Cena extra de Trono de Vidro: A Assassina e o Capitão
Mais um extra de Trono de Vidro!
Dessa vez com Celaena e Chaol, a Assassina e o Capitão da Guarda Real! Ela se passa entre Trono de Vidro e Coroa da Meia-Noite, primeiro e segunda volumes da série.
O Capitão da Guarda estava esperando por ela no portão da frente do castelo de
vidro.
Celaena Sardothien, a maior assassina
de Erilea e agora Campeã do Rei, não se preocupou em apressar sua égua preta pelas ruas cheias do Forte da Fenda. Mesmo depois de duas semanas de viagem até a base das Montanhas de
Ararat, mesmo se encontrando ainda meio congelada e coberta de poeira de umas centenas de estradas, não estava tão ansiosa para chegar ao seu destino
final.
Ela
não ficou surpresa ao descobrir Chaol Westfall se encontrava em pé na parte inferior do morro a qual o castelo estava empoleirado — Não ficou surpresa ao ver a meia dúzia de guardas fazendo o seu melhor para fingir que não estavam observando cada um de seus movimentos, ou sinalizando o
caminho sinuoso a qual tinha retornado. Ela já tinha avistado os homens que Chaol tinha espalhado por toda a cidade: Nos portões da muralha, nas esquinas das ruas, nos telhados, todos de vigia por qualquer sinal de seu regresso.
Chaol parecia exatamente o mesmo de quando ela havia saido, seu uniforme preto e dourado
sempre limpo, pressionando
o pomo em forma
de águia de sua
espada reluzente
sob o sol do meio da
manhã.
Pelo
menos agora estava usando a lâmina. Depois de matar Cain no duelo, ele não tinha usado durante as poucas semanas que a tinha levado para se recuperar de seus ferimentos. Quando ela saiu no mês passado, ele ainda estava usando outra lâmina. Ainda tinha aquelas sombras em seus olhos bronze.
Mas essas sombras se foram agora, quando ela o olhou por debaixo do capuz preto de sua capa, ele estava de pé ao lado do portão, os braços cruzados sobre o peito largo,
esse franzido familiar em seus
lábios.
Ela estalou a língua e desmontou, jogando as rédeas para um dos guardas que esperavam, e se virou
para
o capitão.
— O quê, sem flores?
O franzir
se aprofundou.
Ela abriu um largo
sorriso.
Esta tinha sido a sua primeira missão, o primeiro teste de confiança,
e capacidade
genuína.
Celaena empurrou o queixo para um dos alforjes da égua. Uma protuberância enorme empurrado para fora sob o couro desgastado. — Quanto você acha
que ele me dará
como
alvo digno de minha habilidade?
Os olhos de Chaol desviaram de seu rosto para a cabeça no alforje, em seguida, de volta para ela, o franzido se aprofundando. — Você está com três dias de
atraso.
Ela
encolheu os ombros, e não esperou por sua permissão para começar a
andar pelo caminho inclinado para o próprio
castelo. Não, ela não precisa de nenhum tipo de permissão mais, não como campeã do rei. Mas Chaol
endureceu, no
entanto.
Ela
riu baixinho. — Tente ir à base das
Montanhas de Ararat no auge do
inverno, e veja se você pode ir a qualquer lugar e fazê-lo no tempo. Eu quase
perdi meus dedos das mãos e dos pés para o frio. — Ela contorceu primeiro o
seu
rosto. — Não quereira nem saber como
eu consegui me manter
aquecida.
Nada.
Nem
mesmo um esboço de
sorriso.
Ela suspirou e olhou para o céu.
— Será que vai ser uma surra, ou tortura, ou
devo apenas ser
forçada
a comparecer
a corte da Rainha para uma tarde?
Ele não reagiu a isso também, simplesmente só seguiu os passo ao lado dela.
— Não é para mim que você tem que
se explicar.
Ela lhe
deu
um
olhar de relance.
— Você
estava preocupado de que eu
não iria voltar?
Quando ele não respondeu, ela disse:
— Quanto tempo antes de enviar seus cães para
me caçar?
Olhando para ela desta vez, com seus olhos castanho-dourados feroz. — Uma semana. Eu teria lhe dado uma semana antes de mandar meus homens para fazer o inquérito.
Mas você teve sorte — A notícia da morte do Sir Carlin
chegou até
nós muito rápido depois de que ... cuidou
dele.
O matou. Cortou sua garganta e cortou-lhe a cabeça. Despejado o corpo no
Rio
Ararat. Ela observou-o em silêncio, desafiando-o a dizer isso, mas ele já tinha
desviado
o olhar.
Foram até a metade do caminho longo antes que ele dissesse calmamente: —
Você não se feriu mesmo?
Ela bufou.
— Matar os homens em suas camas
não
envolve muito risco.
Seus
olhos se estreitaram. E, embora sabendo que não deveria, Ela
acrescentou: — Ou envolvem muita honra. Isso é o que você está pensando, não é? — Um músculo se contraiu em sua mandíbula. — Eu sei que sua posição exige.
Mas
ainda se perguntava se ele tinha de algum modo esquecido até agora,
como se o baile
Yule
e o
duelo com Cain haviam feito pensar
que
ela era outra
pessoa, alguém inofensivo.
Um
lobo sem dentes.
Mais silêncio, o castelo
que crescia à medida que se
aproximavam.
— Eu suponho que
Sua
Majestade sabe que
estou
aqui?
— Ele quer se encontrar
com
você imediatamente.
E traga sua
...
prova.
Ela fez uma careta. — Eu sabia que ele queria as cabeças, mas ...
querer vê-las na
reunião? Quem vai estar lá?
— O que isso interessa á você?
Ela
deu de ombros novamente. Cada detalhe dessa reunião foi uma preocupação, especialmente para Chaol com os olhos demais interessados e a
capacidade de farejar até mesmo a mais branca das
suas mentiras.
— Eu só quero saber o quão eu posso
ser sincera.
— Na frente do rei? Você
quer acabar de volta nas minas?
Ela lhe deu um sorriso amável.
— E lá estava eu, pensando que ele e eu tínhamos nos tornado bons amigos.
Um flash de
dentes.
— Você não acha
mesmo que...
— Um mês sem mim e você voltou a me levar a sério? Já estamos de volta ao quê?
Ela não tinha percebido o quão profundamente essa questão funcionou até que
ele
parou de andar.
Por um momento, eles apenas se olharam, um momento em que ela se lembrou que o dia após o duelo quando ele a abraçou — não um capitão segurando uma assassina, ou um amigo segurando um amiga, mas um homem
segurando uma mulher ...
Se tentasse segurá-lo agora, ele iria empurrá-la de lado? Não quis saber , não chegou a ter a coragem de tentar. Ou a coragem de se perguntar por que ela queria.
— Eu confio em você, —
foi tudo o que disse.
— É por isso
que
você teve homens ao redor
me espionando na cidade?
— Eu tive homens ao redor da cidade, — disse ele com
os dentes cerrados, — Por que eu queria ter a oportunidade de cumprimentá-la primeiramente. Para
ver se estava tudo bem.
Ela piscou e inclinou a cabeça. Cuidando dela, não espionando. Fazia muito
tempo desde que tinha
tido
que se preocupar o suficiente para se incomodar.
Teve que engolir algumas vezes antes que pudesse responder. — É claro que
eu estou bem. — A resposta era estúpida, mas ele começou a andar novamente. Ela o seguiu, piscando contra o brilho do derretimento da neve
fora
do castelo de vidro. — Mas se eu não estivesse bem, — ousou perguntar: —O que você teria feito?
Um encolher de
ombros desses
poderosos.
— Isso não importa
agora.
— Diga-me.
Ele não a olhou
quando
disse:
— Eu teria feito o que precisasse.
Ela rangeu os dentes. — Pare de ser tão
cauteloso.
— Eu não sei como
saber disso vai fazer alguma
diferença.
Ela sentiu suas
narinas dilatar,
mas
manteve a boca bem fechada.
Chegaram aos portões do castelo. A pressa habitual e agitação dos cortesões,
funcionários, guardas
e visitantes quase
não foi diminuída
pelo dia frígido. Ela
olhou para ponto mais alto, o estômago contorceu mais do que o pensamento
de subir todas
aquelas
escadas para
a sala do conselho do rei.
Muito
depende desta reunião — tanto que ela não se atreveu a deixar-se
pensar nisso. E certamente, não na frente de Chaol, que podia ler o seu rosto com uma irritante facilidade. Então ela sorrir ironicamente, antes que ele pudesse virar e vislumbrar seu rosto, e descobrir a dúvida e o medo por debaixo.
Absoluta
confiança, absoluta
arrogância: os melhores escudos e máscaras mais adorados, — Espero que Sua Majestade tenha um acervo considerável de comida
para
eu comer, enquanto
estou
sendo
interrogada.
— Cuidado com a boca ou a única coisa que você vai
comer
é brasas.
— Vocês realmente fazem isso com as
pessoas?
Seus olhos se
estreitaram.
— Que tipo
de
pessoa você me toma?
— Você é o capitão da guarda do homem mais poderoso do mundo. Wyrd sabe
que
coisas horríveis que vocês
fazem com as pessoas.
— Você deve estar nervosa como o inferno, se você está recorrendo a mim insultar.
Ela
não se deixaria abalar, não permitiria que o sorriso ou a arrogância
parassem por
um
instante. Mas ela
parou diante dos degraus
largos, varrendo o extenso castelo. As melhores mentiras foram sempre misturada com a
verdade, — deixaria ele
acreditar no que quiser.
— Você sabe a minha história com Sua Majestade. — Afinal de contas, ele tinha sido o único a trazê-la para aquele encontro com o rei no primeiro dia da competição.
Ele a viu quase em pânico com a idéia de conhecê-lo,
a viu empalidecer.
Sem
dúvida, ele estava pensando no mesmo encontro. Seus olhos se suavizaram, e ele colocou a mão em seu ombro. — Basta ser educada. Submissa.
— Agora que
é um
verdadeiro desafio digno
de mim.
Um meio-sorriso. — Se você tiver se comportado bem, vou te dar um bolo de
chocolate e avelã, que
será enviado ao seu quarto
durante nosso lanche.
— O nosso lanche?
Com uma pitada
de
desconfiança, mas com um
sorriso crescendo.
— A menos que
tenha
alguém que
você preferisse
jantar?
Ela mordeu o interior de seu lábio, olhando para uma das torres de pedra — a
torre
em que
Dorian tinha seu
quarto.
Ela quis dizer cada palavra, que tinha dito ao príncipe no dia que terminou as
coisas entre
eles,
e tinha
mantido afastado desde
então.
Então, não, não havia
mais ninguém que preferiria comer
hoje junto a ela, nem mesmo Nehemia.
— Acho que eu poderia suportar lanchar com você, — disse
ela.
Ela
não poderia deixar de se perguntar se o seu sorriso era de diversão ou qualquer outra
coisa. Mas toda a força do seu sorriso era o suficiente para
fazer o mundo parar.
— Eu senti
sua falta, — ela
admitiu.
O sorriso de Chaol vacilou, e ele novamente a olhou, questionando, calculista,
e se perguntando.
Ela
esperou que ele olhasse em volta, para levar em consideração as pessoas
que
multiplicavam
se e
qual a melhor forma de responder, mas ele só ficava
olhando para ela. Como se o mundo dele parasse, também. E então ele riu baixinho, mais para si mesmo do que para ela e disse: — Foi chato como o
inferno sem você.
Ela
riu, e subiu os degraus para o castelo,E embora não o alcança-se, ele não lhe ofereceu o braço, eles caminharam um pouco mais perto fazendo o seu caminho até o
rei.
Tradução feita por leitora anônima
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