Carta n°2
Quarta-Feira
Querido
Senhor,
Não tenho como saber se essa carta vai chegar a você, já que a
distância entre nós é tão grande e tão dificultosa. Este pequeno pedaço de
papel deve cruzar montanhas e cafeterias, em porta-malas de automóveis e em
bolsos impermeáveis de nadadores de longa distância, dentro de envelopes e
dobrado dentro de cisnes, a fim de tomar o caminho do seu pequeno e empoeirado
escritório no décimo terceiro andar de um dos nove edifícios mais sombrios da
cidade. Tudo o que eu posso fazer é esperar pelo melhor, mas esperar pelo
melhor, assim como esperar que um morcego obedeça suas ordens, quase sempre
leva ao desapontamento. E mesmo se essa carta chegar até você, não tenho
certeza de que chegará à pessoa certa. Talvez você não seja quem eu penso que
é-–existem muitas pessoas, afinal, com as mesmas inicias que alguém, assim como
há provavelmente três ou, no mínimo, uma outra pessoa com as mesmas iniciais que
eu. Talvez você também pense que eu sou outra pessoa, e faça uma
anotação suspeita na margem, me acusando de ser uma vilã ou coisa parecida.
Por anos e permaneci quieta, sentindo todas minhas
palavras se contorcendo e se emaranhando dentro de mim como uma linha, enquanto
procurava desesperadamente por alguém que pudesse me auxiliar. Agora , devo
desatar “Meu Nó Silencioso” e escrever para um homem que nunca vi, mesmo que
ele não seja o homem que procuro, e mesmo que eu esteja procurando pelo homem
certo no lugar errado, ou pelo homem errado no lugar certo, ou ambos, ou
nenhum, ou ambos ambos e nenhum.
Pelo que me falaram, você pode ser a única pessoa capaz de me
ajudar. Me falaram que você é um tipo de detetive — ou, pelo menos, me disseram
que a palavra “detetive” está pintada na porta do seu escritório. Me falaram
que você guarda para tudo para si e raramente fala com alguém, e nas raras
ocasiões em que se envolve numa conversa, você nunca discute seu passado, mas
pode ser encontrado ocasionalmente em uma livraria, folheando do começo ao fim
as seções de crítica teatral em jornais velhos. No entanto, espero que você
discuta seu passado comigo. Espero que me conte uma história que começou há
muitos anos atrás, no que me falaram ser uma espécie de sala de aula. Espero
que você seja quem penso que é, e espero que você ainda esteja no seu
escritório, e que essa carta chegue a você. Resumindo, espero pelo melhor.
Meu nome é Beatrice Baudelaire. Estou procurando pela minha família —
Violet Baudelaire, Klaus Baudelaire e Sunny Baudelaire. Por favor, me contate a
qualquer hora, dia ou noite.
Beatrice
Baudelaire
PS.
Dia seria melhor, pois meu horário de dormir é cedo.
CALMA AI!!!A BEATRICE TA VIVA MSM??
ResponderExcluirEu acho q é a Beatrice q os Baudelaire criaram, filha da Kit, não? Pois ela nem sabe quem é o Lemony... sei lá
ResponderExcluirEu acho que é a Beatrice filha da Kit
ExcluirMe sinto como a Hazel Grace de A culpa é das estrelas.Onde acho q só vou conseguir entender toda a história dos Baudelaire encontrando o Lemony pessoalmente pra ele me explicar....Pq li os treze livros e ainda há todas as dúvidas !!!!
ResponderExcluirspoiller!! beatrice é a mãe dos baudelaire
ResponderExcluirhahah. e ela sobreviveu ao incêndio mas morreu pouco depois.
pq vc diz q ela sobreviveu?
ExcluirA verdade é que não sabemos e nem nunca vamos saber quem realmente morreu. Kit e Olaf é os únicos que temos confirmação, assim como Dewey. A Beatrice (Mãe) pode estar viva. No O fim, os Baudelaire falam pra Olaf pela primeira fez que ele é culpado do incêndio. Ele apenas diz que eles não sabem de nada. Acho que tanto os órfãos como a Beatrice e lemony Snicket podem estar vivos.
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