Capítulo 34 - Clayton

Clayton não conseguia acreditar em seus olhos, segurou a direção do carro com tanta força que os dedos ficaram brancos. Piscou repetidas vezes para ver se estava enxergando mal, mas continuava vendo as mesmas coisas: o carro de Beth na garagem, o casal se beijando no sofá, Thibault levando-a para o quarto.
Beth e Thibault juntos. A cada minuto que passava, sentia ondas de raiva cada vez mais poderosas inundando seu ser. Seus planos perfeitos, todos eles, haviam ido por água abaixo. E ele ficaria para sempre nas mãos de Thibault.
Mordeu os lábios de ódio. Ficou tentado-a entrar lá, mas lembrou-se do maldito cachorro. Novamente. Já era bem difícil ter de vigiá-los de binóculos, do carro, sem ser notado.
Thibault. O cão. Beth...
Deu um soco na direção do carro. Como isso havia acontecido? A Beth não ouviu o que ele disse? Ela não entendeu o perigo em que estava se metendo? Ela não se importava com Ben?
De forma alguma aquele louco ia fazer parte da vida do filho dele.
Sem chance.
Não com ele vivo.
Ele devia ter imaginado. Devia saber como ela era idiota. Ela podia estar se aproximando dos 30 anos, mas raciocinava como criança. Devia ter imaginado que, se ela quisesse continuar saindo com Thibault, iria continuar, mesmo que isso significasse ignorar o óbvio.
Mas aquilo ia chegar ao fim. Mais cedo ou mais tarde. Ele a faria enxergar a luz, custasse o que custasse.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trono de Vidro

Os Instrumentos Mortais

Trono de Vidro