bolsa do bebê no ombro. Assim que colocou o
bebê-conforto no chão, o choro infantil encheu o ambiente.
Arqueei uma sobrancelha.
— Ainda acha que levá-los para o
hotel foi uma boa ideia?
Ele beijou meu rosto.
— Os caras ainda não tinham visto
ela, e eu achei que seria legal te dar um tempinho para conversar. — Ele se
inclinou, tirou o cobertor e soltou a bebezinha. Depois a aninhou por um
instante, antes de estendê-la para mim.
— Foi legal. Obrigada — falei,
encostando a bochecha macia de Hadley na minha e cantarolando uma música até
que se acalmasse.
— Tenho uma confissão a fazer —
disse Taylor. — Tirei a tiara do cabelo quando a gente estava lá.
Minha boca se abriu enquanto eu
fingia estar ofendida.
— Mas é tão lindo!
Eu a vestira com uma legging
xadrez preta e branca, uma blusa pink e meias que pareciam uma sapatilha de
boneca. Claro que a tiara era um pouco exagerada, mas não tínhamos muitas
oportunidades para arrumá-la. Eu me concentrava mais em deixá-la confortável.
Chuck apareceu e estendeu os
braços para Hadley.
— Acabei de lavar as mãos.
Phaedra apertou de leve um
pneuzinho de gordura no braço de Hollis.
— Você está alimentando essa
pobre criança? — Ela beijou o rosto dele e o balançou um pouco. — Ele está do
tamanho de uma criança que já sabe andar!
Hollis esfregou o nariz na blusa
de Phaedra, depois os olhinhos, com a mão gorducha.
— Está com sono, filho? —
perguntei.
Ele estendeu a mão para mim, e eu
dei tapinhas nas suas costas enquanto ele apoiava a cabeça em meu ombro. Ele
era a cara do pai, com os mesmos cílios longos e olhos marrons aconchegantes.
Taylor fora a todas as consultas
médicas e às ultrassonografias que Alyssa permitiu, e leu todos os livros sobre
paternidade e recém-nascidos que conseguiu encontrar enquanto estava de serviço
no novo emprego na estação de Estes Park.
O tempo todo em que Alyssa esteve
em trabalho de parto e na meia hora depois que Hollis nasceu, Taylor andou de
um lado para o outro, e eu o observei da minha poltrona desconfortável na sala
de espera, alisando minha barriga redonda. No instante em que entramos no
quarto onde o conhecemos, a enfermeira deu a Taylor seu filho, e foi amor à
primeira vista para nós dois.
Quatro meses depois que Hollis
nasceu, levamos Hadley para casa. Milagres acontecem, e Hadley era nossa filha.
— Aí está ela! — disse Kirby,
sorrindo e franzindo o nariz para o bebê no colo de Chuck. Depois, ela se
aproximou e alisou as costas de Hollis em pequenos círculos. — O cabelo dele
ficou escuro, né?
Beijei a parte de trás da cabeça
dele.
— Ele é todo Maddox.
— Que Deus nos ajude — provocou Phaedra.
A porta tocou de novo, e Gunnar
entrou correndo, com um grande sorriso no rosto.
— Oi — disse ele, abaixando-se
para dar um beijinho em Hollis. Ele olhou para Taylor. — Ele está ficando
grande! Quantos meses?
— Seis — Taylor respondeu. Como
qualquer pai orgulhoso, estufou o peito. — Ele vai ser uma fera.
— Vai, sim — disse Gunnar, indo
parar ao lado de Chuck. — Ah. Ela é adorável! Que arco lindo!
— Viu? — falei para Taylor antes
de mostrar a língua.
Estendi a mão para o garfo e
cortei um pedaço de torta.
— Ai, meu Deus, como eu sinto
falta da sua comida, Phaedra.
— Está aqui para você o tempo
todo — ela comentou.
Hadley começou a choramingar, e
Chuck a balançou antes de colocá-la nos braços de Taylor. Hadley fechou os
olhos, o corpo todo se sacudindo enquanto ela chorava.
— Meu Deus — disse Taylor,
abaixando-se para pegar sua chupeta.
Hadley a sugou durante alguns
segundos e começou a chorar de novo.
— Acho que ela está com fome,
baby. Vamos trocar — disse Taylor.
Peguei Hadley num braço e deixei
Taylor pegar Hollis do outro. Hollis já estava dormindo. Taylor me passou uma
manta, e eu me cobri com a mão livre.
Chuck e Gunnar desviaram o olhar.
Hadley se acalmou, e Taylor
balançava de um lado para o outro enquanto segurava Hollis.
Phaedra balançou a cabeça.
— Caramba. É como ter gêmeos.
— É mesmo — disse Taylor. — Mas
eu não trocaria.
Ele piscou para mim, e eu sorri.
Estávamos igualmente exaustos, e,
quando Taylor estava na estação e os dois bebês acordavam durante a noite, era
desafiador, mas nos tornamos verdadeiros profissionais. Taylor tinha sido um
ótimo namorado, mas era o pai perfeito.
— Então, quando é o casamento? —
Kirby perguntou.
— Assim que eu couber no vestido
tamanho quarenta que comprei — respondi.
Todo mundo riu, menos Taylor.
— Sabe — ele disse —, achei que
fosse impossível você ficar mais linda do que quando estava grávida, mas eu
estava errado. Eu me apaixono por você todas as vezes que te vejo segurando
nossos filhos.
— Isso não é problema — disse
Chuck. — É só ter mais um.
Phaedra, Kirby e Gunnar riram.
— Primeiro o casamento — disse
Taylor. — Depois quem sabe?
— Eu sei. Tivemos sorte — falei.
— Tivemos muita sorte — disse
Taylor antes de me beijar na testa. E olhou para os outros. — Vamos nos casar
em Eakins em outubro. Tem algumas pessoas de lá, além da família, que queremos
convidar.
— Tipo quem? — Phaedra perguntou.
— Shane e Liza... e Olive —
respondi.
Phaedra e Chuck se entreolharam.
— Então, você vai entrar em contato?
— Vou escrever uma carta para
eles — falei. — Tenho que explicar algumas coisas antes.
Phaedra pareceu preocupada.
— Se você acha que é melhor
assim.
— Tenho certeza que vai dar tudo
certo, querida — comentou Chuck com um sorriso.
Kirby saiu para verificar as
mesas restantes, e eu terminei a fatia de torta com uma das mãos, algo com o qual eu tinha me acostumado.
Depois que fiz Hadley arrotar, Phaedra a colocou no bebê-conforto.
— Vocês têm que ir tão cedo? —
ela perguntou, desolada.
— A gente vai voltar — falei,
abraçando-a.
Peguei Hollis dormindo do colo de
Taylor, e Phaedra beijou a mão do bebê. Taylor pegou o bebê-conforto e se
aproximou para abraçar Chuck.
— Dirige com cuidado — disse
Chuck.
Acenamos um tchau e, depois de
prender as crianças nos assentos, sentamos no nosso.
Taylor deu partida na caminhonete
e estendeu a mão para mim.
— Tanta coisa mudou desde que eu
entrei naquela cafeteria pela primeira vez...
— Isso é um eufemismo.
Ele levou minha mão até os
lábios, depois a baixou de novo até o console.
— Uma escolha levou a tudo isso.
Se eu não tivesse te conhecido, não teria nenhum dos meus dois filhos. Devo a
você tudo que é importante para mim.
Com a mão esquerda, ele engatou a
primeira marcha. De mãos dadas durante todo o caminho, fomos nos afastando do
lugar onde nos conhecemos, rumo ao nosso novo lar.
Eu quero ler o outro 😭, Posta logo pelo amor de Deus ❤
ResponderExcluirAhhh como não amar???? Primeira menina Maddox S2
ResponderExcluirQue lindo, amei😍❤😍❤
ResponderExcluirQue final mais lindo😭 Amo os Maddox😍
ResponderExcluirAin 😍😍❤ como eles são lindos... cada vez me apaixono mais pela família Maddox ❤
ResponderExcluirMeu favorito de todos ❤️🩹
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