Capítulo 9
— Flacutono — murmurou ele
baixinho. — Flac-u-to-no. — Ele então enfiou a mão no bolso, onde guardava
todos os papéis importantes que os Baudelaire tinham juntado. — Al Funcoot — disse ele, e pegou outra página
dos cadernos dos Quagmire. Era a página que continha as palavras ‘’Ana Grama’’ —
um nome que não tinha feito nenhum sentido para os Baudelaire quando examinaram
as páginas juntos. Klaus olhou para a página dos Quagmire, depois para a lista
de pacientes, depois para a página de novo. Então ele olhou para Sunny, e ela
pôde ver seus olhos se arregalarem atrás dos óculos, do modo como sempre faziam
depois que ele lia alguma coisa muito difícil e finalmente entendia.
— Acho que sei como
encontrar Violet — disse Klaus lentamente, — mas vamos precisar dos seus
dentes, Sunny.
— Pronta — disse Sunny,
abrindo a boca.
Klaus sorriu e apontou para a pilha de latas no closet de
suprimentos.
— Abra uma dessas latas de
sopa de letrinhas — disse ele, — e depressa.
— Recazier? — perguntou
Sunny estupefata. A palavra ‘’estupefata’’ aqui significa — perguntando a si
mesma por que diabos Klaus queria tomar sopa de letrinhas em um momento como
aquele ‘’e’’ Recazier? — aqui significa ‘’Klaus, por que diabos você quer tomar
sopa de letrinhas em um momento como este?’’
— Nós não vamos tomar a
sopa — disse Klaus passando uma das latas para Sunny. — Vamos despejar quase
tudo na pia.
— Pietrisy
camollaviadelrechiotemexity — disse Sunny,
o que, como você provavelmente se recorda, significa alguma coisa na linha de: ‘’Devo
admitir que não tenho a mais pálida idéia do que está acontecendo’’. Com essa,
Sunny tinha dito isso três vezes no decorrer da sua vida, e estava começando a
se perguntar se não era algo que ela iria dizer cada vez mais e mais, à medida
que fosse ficando mais velha.
— Na última vez que você
disse isso — disse Klaus com um sorriso, — nós três estávamos tentando decifrar
as páginas de caderno que os Quagmire deixaram para trás. — Ele segurou a
página para que Sunny a visse e então apontou para as palavras ‘’Ana Grama’’. — Nós pensamos que este era o nome de alguém —
disse Klaus, — mas na verdade é uma espécie de código. Um anagrama é quando
você mistura as letras de uma ou mais palavras para formar outra palavra ou
palavras.
— Ainda pietrisy
camollaviadelrechiotemexity — disse
Sunny com um suspiro.
— Vou dar um exemplo —
disse Klaus. — É o exemplo que os
Quagmire encontraram. Veja, na mesma página eles escreveram ‘’Al Funcoot’’.
Este é o nome do homem que escreveu O casamento maravilhoso, a peça horrorosa
da qual o conde Olaf nos forçou a participar.
— Fu! — disse Sunny, o que
queria dizer: ‘’Nem me lembre disso!’’.
— Mas veja — disse Klaus. — ‘’Al Funcoot’’ tem exatamente as mesmas
letras que ‘’Count Olaf’’, que é ‘’conde Olaf’’ em inglês. Olaf simplesmente
reorganizou as letras do seu nome para esconder o fato de que foi ele quem
realmente escreveu a peça sozinho. Percebe?
— Phromein — disse Sunny, o
que queria dizer algo como: ‘’Acho que estou entendendo, mas é difícil para
alguém tão jovem como eu’’.
— É difícil para mim também
— disse Klaus. — É por isso que a sopa
de letrinhas vai ser útil. O conde Olaf usa anagramas quando quer esconder
alguma coisa, e neste momento ele está escondendo a nossa irmã. Aposto que ela
está em algum lugar nesta lista, mas o nome dela foi embaralhado. A sopa vai
ajudar a desembaralhar.
— Mas como? — perguntou Sunny.
— É difícil decifrar
anagramas se você não tem como ir mudando as letras de lugar — disse Klaus. — Normalmente, cubos alfabéticos ou peças de
jogo com letras seriam perfeitos, mas num aperto como este, o macarrão de
letrinhas vai ter de servir. Agora abra uma lata de sopa, depressa.
Sunny arreganhou um sorriso mostrando todos os seus dentes
afiadíssimos e depois jogou a cabeça para baixo, em cima da lata de sopa,
lembrando-se do dia em que aprendera a abrir latas sozinha. Não fazia tanto
tempo assim, embora tivesse a sensação de que havia sido em um passado muito
distante, pois acontecera antes de a mansão Baudelaire ser destruída no incêndio,
quando a família inteira estava reunida e feliz. Era o aniversário da mãe dos
Baudelaire, e ela estava dormindo até mais tarde, enquanto todo mundo preparava
um bolo para ela. Violet estava batendo os ovos, a manteiga e o açúcar com um dispositivo
de bater ovos, manteiga e açúcar que ela mesma inventara. Klaus estava
peneirando a farinha com a canela, parando a cada poucos minutos para limpar os
óculos. E o pai dos Baudelaire estava fazendo o seu famoso glacê de requeijão
cremoso, o qual seria espalhado numa camada espessa em cima do bolo. Tudo
estava indo muito bem até o momento em que o abridor de latas elétrico quebrou,
e Violet não tinha as ferramentas apropriadas para consertá-lo.
O pai dos Baudelaire precisava desesperadamente abrir uma lata de
leite condensado para fazer o seu glacê e, por um instante, pareceu que o bolo
estava arruinado. Mas Sunny, que estivera brincando em silêncio aquele tempo
todo, disse a sua primeira palavra, ‘’Morde’’e mordeu a lata, furando quatro buraquinhos
para que o leite doce e espesso pudesse ser despejado. Os Baudelaire riram e
aplaudiram, a mãe das crianças desceu as escadas, e daí em diante eles passaram
a usar Sunny sempre que precisavam abrir latas de qualquer coisa, exceto
beterrabas. Agora, enquanto ia mordendo ao longo da borda da lata de sopa de
letrinhas, a mais jovem dos Baudelaire se perguntava se um de seus pais teria
realmente sobrevivido ao incêndio, e se ela se atreveria a reavivar as
esperanças só por causa de uma frase na página treze do dossiê Snicket. Sunny
se perguntava se a família Baudelaire voltaria a se reunir algum dia, rindo,
batendo palmas e trabalhando unida para fazer algo doce e delicioso.
— Feito — disse Sunny por
fim.
— Bom trabalho, Sunny — disse Klaus. — Agora vamos tentar encontrar as letrinhas que
formam o nome de Violet.
— V? — perguntou Sunny.
— Certo — disse Klaus. — V-I-O-L-E-T-B-A-U-D-E-L-A-I-R-E. — Os dois Baudelaire mais jovens enfiaram a mão
na lata de sopa e começaram a remexer no meio dos cubinhos de cenoura, aipo picado,
batatas escaldadas, pimentões assados e ervilhas no vapor, tudo isso dentro de
um caldo rico e cremoso feito segundo uma receita secreta de ervas e
especiarias, para encontrar os macarrõezinhos de que precisavam. A sopa estava
fria de ficar tantos meses guardada no closet, e por isso, quando
ocasionalmente eles achavam a letra certa, ela se desfazia em pedaços ou
escapulia dos seus dedos melados de volta para a lata, mas até que não demorou
tanto assim para que encontrassem um V, um I, um O, um L, um E, um T, um B, um
A, um U, um D, um E, outro L, outro A, outro I, um R, e um pedaço de cenoura,
que decidiram usar no lugar de um terceiro E, que não foi encontrado.
— Agora — disse Klaus
depois que eles espalharam todas as letras em cima de outra lata para que
pudessem movimentá-las, — vamos dar mais uma olhada na lista de pacientes.
Mattathias anunciou que a operação teria lugar na Ala Cirúrgica, portanto vamos
olhar naquela parte da lista e tentar ver se algum nome parece promissor.
Sunny despejou o resto da sopa na pia e assentiu. Klaus encontrou
rapidamente a seção da Ala Cirúrgica na lista e leu os nomes dos pacientes:
LISA N. LOOTNDAY
ALBERT E. DEVILOEIA
LINDA RHALDEEN
ADA O. ÜBERVILLET
ED VALIANTBRUE
LAURA V. BLEEDIOTIE
MONTY KENSICLE
NED H. RIRGER
ERIQ BLUTHETTS
RUTH DÉRCROUMP
AL BRISNOW
CARRIE E. ABELABUDITE
— Céus! — disse Klaus. — Todos os pacientes desta lista têm nomes que
parecem anagramas. De que jeito vamos conferir todos esses nomes antes que seja
tarde demais?
— V! — disse Sunny.
— Você tem razão —
concordou Klaus. — Qualquer nome que não
tenha um V, em algum lugar, não pode ser anagrama de 'Violet Baudelaire'.
Podemos riscar esses nomes da lista. Isto é, se tivermos uma caneta.
Pensativa, Sunny enfiou a mão dentro de um dos aventais brancos,
perguntandose o que os médicos costumam ter nos bolsos. Ela achou uma máscara
cirúrgica, que é perfeita para cobrir o rosto de uma pessoa, e um par de luvas
de borracha, que são perfeitas para proteger as mãos de uma pessoa, e bem no fundo
do bolso ela encontrou uma caneta esferográfica, que é perfeita para riscar
nomes que não são os anagramas que você procura. Com um sorriso, Sunny entregou
a caneta a Klaus, que rapidamente riscou os nomes sem V. Agora a lista ficara
com esta aparência:
LISA N. LOOTNDAY
ALBERT E. DEVILOEIA
ADA O. ÜBERVILLET
LAURA V. BLEEDIOTIE
NED II. RIRGER
RUTII DERCROUMP
CARRIE E. ADELADUDITE
— Isto torna as coisas
muito mais fáceis — disse Klaus. — Agora,
vamos trocar a posição das letras do nome de Violet e ver se conseguimos
escrever Albert E. Deviloeia. — Com todo o cuidado para não quebrar as
letrinhas de macarrão que ele e Sunny tinham tirado da sopa, Klaus começou a
movê-las e logo percebeu que ‘’Albert E. Deviloeia’’ e ‘’Violet Baudelaire’’ não
eram exatamente anagramas. Eram quase, mas não tinham exatamente as mesmas
letras nos nomes.
— Albert E. Deviloeia deve
ser um paciente real — disse Klaus, desapontado. — Vamos tentar com 'Ada O. Ubervillet'.
Mais uma vez, o closet de suprimentos foi preenchido pelo som das
letrinhas mudando de lugar, um som fraco e molhado que fazia as crianças
pensarem em alguma coisa viscosa emergindo de um pântano. Era, porém, muito
mais agradável do que o som que interrompeu a sua decifração de anagramas.
— Atenção! Atenção! — A voz
de Mattathias soou especialmente arrogante e desdenhosa ao pedir atenção pelo
alto-falante quadrado acima das cabeças dos Baudelaire. — A Ala Cirúrgica será fechada agora para a
craniectomia. Somente o dr. Flacutono e os seus parceiros estarão autorizados a
entrar na ala, até que a paciente esteja morta... quero dizer, até que a
operação tenha terminado. Isso é tudo.
— Chispa! — berrou Sunny.
— Eu sei que temos de correr!
— gritou Klaus. — Estou movendo estas
letrinhas o mais depressa que posso! Ada O. Ubervillet' também não dá certo! —
Ele voltou-se novamente para a lista de pacientes para ver qual era o seguinte
e, sem querer, bateu em uma letra com o cotovelo, derrubando-a no chão com um barulhinho
molhado. Sunny a recolheu, mas com a queda ela se partira em dois pedaços. Em
vez de O, os Baudelaire tinham agora dois parênteses.
— Tudo bem — disse Klaus
apressadamente. — O próximo nome da
lista é 'Ed Valiantbrue', que não tem mesmo nenhum O.
— O! — gritou Sunny.
— O! — concordou Klaus.
— O! — insistiu Sunny.
— Oh! — gritou Klaus. — Entendi o que você quer dizer! Se não tem
nenhum O, então não pode ser um anagrama de 'Violet Baudelaire'. Com isso, só
resta um nome na lista: 'Laura V. Bleediotie'. Deve ser o que estamos
procurando.
— Checa! — disse Sunny, e
prendeu a respiração enquanto Klaus movia as letrinhas de macarrão. Em poucos
segundos, o nome da Baudelaire mais velha foi transformado em 'Laura V.
Bleediotie', a não ser pelo O, cujos pedaços Sunny ainda segurava em seu
minúsculo punho fechado, e pelo último E, que ainda era um pedaço de cenoura.
— Ê ela, sem dúvida — disse
Klaus com um sorriso de triunfo. — Encontramos
Violet.
— Asklu — disse Sunny, o
que queria dizer: ‘’Nós nunca a teríamos encontrado se você não tivesse
descoberto que Olaf estava usando anagramas’’.
— Na verdade, foram os
trigêmeos Quagmire que descobriram — disse Klaus, erguendo a página do caderno,
— e foi você que abriu as latas de sopa, o que tornou as coisas muito mais
fáceis. Mas antes de nos congratularmos, vamos salvar a nossa irmã. — Klaus deu uma olhada na lista de pacientes. — Vamos encontrar a suposta Laura V.
Bleediotie no quarto 922 da Ala Cirúrgica.
— Gwito — ressaltou Sunny,
o que queria dizer: ‘’Mas Mattathias fechou a Ala Cirúrgica’’.
— Então teremos de abri-la
— disse Klaus soturnamente, e deu uma boa olhada no closet de suprimentos. — Vamos vestir um desses aventais brancos de
médico — disse ele. — Quem sabe, se
ficarmos parecidos com médicos, poderemos entrar na ala. Podemos usar essas
máscaras cirúrgicas que estão no bolso para esconder os nossos rostos,
exatamente como fez o parceiro de Olaf na serraria. —
— Quagmire — disse Sunny em
tom de dúvida, o que queria dizer: ‘’Quando os Quagmire usaram disfarces, eles
não conseguiram enganar Olaf’’.
— Mas quando Olaf usou
disfarces — disse Klaus, — ele conseguiu enganar todo mundo.
— Nós — disse Sunny.
— Menos nós — concordou
Klaus, — mas não temos de enganar a nós mesmos.
— Verdade — disse Sunny, e
estendeu a mão para pegar dois aventais brancos.
Como os médicos, na maioria, são adultos, os aventais brancos eram
exageradamente grandes para as crianças, que se lembraram dos enormes ternos
risca de giz que Esmé Squalor comprara para eles quando era sua tutora.
Klaus ajudou Sunny a enrolar as mangas do avental e Sunny ajudou
Klaus a amarrar a máscara no rosto, e em poucos instantes as crianças tinham
acabado de vestir os seus disfarces.
— Vamos embora — disse
Klaus, e pôs a mão na porta do closet de suprimentos.
Mas não a abriu. Em vez disso, voltou-se novamente para a irmã, e
os dois Baudelaire se entreolharam. Muito embora os irmãos estivessem usando
aventais brancos, e tivessem máscaras cirúrgicas encobrindo os rostos, eles não
estavam parecidos com médicos. Seus disfarces pareciam espúrios, uma palavra
que aqui significa ‘’não os deixavam nem um pouco parecidos com médicos de
verdade’’ e no entanto, não eram mais espúrios do que os disfarces que Olaf
vinha usando desde a sua primeira tentativa de roubar a fortuna dos Baudelaire.
Klaus e Sunny se entreolharam, esperançosos de que os métodos de Olaf
funcionassem para eles e os ajudassem a roubar a sua irmã, e sem mais palavra
abriram a porta e saíram do closet de suprimentos.
— Dúvida? — perguntou Sunny,
o que queria dizer: ‘’Mas como vamos achar a Ala Cirúrgica se os mapas deste
hospital são tão confusos?’’.
— Temos de achar alguém que
esteja indo para lá — disse Klaus. — Procurar
alguém com cara de quem está a caminho da Ala Cirúrgica.
— Silata — disse Sunny. Ela
queria dizer alguma coisa no gênero de: ‘’Mas há tanta gente aqui’’ e tinha
razão. Muito embora os Combatentes pela Saúde do Cidadão não estivessem
visíveis em lugar nenhum, os corredores do Hospital Heimlich estavam cheios de
gente. Um hospital precisa de muitas pessoas diferentes e muitos tipos
diferentes de equipamento para funcionar de modo apropriado, e enquanto
tentavam encontrar a Ala Cirúrgica, Klaus e Sunny viram toda sorte de funcionários
e dispositivos do hospital passando apressados pelos corredores.
Havia clínicos carregando estetoscópios, com pressa de ouvir o
coração das pessoas, e havia obstetras carregando bebês, com pressa de entregar
os filhos aos pais. Havia radiologistas carregando máquinas de raios X, com
pressa de ver as entranhas das pessoas, e havia oftalmologistas carregando
tecnologia a laser, com pressa de ficar por dentro da visão das pessoas. Havia
enfermeiras carregando seringas hipodérmicas, com pressa de dar injeções nas
pessoas, e havia administradores carregando pranchetas, com pressa de pôr a
papelada em dia. Mas não importa para onde os Baudelaire olhassem, não
conseguiam ver ninguém com cara de estar com pressa de ir à Ala Cirúrgica.
— Não estou vendo nenhum
cirurgião — disse Klaus, em desespero.
— Peipix — disse Sunny, o
que queria dizer: ‘’Nem eu’’.
— Abram caminho, todo
mundo! — ordenou uma voz no final do corredor. — Sou a cirurgiã-assistente, levando
equipamentos para o doutor Flacutono! — Os outros funcionários do hospital pararam e
abriram caminho para a pessoa que tinha falado, uma pessoa alta, usando avental
branco de laboratório e máscara cirúrgica, que vinha vindo pelo corredor em
passos estranhos e claudicantes.
— Preciso ir para a Ala
Cirúrgica imediatamente! — bradou a pessoa, passando pelos Baudelaire sem nem
sequer dirigir-lhes um olhar. Mas Klaus e Sunny olharam para aquela pessoa.
Eles viram, por baixo da barra do avental branco, o par de sapatos com saltos
de estilete que aquela pessoa estava usando, e viram a bolsa em forma de olho
que aquela pessoa estava segurando numa das mãos. As crianças viram o véu preto
do chapéu daquela pessoa, caindo na frente da máscara cirúrgica, e viram
borrões de batom que emergira dos lábios daquela pessoa, manchando a parte de
baixo da máscara.
A pessoa, é claro, estava fingindo ser cirurgiã-assistente, e
estava carregando uma coisa que fingia ser equipamento cirúrgico, mas as
crianças não precisaram mais que um olhar rápido para enxergar os disfarces
espúrios. Ao ver a pessoa que claudicava pelo corredor, os dois Baudelaire
perceberam imediatamente que ela era, na verdade, Esmé Squalor, a vil namorada
do conde Olaf. E ao ver a coisa que ela estava carregando, lampejando à luz do
corredor do hospital, os dois Baudelaire perceberam que aquilo nada mais era
que um grande facão enferrujado, com uma longa fileira de dentes de serra e
simplesmente perfeita para uma craniectomia.
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