Capítulo 13 - Porcelana
Abby não ficava muito tempo no
banheiro. Por uma questão óbvia, ela não poderia deixar o apartamento
suficientemente rápido. Eu tentei não deixar isso me derrubar. Abby geralmente
cai fora sempre que algo grave acontece.
A porta da frente se fechou e América
saiu em direção ao carro no estacionamento. Mais uma vez, o apartamento parecia
abafado e vazio ao mesmo tempo. Eu odiava estar lá sem ela e me pergunto o que
eu tinha feito antes de nos conhecermos.
Fui até um saquinho plástico da
farmácia que eu tinha pego, alguns dias antes. Eu tinha baixado algumas fotos
minhas e da Abby do meu telefone, e mandei imprimir algumas.
As paredes brancas, finalmente, tiveram
um pouco de cor. Assim que a última foto foi colocada no lugar, Shepley bateu
na porta.
"Hei, cara.”
“Sim?"
“Nós temos trabalho a fazer."
“Eu sei."
Nós dirigimos para o apartamento do
Brasil, em silêncio. Quando chegamos, ele abre a porta, e me deparo com pelo
menos duas dúzias de balões. Os longos cordões prateados voaram em seu rosto, e
ele assoprou pra longe, cuspindo alguns de seus lábios.
“Eu queria saber se vocês tinham
cancelado. Gruver está trazendo o bolo e o licor."
Nós passamos por ele em direção à
sala da frente. Suas paredes não parecem muito diferentes das minhas, mas seu
apartamento ou tinha chegado “totalmente mobiliado” ou eles receberam o sofá do
Exército da Salvação.
O Brasil continuou, ”Eu tive que
pegar alguns redshirts¹ e o Mickey para detonar nos altos falantes. Umas
meninas do Sigma Cappa tem umas luzes que podem nos emprestar – não se
preocupe, não vou convidá-las . Eu disse que era para um fim de semana para uma
próxima festa. Depois a gente vê."
"Bom", Shepley disse.”A
América seria como uma gata selvagem de merda se ela aparecesse aqui e nós
estivessemos com um bando de meninas do grêmio".
Brasil
sorriu.”As únicas meninas aqui serão algumas colegas de classe da Abby e
namoradas dos caras do time. Eu acho que Abby vai adorar."
Eu sorri, vendo o Brasil espalhar os
balões no teto, deixando os cordões pendurados.” Eu também acho. Shep?"
“Sim?"
“Não chame Parker até o último
minuto. Dessa forma, nós o convidamos, mas pelo menos ele não vai estar aqui o
tempo todo."
“Certo”.
Brasil respirou.”Quer me ajudar a
mudar os móveis, Trav?"
“Claro“, eu disse, seguindo-o para a
outra sala. A sala de jantar e cozinha eram um cômodo só, e as paredes já
estavam alinhadas com as cadeiras. O balcão tinha uma linha copos limpos para tomar
tequila e uma garrafa fechada de Patrón. ²
Shepley fica parado, olhando para a
garrafa.” Isto não é para Abby, é?"
Brasil sorriu, seus dentes brancos
destacando-se contra sua pele escura verde-oliva.” O... sim. É tradição. Se o
time futebol está na festa dela então , ela está recebendo o tratamento do time
.
"Você não pode fazer ela tomar
muitas doses”, disse Shepley.”Travis. Diga a ele.”
Brasil ergueu a mão.”Eu não estou
fazendo ela fazer nada. Por cada tequila que ela bebe, ela recebe U$ 20. É o
nosso presente para ela.” Seu sorriso desapareceu quando notou a carranca
Shepley .
"Seu presente é intoxicação por
álcool ?"
Eu balancei a cabeça uma vez.”Vamos
ver se ela quer tomar uma tequila de aniversário e ter 20 dólares, Shep. Nenhum
problema com isso.” Mudamos a mesa de jantar para o lado, e depois ajudamos os
redshirts trazer a comida e os alto-falantes.
Uma das namoradas dos rapazes começou
a pulverizar um spray de ambiente no apartamento.
"Nikki! Chega dessa merda!” •Ela
colocou a mão na cintura.”Se vocês não cheirassem tão mal, eu não precisaria
ficar borrifando esse spray. Dez garotos suados em um apartamento fica fedido
muito rápido! Você não quer andar por aqui e sentir cheiro de vestiário, não
é?” • “Ela está certa”, eu disse.”Falando nisso, eu preciso voltar e tomar um
banho. Vejo você em meia hora.” Shepley enxugou a testa
e
balançou a cabeça, puxando o celular de um bolso da calça jeans, e as chaves do
outro.
Ele mandou uma mensagem de texto
rápido para a América. Em poucos segundos, o telefone tocou. Ele sorriu. “Eu
estou ferrado. Elas estão no horário.” “Isso é um bom sinal.” Eu e Shepley
corremos de volta ao nosso apartamento. Em 15 minutos, tomei banho, fiz a barba
e me troquei.
Shepley não demorou muito mais tempo
que eu, mas ainda assim eu continuei verificando meu relógio.
"Calma", disse Shepley,
abotoando sua camisa xadrez verde .”Elas ainda estão nas compras.” Um barulho
alto de motor parou em frente ao nosso apartamento, a porta do carro se fechou,
e depois subiu a passos pesados em direção à nossa porta.
Eu abro a porta e sorrio
.”Beleza?!".
Trenton sorriu, segurando uma caixa
de tamanho médio com furos nas laterais e uma tampa.”Ele foi alimentado, bebeu
água, e já fez suas necessidades diárias. Ele deve ficar bem por um tempo.”
“Você é incrível, Trent. Obrigado.” Eu olhei por cima dele para ver meu pai
sentado atrás do volante da sua pick-up. Ele acenou, e eu acenei de volta.
Trenton abriu a tampa um pouco e
sorriu.”Fique bem garotinho! Eu tenho certeza que vamos nos ver outra vez.” O
rabo do cachorro bateu contra a caixa, enquanto eu levantava a tampa, e em
seguida, levei-o para dentro.
"Ah, cara. Por que o meu
quarto?” Shepley perguntou, lamentando-se.
"No caso de Beija Flor chegar
antes e eu estou pronto." Peguei meu celular e liguei para o número da
Abby. O telefone tocou uma vez, e em seguida, novamente.
"Olá?” “É hora do jantar! Onde
diabos vocês duas estão?” “Nós estamos recebendo um pouco de mimo. Você e Shep
sabiam como comer antes de a gente aparecer né? Tenho certeza de que você pode
fazer isso”.
"Bem, não brinca. Nós nos
preocupamos com vocês, você sabe.” “Nós estamos bem", disse ela, com um
sorriso na voz.
América falou de algum lugar perto de
Abby.”Diga a ele que eu vou levar você de volta em pouco tempo. Eu tenho que
passar na casa do Brasil para pegar algumas coisas para Shep, e depois nós
vamos estar em casa.” “Será que você conseguiu ouvir isso?” Abby perguntou.
"É.
Vejo você, então, Beija flor”.
Eu desliguei e rapidamente segui
Shepley para o Charger. Eu não sabia por que, mas eu estava nervoso. “Você
chamou o babaca?"
Shepley assentiu, ligando o
carro.”Enquanto você estava no chuveiro.” “Será que ele vem?” “Mais tarde. Ele
não ficou feliz porque recebeu o convite atrasado, mas quando eu o lembrei de
que era necessário por causa de sua maldita boca grande, ele não tinha muito
que dizer depois disso.” Eu sorri. Parker era sempre a pedra no meu caminho.
Não convidá-lo faria Abby infeliz, então eu tinha que ir contra o meu melhor
julgamento e deixar Shepley convidá-lo.
“E não fique bêbado e tente socá-lo”,
disse Shepley.
"Sem promessas. Parker lá, onde
ela não possa vê-lo”, eu disse , apontando para o bíceps do braço. Nós corremos
em direção ao apartamento do Brasil, e eu bati. Tudo quieto.
“Somos nós! Abra a porta.” A porta se
abriu, e lá estava Chris Jenks com um sorriso estúpido no rosto. Ele balançou
pra frente e para trás, já bêbado. Ele era a única pessoa que eu gostava menos
do que Parker. Ninguém podia provar,mas havia rumores que Jenks, teria colocado
algo na bebida de uma menina uma vez em uma festa da fraternidade. A maioria
das pessoas acreditava que esta foi à única maneira que ele encontrou para
chegar nela. Ninguém tinha acusado ele formalmente, então eu só tinha que
manter um olho nele.
Eu atirei um olhar para Shepley, que
levantou as mãos. Ele, obviamente, não sabia que Jenks ia estar lá.
Olhei para o meu relógio, e esperamos
no escuro, com dezenas de cordões prateados em nossos rostos.
Todos estavam tão próximos, que nos
sentíamos esmagados na sala de estar à espera de Abby, que apenas um movimento
de uma pessoa nos faria cair de uma forma ou de outra.
Uma batida à porta nos fez congelar.
Eu estava esperando a América para entrar, mas nada aconteceu. As pessoas
estavam sussurrando, enquanto outros foram fazendo shhhhhhhh uns para os
outros.
Outra batida e Brasil entrou em ação,
e ele deu vários passos rápidos para a porta, abrindo-a e revelando América e
Abby na porta.
"Feliz
Aniversário!" Todos nós gritamos em uníssono.
Os olhos de Abby se arregalaram, e
então ela sorriu e rapidamente cobriu a boca. América cutucou, e todos ficaram
em volta dela.
Como eu caminhei até Abby, dividi o
pessoal. Ela estava fenomenal, usando um vestido cinza e saltos amarelos. As
palmas das minhas mãos em concha em cada lado do rosto sorrindo, e eu
pressionei meus lábios contra sua testa.
"Feliz aniversário, Beija
Flor".
"Isso não era amanhã?",
disse ela, sorrindo para todo mundo em volta.
"Bem, já que você foi avisada,
tivemos que fazer algumas mudanças de última hora para surpreender você.
“Surpresa?” “Muito!” Finch correu
para lhe desejar um feliz aniversário, e América deu uma cotovelada do seu
lado.”Ainda bem que eu tive você comigo hoje para dar recados ou você teria
aparecido com cara de bunda!” “Você está linda", eu disse , fazendo um
show com o olhar. Grande não era a palavra mais poética que eu poderia ter
usado, mas eu não quero exagerar.
Brasil veio para dar um abraço de
urso em Abby.”E eu espero que você saiba a história da América e do Brasil era
arrepiante, mas era apenas para fazer você chegar aqui.” América
riu.”Funcionou, não?” Abby sacudiu a cabeça, ainda sorrindo e com os olhos
arregalados com o choque. Ela se inclinou no ouvido de América e sussurrou
algo, e então a América sussurrou de volta. Eu ia ter que perguntar-lhe mais
tarde que se tratava.
Brasil aumentou o volume do aparelho
de som, e todo mundo gritou.”Venha aqui, Abby!", disse, caminhando para a
cozinha. Ele pegou a garrafa de tequila do bar, estava diante dos copos
alinhados sobre o balcão.”Feliz aniversário do time de futebol, menina",
ele sorriu, derramando cada copo cheio de Patrón.”Esta é a nossa forma de fazer
aniversários: Você tem 19 anos e vira 19 doses de tequila. Você pode bebê-las
ou jogar fora, mas quanto mais você bebe, mais desses você ganha”, disse ele,
abanando um punhado de vinte dólares.
"Oh meu Deus!" Abby gritou.
Seus olhos se iluminaram com tanto verde.
"Beba, Beija Flor!", eu
disse.
Abby olhou para o Brasil,
suspeita.”Eu recebo U$ 20 para cada tequila que eu beber?” “É isso mesmo, peso
leve. Vendo pelo seu tamanho eu vou arriscar dizer que
vamos
sair com a perda de 60 dólares até o final da noite.” “Refaça as contas,
Brasil", disse Abby. Ela levantou o primeiro copo com tequila na boca e
rolou a borda do lado de seu lábio inferior até o meio da sua boca. A cabeça
inclinada para trás para esvaziar o copo, e em seguida, ela rolou a borda em
todo o resto de seu lábio, soltando a outra mão. Foi a coisa mais sexy que eu
já tinha visto.
"Puta merda!" Eu disse, de
repente ligado.
"Este é realmente um
desperdício, Brasil", disse Abby, limpando os cantos de sua boca.”A gente
vira José Cuervo, não Patron.” O sorriso de satisfação no rosto do Brasil
desapareceu, e ele balançou a cabeça e deu de ombros.”Vai fundo, então. Eu
aposto a carteiras dos 12 jogadores de futebol que dizem que você não pode
terminar 10.” Ela estreitou os olhos.”O dobro ou nada, e eu consigo beber 15.”
Eu não pude deixar de sorrir, e ao mesmo tempo imaginando como em nome de Deus
eu ia me comportar se ela continuasse agindo como um jogador de Vegas do
caralho. Estava quente como o inferno.
"Uau!" Shepley
resmungou.”Você não tem permissão para se internar no seu aniversário,
Abby!"
"Ela pode fazer isso",
disse América, olhando para o Brasil.
"Quarenta dólares um tiro?"
Brasil perguntou, olhando inseguro.
"Você está com medo?" Abby
perguntou.
"É claro que não! Eu te dou
vinte por copo e, quando você chegar em quinze, duplico o total."
Ela mandou outra dose.Ӄ assim que se
comemoram aniversários no Kansas” A música era alta, e tenho a certeza que ia
dançar com Abby cada música que ela concordasse. O apartamento estava cheio de
estudantes universitários sorrindo, uma cerveja em uma mão e um copo na outra.
Abby ia desviar ocasionalmente para beber outra dose, e depois voltar comigo
para a nossa improvisada pista de dança na sala de estar.
Os deuses de aniversário devem ter
ficado contentes com os meus esforços, porque só quando Abby estava ficando
zonza, uma música lenta começou a tocar. Uma das minhas favoritas. Eu mantive
meus lábios perto de seu ouvido, cantando para ela, e inclinando-a para trás
nas partes importantes que eu queria que ela entendesse que
eram
minhas. Ela provavelmente não pegou essa parte, mas isso não me impediu de
tentar.
Inclinei-me as costas e meus braços
cairam atrás dela, os dedos quase tocando o chão. Ela riu em voz alta, e então
estávamos de pé, balançando para frente e para trás novamente. Ela colocou os
braços em volta do meu pescoço e suspirou contra a minha pele. Ela cheirava tão
bem, foi ridículo.
"Você não pode fazer isso quando
eu estiver no décimo copo." Ela riu.
"Já falei que você está
incrível??"
Ela balançou a cabeça e me abraçou,
colocando a cabeça no meu ombro. Eu apertei-a para mim, e enterrei meu rosto em
seu pescoço. Quando estávamos assim, tranquilos, felizes, ignorando o fato de
que nós não eramos nada mais do que amigos, e que este era o único lugar que eu
queria estar.
A porta se abriu, e os braços de Abby
cairam.”Parker", ela gritou, correndo para abraçá-lo.
Ele beijou-lhe os lábios, e deixei de
me sentir como um rei, para um homem à beira da morte.
Parker levantou o punho e sorriu,
murmurando alguma coisa com ela sobre essa estúpida pulseira.
"Hey," América disse alto
no meu ouvido. Mesmo que o volume de sua voz estivesse mais alto do que normal,
ninguém mais podia ouvir.
"Hey," eu disse para trás,
ainda olhando para Parker e Abby.
"Mantenha a calma. Shepley
disse, Parker está apenas parando por aqui. Ele tem algo para fazer amanhã de
manhã, então ele não pode ficar muito tempo."
"Ah, é?"
"Sim, para mantê-los juntos.
Tome um fôlego. Ele vai embora antes que você perceba.”
Abby puxou Parker para o balcão,
pegou outro copo, bebeu-o, baixando-o no balcão com a boca virada para baixo,
como as cinco vezes antes. Brasil entregou-lhe outros 20, e ela dançou na sala
de estar.
Sem hesitar, eu a peguei, e nós
dançamos com a América e Shepley.
Shepley esbofeteou Abby na
bunda.”Um!"
América
adicionou uma segunda pancada, e então todo o time juntou à brincadeira No
número 19, eu esfreguei as mãos, fazendo-a pensar que eu ia rebentar-lhe uma
bomba.”Minha vez!"
Ela esfregou o bumbum.”Pega leve! Já
estou com dor na bunda!”
Incapaz de conter minha diversão,
levantei minha mão muito acima do meu ombro. Abby fechou os olhos, e depois de
um momento, olhou para trás. Parei um pouco abaixo de sua bunda, e deu-lhe um
tapinha.
"Dezenove", eu gritei.
Os convidados aplaudiram, e América
começou uma versão bêbada de "Parabéns a Você". Quando se chegou à
parte de seu nome, todo o quarto cantou "Beija Flor”.
Ela me fez um bocado orgulhoso.
Outra música lenta veio do som, mas
desta vez Parker puxou-a para o meio da sala para uma dança. Ele parecia um
robô com dois pés esquerdos, duro e desajeitado.
Eu não olhei o relógio, mas antes da
música acabar, eu peguei-a corregando para o corredor. Meus olhos encontraram
os da América. Ela sorriu, piscou, e balançou a cabeça, em silêncio, me dizendo
para não fazer nada de estúpido.
Ela estava certa. Abby não estava
sozinha com ele por mais de cinco minutos e eles estavam caminhando para a
porta da frente.
A expressão, desconfortável e
envergonhada no rosto de Abby me disse que Parker tinha tentado fazer aqueles
poucos minutos memoráveis.
Ele beijou sua bochecha, e então Abby
fechou a porta atrás de si.
"Papai se foi!" Eu gritei,
puxando Abby para o centro da sala de estar.”É hora de começar a festa!"
A sala explodiu em aplausos.
"Espere! Tenho um cronograma a
seguir! "Abby disse, entrando na cozinha. Ela tomou outra dose.
Vendo quantas ela tinha deixado, eu
peguei uma do fim da fila e bebi. Abby tomou outra dose, então eu fiz o mesmo.
"Mais sete, Abby," Brasil,
disse, entregando-lhe mais dinheiro.
A próxima hora nós dançamos, rimos, e
conversamos sobre nada particularmente importante. Os lábios de Abby foram
trancados em um sorriso, e eu não podia deixar de olhar para ela a noite toda.
De vez
em quando, eu pensava ter visto o seu olhar para mim, e isso me fez imaginar o
que aconteceria quando voltassemos para o apartamento.
Abby tomou seu tempo bebendo as doses
seguintes, mas por lá pela décima, ela já estava ruim. Ela dançou no sofá com a
América, saltando e rindo, mas depois perdeu o equilíbrio.
Eu a peguei antes que caísse.
“Você já provou seu argumento”, eu
disse.”Já bebeu mais do que qualquer garota que conhecemos. Vou cortar seu
barato agora.
“Nem ferrando que você vai me
impedir!", ela disse, pronunciando as palavras dela.”Tenho seiscentos paus
esperando por mim no fundo do último copo de tequila, não vai ser você quem vai
me dizer que não posso fazer algo extremo para descolar uma grana.”
"Se vocêestá querendo dar duro
para ganhar dinheiro, beija flor...”
"Eu não estou pedindo o dinheiro
de você", ela zombou.
"Eu ia sugerir pra você penhorar
a pulseira.". Sorri.
Ela me bateu no braço assim que a
América começou a contagem regressiva para a meia-noite.
Quando os ponteiros do relógio se
encostaram no 12, todos nós celebramos.
Eu nunca quis tanto beijar uma garota
em minha vida.
América e Shepley, beijaram cada uma
de suas bochechas. Eu levantei-a do chão, girando em torno dela.
"Feliz aniversário, Beija
flor" eu disse, tentando de tudo para não pressionar os meus lábios contra
os dela. Todo mundo na festa sabia o que ela estava fazendo na sala com Parker.
Seria uma merda fazê-la ficar mal na frente deles. Ela me olhou com seus
grandes olhos cinzentos, e eu derreti dentro deles.
"Tequila", ela disse,
tropeçando para a cozinha. Seu grito me assustou, trazendo todo o barulho e
movimento em torno de nós de volta à realidade.
"Você parece derrubada, Abby. Eu
acho que é hora de encerrar a noite" Brasil disse.
"Eu não sou uma
desistente", disse ela.”Eu quero ver o meu dinheiro."
Eu me juntei a ela quando o Brasil
colocou U$ 20 sob os últimos dois copos. Ele gritou com seus companheiros de
equipe,
"Ela vai beber! Eu preciso de
15!"
Todos
eles gemeram e reviraram os olhos, puxando suas carteiras para empilhar um
monte de vinte atrás do último copo.
"Eu nunca teria acreditado que
perderia cinquenta paus em aposta de quinze doses com uma garota", Chris
reclamou.
"Acredite, Jenks", disse
ela, pegando um copo em cada mão. Ela bateu de volta cada um dos copos, um de
cada vez, mas depois parou.
"Beija Flor”, eu perguntei, dando
um passo em sua direção. Ela levantou um dedo, e o Brasil sorriu.
"Ela vai perder", disse
ele.”Não, ela não vai." América balançou a cabeça.”Respire fundo,
Abby." Ela fechou os olhos e inalou, pegando a última dose restante no
balcão.
"Santo Deus, Abby! Você vai
morrer de intoxicação por álcool!" Shepley chorou.
"Ela vai conseguir,"
América assegurou. Ela inclinou a cabeça para trás e deixar o fluxo de tequila
em sua garganta. A festa inteira começou a assobiar e gritar atrás de nós
quando o Brasil entregou-lhe a pilha de dinheiro.”Obrigado", disse ela com
orgulho, enfiando o dinheiro em seu sutiã. Eu nunca tinha visto nada parecido
em minha vida.”Você está incrivelmente sexy agora", eu disse em seu ouvido
enquanto nós caminhamos para a sala de estar.
Ela colocou os braços em volta de
mim, provavelmente deixando a tequila resolver.
"Você tem certeza de que está
bem?"
Ela quis dizer "estou bem",
mas as palavras saíram ilegíveis.
"É preciso fazê-la vomitar,
Trav. Tirar um pouco do alcool do seu corpo."
"Deus, Shep. Deixe-a sozinha.
Ela está bem." América disse, irritada.
Shepley franziu as sombrancelhas
"Eu só estou tentando evitar que algo ruim aconteça."
"Abby? Você está bem?
"América perguntou.
Abby conseguiu dar um sorriso,
olhando meio dormindo.
América olhou para Shepley.”Basta
deixá-la um pouco com seus pensamentos e ela vai ficar sóbria. Não é seu
primeiro porre. Acalme-se.”
"Inacreditável", Shepley
disse.”Travis?"
Eu toquei minha bochecha na testa de
Abby.”Beija Flor? Você quer vomitar? "
"Não",
ela disse.”Eu quero dançar." Ela colocou os braços em volta de mim mais
apertado.
Olhei para Shepley e ele encolheu os
ombros.”Enquanto ela está em movimento...”
Infeliz, Shepley girou no meio da
multidão na pista de dança improvisada até que ele estava fora da nossa vista.
América estalou a língua e revirou os olhos, e então o seguiu.
Abby pressionou seu corpo contra o
meu. Mesmo a música sendo rápida , estávamos dançando lentamente no meio da
sala, cercado por pessoas que pulavam e balançavam os braços em nossa volta.
Luzes azuis, roxas e verdes dançavam com a gente, no chão e nas paredes. As
luzes azuis refletiram sobre o rosto de Abby , e eu tive que me concentrar para
não beijá-la.
Quando a festa começou a relaxar
algumas horas mais tarde, Abby e eu ainda estavamos na pista de dança.
Ela um pouco mais sóbria depois que
lhe dei algumas bolachas e queijos, e tentou dançar com a América alguma canção
pop estúpida, mas diferente de quando Abby estava em meus braços, os punhos
travados por trás do meu pescoço.
A maior parte da festa ela tinha
passado quase desmaiando em algum lugar do apartamento, e as brigas de Shepley
e América aumentando gradualmente.
"Se você quiser vir comigo, eu
estou indo", disse Shepley, arrancando em direção à porta.
"Eu não estou pronta para ir
ainda", Abby murmurou, com os olhos semicerrados.
"Eu acho que esta noite já
acabou . Vamos para casa.”Quando eu dei um passo em direção à porta, Abby não
se moveu.
Ela estava olhando para o chão,
parecendo um pouco verde.
"Você vai vomitar, não é? "
Ela olhou para mim, com os olhos
semicerrados.” É sobre aquele tempo."
Ela balançou pra frente e pra trás
algumas vezes antes de cair e eu a peguei em meus braços.
"Você, Travis Maddox, é meio
sexy quando não está sendo uma prostituta", disse ela, um ridículo,
sorriso bêbado torcendo a boca em direções diferentes.
"Uh... obrigado," eu disse,
me ajustando para uma melhor aderência.
Abby
tocou a palma da mão contra o meu rosto.”Você sabe o que, Mr. Maddox?"
"O que, bebê?"
Sua expressão ficou séria.”Em outra
vida, eu poderei te amar."
Eu a vi por um momento, olhando bem
dentro dos seus olhos embaçados . Ela estava bêbada, mas só por um momento não
parecia errado fingir que ela disse isso.
"Eu poderia te amar no
presente."
Ela inclinou a cabeça, e apertou seus
lábios contra o canto da minha boca. Ela quis me beijar, mas errou. Ela puxou
de volta, e então deixou cair a cabeça no meu ombro.
Olhei em volta, e todos nos olhavam congelados,
olhando em choque com o que tinham acabado de ver.
Sem dizer uma palavra, eu a carreguei
para fora do apartamento para o Charger, onde a América estava de pé, com os
braços cruzados.
Shepley gesticulou para Abby.
"Olhe para ela! Ela é sua amiga,
e você a deixou fazer algo insanamente perigoso! Você incentivou-a! "
América apontou para si mesma.”Eu a
conheço, Shep! Eu já a vi fazer muito mais do que isso pelo dinheiro! "
Eu atirei-lhe um olhar.
"Tequila. Eu já a vi beber muito
mais tequilas por dinheiro", ela afirmou "Você sabe o que eu quero
dizer."
"Ouça !" Shepley
gritou.”Você acompanhou Abby todo o caminho do Kansas para mantê-la fora de
problemas. Olhe para ela! Ela está praticamente em coma alcoólico , e ela está
inconsciente!
Isso não é comportamento que você
deva conhecer e achar legal!"
Os olhos de América se estreitaram.
"Oh! Obrigada pelo conselho de
serviço público sobre o que não fazer na faculdade, o Sr. Dezoito anos-garanhão
- com- onze bilhões de '-namoradas-debaixo–das calças!"
Ela usou os dedos para marcar
citações invisíveis quando ela disse séria.
A boca de Shepley se abriu, em uma
carranca.”Entra no carro, porra. Você está bêbada."
América
riu.”Você não ouviu o que eu disse, filhinho da mamãe! "
"Eu lhe disse que estamos
próximo!"
"Sim, então é eu e minha bunda!
Não significa que eu vou chamá-lo duas vezes por dia!”
"Você é uma puta!"
Todas as cores deixaram o rosto da
América.”Me deixe em casa."
"Eu adoraria, se você entrasse
no carro, porra!" Shepley gritou a última palavra. Seu rosto ficou
vermelho, e as veias estavam pulando para fora de seu pescoço.
América abriu a porta e subiu no
banco de trás, deixando a porta aberta. Ela me ajudou a colocar Abby ao lado
dela, e então eu caí no banco do passageiro.
A volta para casa foi curta e
completamente silenciosa. Quando Shepley estacionou na sua vaga e lançou o
câmbio em P, eu me mexi para fora do carro e ele puxou o banco para a frente.
A cabeça de Abby foi para o ombro da
América, com o cabelo cobrindo o rosto. Cheguei e puxei Abby para fora,
jogando-a por cima do meu ombro. América arrastou-se para fora rapidamente e
foi direto para seu carro, puxando as chaves de sua bolsa.
"Mare", Shepley disse,
lamentando com aquela voz quebrada.
América sentou no banco do motorista,
bateu a porta na cara de Shepley, e depois saiu.
Abby com a sua bunda para cima, com
os braços balançando por cima do meu ombro atrás de mim.
"Ela tem que voltar para Abby,
certo?" Shepley perguntou, seu rosto desesperado.
Abby gemeu, e depois seu corpo
balançou. O terrível gemido/ rosnado que sempre acompanha o vômito e o som de
respingos. A parte de trás das minhas pernas estavam molhadas.
"Diga-me que não," eu
disse, congelado.
Shepley se dobrou para trás por um
segundo, e então se endireitou.”Ela vomitou."
Corri subindo dois degraus de cada
vez, e Shepley correu enquanto tentava encontrar a chave do apartamento. Ele
abriu a porta , e eu corri para o banheiro.
Abby inclinou-se sobre o vaso
sanitário, esvaziando o conteúdo de seu estômago litros de cada vez. Seu cabelo
já estava molhado com o vômito de antes na calçada,
mas eu
peguei um daqueles elásticos redondos, preto, da pia e puxei o cabelo longo em
um rabo de cavalo.
As mechas úmidas presas junto em um
pequeno monte, mas eu puxei tudo de volta com as mãos, de qualquer maneira, e
garanti que o cabelo estava preso com aquela coisinha. Eu tinha visto as
meninas fazerem isso, torcendo e puxando o cabelo para trás na classe, e não demorou
muito para eu descobrir isso.
O corpo de Abby balançou novamente.
Molhei um pano do armário do corredor, e depois me sentei ao lado dela ,
segurando-a na testa. Ela encostou-se na banheira e gemeu.
Eu gentilmente limpei o seu rosto com
o pano molhado, e depois ela tentou se sentar mas não aguentou e deitou a
cabeça no meu ombro.
"Você vai vomitar mais?" Eu
perguntei.
Ela franziu a testa, e silenciou,
mantendo os lábios juntos apenas o tempo suficiente para posicionar a cabeça
sobre vaso. Ela levantou mais uma vez e mais líquido espirrou nele.
Abby era tão pequena, e a quantidade
que ela estava expulsando não parecia normal. Começei a ficar preocupado.
Eu mexi no banheiro e voltei com duas
toalhas, um lençol extra, três cobertores, e quatro travesseiros em meus
braços. Abby gemeu sobre o vaso sanitário, seu corpo tremia. Eu arrumei uma
cama improvisada ao lado da banheira e esperei, sabendo que seria mais do que
provável que passaríamos a noite em um pequeno canto do banheiro.
Shepley estava na porta.”Se eu...
chamar alguém? "
"Ainda não. Vou ficar de olho
nela."
"Eu estou bem", disse
Abby.Ӄ minha culpa ficar quase em coma alcoolico."
Shepley franziu a testa.
"Não, isso é estúpido. Isso é o
que é."
"Ei, você tem as uh... uh-la...”
"Presente", ele disse com
uma sobrancelha para cima.
"Sim".
"Eu tenho", ele disse,
claramente infeliz.
"Obrigado, cara."
Abby
caiu contra a banheira mais uma vez, e eu prontamente enxuguei o rosto. Shepley
molhou um pano fresco e jogou para mim.
"Obrigado."
"Grite se precisar de mim",
disse Shepley.”Eu vou ficar acordado na cama, tentando pensar em uma maneira de
fazer Mare me perdoar."
Eu relaxei contra a banheira o melhor
que pude, e puxei Abby contra mim. Ela suspirou, deixando seu corpo derreter
contra o meu. Mesmo coberta de vômito, perto dela foi o único lugar que eu
queria estar. Suas palavras na festa vinham se repetindo em minha mente.
Em outra vida, eu poderia te amar.
Abby estava deitada fraca e doente em
meus braços, dependendo de mim para cuidar dela. Naquele momento eu reconheci
que meus sentimentos por ela eram muito mais fortes do que eu pensava. Entre o
momento que nos conhecemos, e segurando-a no chão do banheiro, eu tinha caído
de amor por ela. Abby suspirou e descansou a cabeça no meu colo. Tendo a
certeza que ela estava completamente coberta com cobertores, eu me deixei
adormecer.
"Trav?", Ela sussurrou.
"Sim?"
Ela não respondeu. Sua respiração se
estabilizou, e sua cabeça caiu pesadamente contra as minhas pernas. O frio do
azulejo contra minhas costas e a porcelana gelada implacável sob a minha bunda
eram brutais, mas não me atrevi a me mexer .
Ela estava confortável, e ela iria
ficar assim. Vinte minutos assistindo-a respirar, e partes de mim machucadas
começaram a adormecer, e meus olhos fecharam.
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