Capítulo 10 - Quente e Mais Quente

Havia três coisas que eu notei quando minha mente começou lentamente a voltar à vida novamente pela manhã. A primeira era que meu corpo estava dolorido.
Aparentemente, a noite anterior foi mais dura do que eu me lembrava. Oh Deus... Na verdade, eu tinha lhe pedido para ser grosseiro comigo? Que diabos foi isso? Involuntariamente, o pensamento das mãos de Kellan e de seus lábios inundou o meu cérebro. Engoli em seco e forcei meus pensamentos a mudarem de rumo.
A segunda coisa que eu notei foi que meu estômago parecia prestes a expulsar seu conteúdo. Meus olhos estavam finalmente secos, porém, eu pensei com alívio. Convencer Denny de que eu fui para o estacionamento me sentindo mal, e não querendo perder o meu jantar na frente de uma multidão, tinha sido mais fácil do que eu jamais pensei que poderia ser.
Ele não hesitou, nunca duvidou da minha história, apenas docemente me ajudou a entrar em seu carro e me levou direto para casa. Eu não tinha sido capaz de evitar roubar uma espiada dolorosa para a barraca de café quando dirigimos por ela. Não poderia deixar de me perguntar se Kellan ainda estava lá, ajoelhado no chão, esperando que o sangue em suas costas secasse. Eu tive que colocar a mão em meu estômago nessa altura e empurrá-la com força para impedir-me de vomitar. Denny me olhou, preocupado, e então rapidamente saiu em disparada. Ele só perguntou um pouco sobre Kellan. Eu disse a ele que tinha deixado ele na mesa e quem sabe para onde ele tinha fugido. Surpreendentemente a minha voz tinha ficado calma. Áspera, mas calma. Ele não tinha reparado nada de diferente em meu tom. Ou isso, ou ele achava que era por não me sentir bem.
Uma vez em casa, ele gentilmente me ajudou a trocar de roupa e deitou-me na cama. Eu não tinha sido capaz de suportar a sua doçura, a maneira adoradora como ele me olhava. Eu queria que ele gritasse, que fosse cruel. Eu merecia isso e muito mais. As lágrimas começaram de novo, então eu me rolei para o lado, longe dele, e fingi dormir. Ele carinhosamente beijou meu ombro antes de se juntar a mim na cama e eu passei as próximas horas chorando baixinho no meu travesseiro.
Meu primeiro pensamento quando acordei foi que Kellan devia ter ido direto do bar para onde ele estivesse indo. Obviamente, ele não iria querer me ver novamente ou encarar Denny novamente. Não depois do que ele, o que nós, tínhamos feito. Nossa primeira vez tinha sido um erro bêbado quando Denny e eu tínhamos terminado, ainda que por pouco tempo. Desta vez foi diferente. Esta foi uma traição clara.
Isto me trouxe surpreendentemente à minha terceira observação. Eu podia ouvir os sons de Denny conversando com Kellan, mesmo rindo, lá embaixo. Sentei-me na cama e ouvi mais. Nenhum grito. Nenhuma raiva de qualquer tipo. Ele estava seriamente tendo uma conversa ocasional na manhã de domingo com o melhor amigo que o tinha acabado de esfaquear nas costas?
Eu me levantei rapidamente e corri para o banheiro. Eu parecia a morte. Meus olhos estavam desgastados e vermelhos, meu cabelo uma bagunça emaranhada. Eu corri uma escova pelo meu cabelo grosso, joguei água fria em meu rosto e escovei os dentes. Não era ótimo, mas melhor, e eu estava fingindo apenas ter ficado doente depois de tudo. Dei uma espiada na minha coxa e vi uma contusão lá. Mordi o lábio e meu estômago se agitou de novo.
Apressadamente ajustando minhas roupas, eu decidi deixar meu pijama. Não era incomum eu andar com minhas calças de dormir de qualquer maneira, e realmente, eu estava morbidamente curiosa para esperar mais.
Voei escada abaixo e, em seguida, quase cai, quando eu, de repente parei no último degrau. Com uma inspiração profunda de propósito, eu me esforcei para diminuir meus pulmões e o batimento cardíaco. Talvez Kellan estivesse aqui porque ontem à noite foi apenas um sonho horrível que nunca realmente aconteceu? Se meu corpo não estivesse machucado e deliciosamente dolorido, e se isso não deixasse meu estômago azedo, eu poderia ter acreditado.
Lentamente, eu fiz o meu caminho para a cozinha e me arrastei ao virar a esquina. Sim, tinha que haver alguma maneira de a noite passada ter sido apenas um sonho. Ou isso, ou eu estava sonhando agora.
Denny estava encostado no balcão, com calma bebendo uma caneca de chá. Ele sorriu para mim quando percebeu minha entrada silenciosa. — Bom dia, dorminhoca. Sentindo-se melhor? — Seu charmoso sotaque estava luxuosamente rico esta manhã, mas nada dentro de mim gostou, pois alguém estava olhando para mim também.
Kellan estava sentado casualmente na mesa da cozinha, uma mão preguiçosamente acariciando sua xícara cheia de café, a outra descansando tranquilamente em seu colo. Seus olhos deviam estar na minha direção desde antes mesmo de eu entrar na cozinha, pois eles foram imediatamente bloqueados pelos meus. Eles eram de um azul perfeito e tranquilo esta manhã, calmo e sereno, mas ainda estranhamente frios. Um lado de sua boca se curvou para cima em um leve sorriso que não fez nada para aquecer seus olhos.
Finalmente lembrando que Denny havia me feito uma pergunta, eu rapidamente olhei para ele e disse: — Sim, muito melhor. — Sentei em uma cadeira em frente á Kellan e seus olhos me seguiram por todo o percurso. O que na terra ele estava pensando? Ele estava tentando ser óbvio? Ele queria que Denny soubesse? Eu furtivamente dei uma espiada em Denny. Ele ainda estava encostado ao balcão, bebendo o seu chá e assistindo ao noticiário na TV ligada na sala de estar. Ele tinha estado acordado por um tempo ao que parece, tinha tomado um banho e se vestido para o dia, jeans desgastados abraçando-o perfeitamente, a camisa simples cinza que ele usava mostrando todos os músculos. Ele realmente era muito bonito, pensei com tristeza.
Suspirei com culpa e olhei para longe. Infelizmente, eu tinha de alguma forma esquecido que Kellan ainda estava sentado na minha frente, olhando, e eu olhei para ele. Eu não poderia me afastar do seu olhar neste momento. Seus olhos se estreitaram quando eles estudaram os meus, seu sorriso desaparecendo. Ele parecia o mesmo de ontem à noite - exatamente o mesmo - eu percebi com um pequeno choque. Ele não tinha mudado de roupa. Ainda usava a camisa branca, as mangas longas empurradas até um pouco abaixo dos cotovelos. Ele ainda estava com a mesma calça jeans desbotada. Até mesmo seu cabelo desgrenhado estava exatamente da mesma maneira de quando meus dedos estavam enrolados neles. Parecia que ele tinha acabado de chegar. Eu queria gritar com ele, perguntar por que diabos ele ainda estava aqui! Por que ele estava olhando para mim com Denny em pé a poucos metros de distância?
Kellan finalmente olhou para longe de mim, apenas meio segundo antes de Denny se virar para mim. Eu não tinha sido rápida o suficiente e Denny me pegou olhando para Kellan, no que eu tinha que acreditar que parecia raiva. O pequeno sorriso de Kellan voltou justo quando me virei para olhar para Denny. Sorriso irritante e estúpido.
— Você quer que eu faça alguma coisa para comer? — Denny perguntou, olhando para ver se quaisquer sinais da doença ainda estavam comigo.
— Não, está tudo bem. Eu realmente não estou preparada para comida ainda. — Ainda sentia náuseas, só não pelas razões que ele imaginava.
— Café? — Ele apontou para o pote quase cheio ao lado dele.
O cheiro bateu em seguida, e eu pensei que poderia perder o controle precioso na minha barriga ali mesmo. Eu nunca seria capaz de pensar em café da mesma maneira, e muito menos beber.
— Não, — sussurrei, meu rosto certamente pálido.
Denny não notou minha palidez. Ele pousou sua caneca vazia e se aproximou de mim. — Tudo bem. — Ele se inclinou para beijar minha testa e eu pensei ter visto pelo canto do meu olho Kellan se contraindo. — Deixe-me saber quando você ficar com fome. Eu vou fazer o que você quiser. — Ele sorriu e passou por mim para a sala de estar. Deitando causalmente no sofá, ele trocou para o canal de esportes.
Prendi a respiração. Eu queria me juntar a Denny no sofá, aconchegar-me em seus braços e cochilar enquanto ele assistia TV. Parecia tão quente e, convidativo, tão reconfortante. Mas a culpa me manteve sentada na minha cadeira. Eu não merecia ele, seu calor e carinho. Eu merecia a dureza fria da cadeira da cozinha. Engoli em seco e olhei para a mesa, contente que eu não tinha mais lágrimas para derramar.
Kellan pigarreou baixinho. Eu assustei-me, novamente esquecendo que ele estava lá. Ele olhou para Denny no sofá brevemente depois de volta para os meus olhos. Eu pensei que vi um momento de dor passar por seu rosto, mas ele se foi antes que eu pudesse ter certeza. Não querendo, mas não sendo capaz de deter, eu pensei sobre a noite passada novamente. Pensei sobre a última vez que o tinha visto, de costas arranhadas e sangrentas dos meus dedos. Meus olhos foram para sua camisa. Eu não conseguia ver muito por esse ângulo, mas sua camisa estava limpa, tanto quanto eu poderia dizer... sem manchas de sangue de qualquer maneira.
Ele deu um sorriso torto para mim, seus olhos aquecidos pela primeira vez, e eu tinha a nítida impressão de que ele sabia exatamente o que eu estava procurando. Corei e tentei virar a cabeça para longe dele, sem virá-la na direção de Denny.
— Um pouco tarde para modéstia, você não acha? — Ele sussurrou para mim, ainda sorrindo o totalmente irritante e fabuloso meio sorriso.
Meus olhos se voltaram para os seus, chocada novamente. Seriamente que teríamos essa conversa aqui? Agora? Tentei avaliar se sua voz tinha sido forte o suficiente para ouvir na sala ao lado e ser ouvida sobre a TV. Não parecia possível.
— Você perdeu sua mente maldita? — Tentei combinar com o seu volume, mas a irritação foi conquistando cada emoção diferente na minha cabeça e as palavras pareciam muito altas para mim. — O que você está fazendo aqui? — Eu consegui muito mais calmamente.
Ele inclinou a cabeça adoravelmente para o lado. — Eu moro aqui... se lembra?
Eu poderia ter lhe dado um tapa. Eu queria muito, mas o pensamento de despertar a curiosidade de Denny, e muito provavelmente a sua desaprovação, segurou minha mão. Em vez disso, eu fechei meus dedos juntos, travando a tentação. — Não, você estava saindo... lembra? Saída grande, chocante e dramática... não te faz lembrar nada? — Minha irritação estava aparentemente trazendo sarcasmo junto com ela.
Ele riu uma vez em silêncio. — As coisas mudaram. Me pediram para ficar de uma forma muito convincente. — Sorriu maliciosamente e mordeu o lábio.
Minha respiração parou e eu fechei os olhos por um instante para bloquear seu rosto perfeito. — Não. Não, não há razões para você estar aqui. — Eu abri meus olhos para encontrá-lo ainda sorrindo sedutoramente para mim. Ele deve ter batido a cabeça na noite passada, era a única explicação para a súbita mudança em seu comportamento. Arrisquei um olhar para Denny, mas ele ainda estava alegremente assistindo esportes.
Quando olhei para trás, Kellan parou de sorrir e se inclinou para mim atentamente. — Eu estava errado antes. Talvez você queira isso. Vale a pena ficar e descobrir. — Ele estava sussurrando, mas eu senti como se ele tivesse acabado de gritar as palavras em toda a sala.
— Não! — Eu gaguejei, por um segundo sem ter ideia do que dizer. Me recompondo, acrescentei: — Você estava certo. Eu quero Denny. Eu escolho Denny. — Implorei para ele calmamente, nem mesmo ousando um olhar para a sala de estar, no caso de Denny ter ouvido seu nome ser mencionado.
Ele sorriu um pouco e alcançou meu rosto. Instintivamente, eu queria me afastar, finalmente esbofeteá-lo, mas eu não poderia fazer o meu corpo ouvir. Por que meu corpo nunca me ouvia? Corpo desafiador estúpido. Seus dedos traçaram uma linha da minha mandíbula para meus lábios. Imediatamente ao seu toque, senti o fogo da paixão disparar através de mim. Meus lábios se separaram enquanto seus dedos deslizaram sobre eles e eu fechei os olhos com o prazer disso, mas abri-os rapidamente ao som da sua pequena risada.
— Vamos ver, — disse ele casualmente, puxando sua mão de volta para seu colo e recostando-se na cadeira com um olhar presunçoso e triunfante no rosto. Estúpido, estúpido corpo desafiador.
— E ele? — Empurrei minha cabeça na direção de Denny.
Seu sorriso caiu e seus olhos baixaram para a mesa. Sua voz saiu magoada, mas constante. — Eu tive um monte de tempo para pensar na noite passada. — Ele olhou de volta para os meus olhos. — Não vou machucá-lo desnecessariamente. Eu não vou dizer a ele, se você não quiser.
— Não, eu não quero que ele saiba, — sussurrei, feliz mais uma vez por não ter mais lágrimas. — O que você quer dizer... desnecessariamente? O que você acha que somos agora?
Seu sorriso voltou e ele alcançou através da mesa para segurar minha mão. Eu recuei, mas ele agarrou-a com firmeza e acariciou meus dedos. — Bem... agora, nós somos amigos. — Ele me olhou de cima a baixo de uma maneira que me fez corar. — Bons amigos.
Olhei boquiaberta para ele, não sabendo como responder a isso... então minha raiva queimou. — Você disse que não éramos amigos. Apenas colegas de quarto, lembre-se. — Eu não conseguia manter o veneno longe do meu tom.
Ele inclinou a cabeça para o lado de uma forma distraidamente atraente. — Você mudou a minha mente. Você pode ser muito... persuasiva. — Baixou a voz de forma sedutora. — Gostaria de me convencer de novo algum dia?
Abruptamente eu levantei, a cadeira rangendo ruidosamente contra o chão quando eu fiz. Kellan calmamente soltou minha mão e ficou me olhando, enquanto Denny chamou da sala de estar, — Você está bem?
— Sim. — eu respondi, sentindo-me mais do que um pouco estúpida. — Só vou subir para tomar um banho. Tenho que me preparar para o trabalho... para o turno de Emily. — Eu tive a súbita vontade de lavar cada pedacinho de Kellan de cima de mim. Olhei para Denny. Ele já estava assistindo TV, completamente alheio ao humor na cozinha.
— Gostaria que me juntasse a você? Poderíamos continuar a nossa conversa... — Kellan sussurrou, sorrindo diabolicamente, meu batimento cardíaco acelerando irritantemente. Dei-lhe uma ultima olhada e caminhei teimosamente para fora da sala.
Eu refleti sobre o problema que era Kellan enquanto tomava um obsceno e longo tempo me preparando para o meu turno. O que eu tinha feito? O que na terra eu estava pensando? Deveria ter deixado ele ir... Por que não poderia? Por que eu tinha sido incapaz de deixá-lo entrar em seu carro e por que eu o deixei entrar na minha...
Suspirei. Eu realmente não queria pensar sobre isso agora, meu estômago doía bastante.
Ele tinha acabado de dizer a coisa mais estranha na cozinha também. O que foi... Talvez você queira isso? Isso? O que ele pensava que era... Além de um erro desastroso. Bem, aparentemente nós éramos amigos agora, de acordo com ele. Irritava-me um pouco o que foi que levou Kellan a me considerar uma amiga. Na minha cabeça, éramos o tempo todo. E agora nós éramos bons amigos? E ele pode não ter dito isso, mas eu com certeza ouvi, como se ele tivesse gritado dos telhados - bons amigos... com benefícios. Bem, desculpe, pensei, enquanto duramente escovava meu cabelo e prendia em um rabo de cavalo, não somos esse tipo de amigos. Bem, não de novo, de qualquer maneira.
Denny me deu uma carona para o trabalho, mas foi chamado por Max quando ele estava estacionando seu carro para entrar comigo. Balançando a cabeça, irritado, ele suspirou e disse-me que tinha que ir por algumas horas, mas ele iria me pegar depois do meu turno. Eu concordei e disse que estava bem. O que eu tinha feito com ele tinha praticamente evaporado qualquer ressentimento que possa ter tido sobre Max tirar o seu tempo. O que eu tinha feito para ele foi muito pior. Ainda me sentia doente. Eu agarrei meu estômago levemente enquanto observava suas luzes traseiras saírem do estacionamento. Uma parte de mim ficou aliviada ao ver as luzes desaparecerem, eu precisava lutar com minha culpa sozinha.
E no Pete em um turno de dia, eu estava muito bem sozinha. Não fisicamente, claro, o lugar tinha no almoço uma multidão bastante rápida, mas eu não conhecia nenhuma dessas pessoas. Se o Pete é uma grande família, então o turno do dia e o turno da noite eram primos distantes. Sim, nós víamos uns aos outros em feriados, mas nós realmente não saímos muito. O barman do turno era um homem atraente que assentiu educadamente para mim quando entrei no bar. Acredito que o nome dele era... Troy... Mas eu não tinha certeza o suficiente para chamá-lo assim. Não havia necessidade de parecer uma idiota chamando alguém pelo nome errado. “Hey" iria servir por agora. As duas outras garçonetes na equipe eram mais velhas, e, aparentemente, estavam aqui desde o início dos tempos. Ambas tinham cabelos cinza e chamavam todo mundo de “Querida” ou "Docinho", então eu decidi que não ficariam ofendidas se eu as chamasse assim. Elas eram muito legais embora e eu me senti confortável muito rapidamente.
A multidão que veio era diferente também. A multidão da noite era principalmente bebedores. Essas pessoas eram na maioria... comedores. Eu coloquei minha cabeça na cozinha mais vezes em uma tarde do que o meu tempo todo no Pete durante a noite. A cozinha da noite era dirigida por um cara tímido chamado Scott. Ele era alto e magro, estranhamente magro para um cozinheiro, mas cara, ele sabia cozinhar. Pete servia algumas das melhores comidas de "bar" na área. A razão para o talento de Scott na cozinha corria durante o dia - seu pai, Sal. Sal era igualmente alto e igualmente estranhamente magro, e era um cozinheiro igualmente (se não talvez um pouco melhor) incrível. Ele era um cara engraçado, porém, e sempre tinha uma piada e uma piscadela quando eu entrava com um pedido.
As coisas estavam correndo bem e eu estava gostando do turno com minha nova família, quando, eu juro que consegui sentir as moléculas de ar engrossarem. Eu sabia antes de ver. Sabia o segundo em que Kellan Kyle entrou no bar.
Ele veio para trás de mim e eu não virei para ajudá-lo. Ele poderia sentar e esperar como todo mundo... de preferência, não na minha seção. Ele não fez isso. Ele só continuou a ficar atrás de mim enquanto eu esperava no bar por alguns refrigerantes. Notei que Troy ficou olhando para ele com um meio sorriso e isso me irritou um pouco. Todos eram atraídos por este homem? Eventualmente eu senti uma mão em volta da minha coxa... ao redor da minha coxa machucada. Endureci e me virei para ele. Eu tinha planejado esbofeteá-lo, mas vê-lo parou minha respiração, meu coração acelerou, e eu deixei cair minha mão.
Ele parecia ter acabado de sair do banho, seu cabelo selvagem e confuso, mas ainda úmido em torno das bordas. Ele tinha um jeans preto meia-noite que destacava a vermelhidão contrastante de sua perfeitamente apertada t-shirt - uma camisa que provocantemente apresentava cada camada curva de seus ombros largos, enfatizando o peitoral incrível que qualquer modelo masculino mataria para ter. Mas não foi o corpo mortalmente atraente que prendeu minha atenção. Foram os olhos. Eles praticamente ferviam... enquanto ele segurava minha coxa, um sorriso torto em seus lábios enquanto ele me estudava.
Eu rapidamente tirei sua mão da minha perna, na esperança de que a perda de contato iria acalmar meu coração batendo descontroladamente. Isso poderia ter funcionado, exceto que ele pegou meus dedos em vez disso. Pelo canto do meu olho, eu podia ver Troy nos olhando com curiosidade. Bem, Troy olhava Kellan com curiosidade.
— O que você está fazendo aqui? — Eu disse humilde, tentando separar meus dedos dos seus.
— Eu estava com fome. Ouvi que a comida é boa aqui, e o pessoal é... bem disposto. — Seu sorriso alargou quando ele conseguiu entrelaçar nossos dedos.
Fiquei boquiaberta com o seu comentário. — Disposto... — Eu não poderia nem mesmo terminar a palavra quando comecei a corar e gaguejar. Ele riu uma vez e depois colocou uma mecha de cabelo que tinha caído do meu rabo de cavalo atrás da minha orelha. Eu realmente fechei meus olhos, parecia tão bom, mas depois abri imediatamente e puxei minha mão da dele. — Então vá sentar! Sua garçonete estará com você em breve.
Ele sorriu e deu de ombros. — Tudo bem. — Lançou um olhar para Troy, assentiu educadamente para ele com um pequeno sorriso em seus lábios, e depois passeou de volta para sua mesa regular. Deus, havia alguém com quem o homem não flertava?
O evitei enquanto eu podia. Atendi a todos no bar enquanto ele me olhava com um sorriso de satisfação no rosto, os braços cruzados sobre o peito. Ele estava desfrutando demais da minha relutância em estar perto dele. Mais para tirá-lo do bar do que realmente ajudá-lo, ou, como ele dizia, "servi-lo", finalmente me aproximei de sua mesa. — O que eu posso fazer por você?
Ele levantou uma sobrancelha para isso e eu corei ferozmente. Foquei minha mente sobre o bloco de papel em minhas mãos e tentei bloquear o pensamento íntimo que ele havia acabado de colocar na minha cabeça. Ugh, por que meu cérebro tinha que ir para um lugar tão sujo quando ele estava por perto? Por que o dele era tão sujo o tempo todo?
— Vou querer um hambúrguer... batata frita... cerveja... — Ele deixou a parte final da frase saindo aos poucos, como se houvesse mais do que isso, e eu tenho certeza que corei ainda mais.
— Ótimo. Vou pedir na cozinha. — Sussurrei.
Virei para fazer a minha saída apressada quando ele me parou. — Kiera? — Relutantemente, eu virei para ele. — Você tem uma aspirina aqui? — Ele se encolheu e levou a mão ao seu ombro. — Minhas costas estão realmente me matando. — Ele sorriu maliciosamente no final e meu coração tropeçou.
A imagem de eu cavando minhas unhas profundamente em sua carne pulou na minha cabeça de forma tão vívida que eu pensei que poderia perder a capacidade de me manter em pé. Ofeguei e fiz a coisa feminina de colocar a mão sobre a boca, então virei e fugi sem lhe responder. Constrangimento brilhou através de mim, seguido de culpa, seguido por... desejo? Corri para pedir a sua encomenda, rezando para que ele saísse em breve.
Finalmente, e depois de um almoço agonizantemente longo que teria rivalizado com qualquer refeição de sete pratos, tanto em comprimento como em atenção pessoal (não só a ‘Querida’ lhe levou um copo de água e a ‘Docinho’ o encheu de novo - já que era claro que eu não ia a lugar nenhum perto de sua mesa de novo - mas Troy pessoalmente levou outra cerveja, um pequeno sorriso tímido nos lábios quando ele entregou e um sorriso encantador e torto de Kellan, quando ele aceitou), até que ele finalmente levantou-se para sair do bar. Tudo isso me fez revirar os olhos. Se alguém precisava de menos atenção do pessoal... era Kellan.
Vindo para mim, ele silenciosamente deslizou uma nota no meu bolso. Eu ainda não tinha ido levar sua conta... E honestamente, ele provavelmente poderia iniciar uma conta e Pete enviar-lhe uma declaração mensal, ele estava aqui todo maldito dia. Ele apenas sorriu quando me pagou e depois se virou para sair do bar, que eu juro que fez Troy suspirar. Peguei a nota do bolso e comecei a andar ao redor do bar para o caixa (meu suspiro de alívio pois ele finalmente tinha ido), quando notei a nota que ele tinha me dado. $ 50.
$ 50? Sério! Instantaneamente irritada, eu sai do bar.
O barulho do cascalho sobre meus pés combinou com meu humor irritado e coragem passou por mim a cada passo. Eu andei, bem, marchei seria mais preciso, até onde ele estava com a mão na maçaneta de sua Chevelle preta incrivelmente sexy. Ele ouviu a minha abordagem, ou estava esperando por isso, e se virou para olhar para mim, um pequeno sorriso tocando os cantos de seus lábios. Aquele sorriso escorregou quando notou a minha expressão - que não era definitivamente um sorriso. Ele se ajeitou e esperou com um olhar estranho em seus olhos.
Eu parei na frente dele. — O que é isso? — Levantei a nota ofensiva.
O pequeno sorriso reapareceu em seus lábios. — Bem, ummm... é uma nota de cinquenta dólares. Você pode trocá-la por bens e ou serviços.
Tomei uma respiração profunda e calmante. Espertinho. Quantas vezes eu vou querer bater neste homem hoje? — Eu sei disso, — eu disse com os dentes cerrados. — Para que é?
Ele levantou a cabeça e sorriu plenamente. — É para você... e minha conta. Obviamente.
Dei uma respiração profunda. — Por quê? Eu mal atendi você. Eu nem sequer levei sua comida. — Tinha deixado “Querida” cuidar disso, fingindo uma necessidade emergente para usar o banheiro.
Ele franziu ligeiramente a testa, inclinando-se contra o seu carro e cruzando os braços sobre o peito. — Às vezes uma gorjeta é apenas uma gorjeta, Kiera.
Sim, certo. Não com ele... não hoje, não depois da noite passada. Ignorando o quão atraente ele parecia, inclinado para trás casualmente contra seu carro, eu disparei: — Para que é!
Com sua voz estranhamente grave, mas seu rosto sorrindo casualmente, ele disse: — Por tudo o que você fez por mim.
Eu imediatamente a joguei de volta para ele e entrei no bar. Ele podia ter dito isso com um sorriso doce no rosto, mas eu senti o insulto por trás. E doeu que ele sentisse a necessidade de... compensar-me, por alguma coisa.
Denny me pegou depois do trabalho e me contou sobre sua missão vital que não poderia esperar até segunda-feira - que envolvia flores e uma extremamente difícil reserva para um restaurante para alguma menina que Max estava tentando conquistar. Denny parecia tão feliz com isso como eu. Fingi um sorriso para ele, porém, e assegurei-lhe que pelo menos seu dia tinha terminado. Culpa se misturou com tensão quando percebi que meu dia horrível só continuaria, estávamos indo direto para onde Kellan estava.
Mas ele não estava em casa quando chegamos lá. Ele também ainda não tinha chegado enquanto eu me preparava para dormir, então comecei a ficar irritada. Ele saiu com os caras, ou com uma garota?
Empurrei a irritação de lado. Será que isso importava? Foi quando eu estava prestes a lavar meu rosto, e esperando que lavasse meu stress, que encontrei o papel escondido atrás do meu limpador de pele. Era um bilhete com a letra de Kellan que simplesmente dizia: "Eu não quis ofender", e uma nota de vinte dólares estava escondida dentro dele.
Uau... uma pseudodesculpa. Isso é novo.
Na manhã seguinte, eu estava um pouco mais racional sobre o incidente da conta e me senti meio estúpida por como eu tinha agido e exagerado. Talvez ele estivesse apenas sendo agradável com uma boa gorjeta, e de forma alguma era uma referência sobre nossa noite juntos. Era tão difícil entendê-lo algumas vezes, especialmente pela forma como ele tinha estado depois da nossa primeira vez dormindo juntos. Ugh, eu odiava que já tinha uma primeira vez e uma segunda vez para referência. Pelo menos, não haveria qualquer terceira. Não, nenhuma terceira aqui.
Desci cautelosamente, querendo saber se veria Kellan hoje. Ele já estava lá, como de costume, bebendo o seu café na mesa, sorrindo casualmente e me olhando em silêncio quando entrei. Eu estava feliz por seu silêncio, feliz de que ele não iria mencionar o incidente de ontem também. No entanto, ele me olhava de uma maneira que me fez sentir completamente nua. Era enervante. Era emocionante. Isso me fez sentir culpada.
Ele tomou um longo gole de seu café e eu não pude deixar de pensar na barraca de café. Meu rosto corou e ele sorriu diabolicamente, como se soubesse exatamente o que eu estava
pensando. Pousou sua caneca e calmamente andou atrás de mim. Colocando o cabelo sedutoramente para fora do meu pescoço, de um ombro até ao outro, ele rapidamente beijou a parte de trás do meu pescoço.
— Bom dia. — Ele sussurrou, diretamente no meu ouvido. Eu tremi. Ugh, por que seu toque fazia isso comigo? Ele colocou os braços em volta da minha cintura e me segurou perto dele.
— Pare com isso, Kellan, — Sussurrei quando me virei e o empurrei para longe.
Ele riu suavemente. — Parar com o quê, Kiera? Nós costumávamos fazer isso o tempo todo quando Denny se foi... lembra? — Ele me puxou apertado novamente.
Suspirei e o empurrei de volta com mais firmeza, tentando ignorar o quão bom era sentir seus braços ao meu redor. — As coisas são diferentes agora.
Ele puxou-me com força mais uma vez, e respirou pesadamente no meu ouvido enquanto sussurrava: — Sim... as coisas são muito diferentes.
Eu o empurrei com meus braços se sentindo fracos. Irritação despertou em mim. — Você é tão... temperamental. Nunca sei como lidar com você. — Meu olhar suavizou enquanto eu me perguntava se tinha incitado sua raiva.
Ele apenas sorriu torto para mim embora. — Eu sou um artista... não temperamental.
— Bem, então você é um artista temperamental... — Terminei o meu pensamento murmurando baixinho: — Você é praticamente uma menina.
Aparentemente, ele me ouviu, porque de repente virou-me de frente para ele, me apoiou contra o balcão e apertou-se em mim. Engoli em seco quando uma de suas mãos agarrou minha coxa machucada e a prendeu em torno de seu quadril. Sua outra mão correu por minhas costas e me puxou contra ele. Ele respirou com a voz rouca no meu ouvido de novo — Eu te garanto... que não sou. — Seus lábios desceram pelo meu pescoço enquanto eu tremia novamente. Porra... não, definitivamente não era uma menina.
— Por favor... Para... — Consegui sussurrar, enquanto eu tentava outra tentativa fraca de afastá-lo.
Ele me beijou uma última vez, profundamente no meu pescoço, e eu me preocupei por um segundo que ele deixasse uma marca, mas depois ele se afastou e suspirou. — Tudo bem... mas só porque você implorou. — Sua voz era tão suave que era praticamente um ronronar. — Adoro quando você faz isso, — ele sussurrou, em seguida, saiu da sala rindo, enquanto eu corava profundamente.
Eu estava relaxando no chuveiro depois daquele encontro, tentando organizar meus pensamentos e as minhas emoções. A sensação de Kellan pressionado contra mim não deixava minha cabeça... ou meu corpo. Dar o beijo de adeus à Denny para o trabalho há poucos minutos, tinha feito coisas horríveis ao meu coração. Minha culpa não estava me deixando e Kellan definitivamente não estava ajudando com isso. Suspirei e inclinei a cabeça para trás na água. Ele era tão estranho. A primeira vez que fizemos sexo virou pedra fria e agora ele estava em brasa. Deus, o que aconteceria se fizéssemos...? Não, eu não ia nem pensar nisso. O que estava acontecendo entre nós definitivamente tinha acabado! Eu não trairia Denny... de novo.
Estava me sentindo um pouco melhor sobre a situação quando a maior aranha conhecida pela humanidade caiu bem na frente do meu rosto.
Agora, eu gostaria de pensar que eu sou muito prática sobre o mundo dos insetos roedores e aracnídeos. Eu entendo completamente que eles servem a um propósito e que há um lugar para eles no círculo da vida. Mas uma caindo bem na minha cara com, eu juro por Deus, pernas de 5 cm de comprimento, trouxe a mais possível reação feminina - eu gritei. E não apenas qualquer grito, não, eu gritei como em um assassinato sangrento. Pulei para fora do chuveiro e imediatamente comecei a fazer a dança nojenta. Você sabe, o 'Oh meu Deus, eu sei que há cerca de seis mais dessas coisas no meu corpo'. Foi nesse momento que Kellan irrompeu pela porta do banheiro (como em nome de tudo o que é sagrado que eu não tranquei?). Congelei quando o vi. Ele congelou quando me viu... nua.
Corei em todos os lugares e peguei a toalha mais próxima que eu poderia encontrar.
— Você está bem? — Ele olhou em torno do quarto procurando um assassino com um machado e cerca de um litro de sangue, o que era compreensível com toda a gritaria eu tinha feito.
— Aranha, — eu disse, mortificada. Por favor, posso fazer este dia de novo?
Seus olhos voltaram para mim e ele mal segurava o riso. Ele teve que morder o lábio e o sorriso que escapou foi desastrosamente sexy.
— Uma aranha, — ele conseguiu dizer, quase uniformemente. — Você não está... morrendo?
Corei novamente e franzi a testa enquanto seus olhos perderam o sorriso e se arrastaram para baixo, para o meu mal coberto e pingando corpo molhado. — Eu acho que devo inspecionar você mais profundamente, só para ter certeza que nenhuma está... em você. — Ele deu alguns passos em direção a mim e o pequeno banheiro de repente me fez sentir claustrofóbica.
Me senti superaquecida e um pouco fraca. Bati no seu ombro e o empurrei para a porta. — Não... Saia!
— Tudo bem. — Ele inclinou a cabeça para o lado quando se virou para ir embora. — Eu vou estar no meu quarto, se você mudar de ideia. — Um sorriso perverso e então, — Ou, se houver mais aranhas.
Quando ele saiu, eu bati a porta e tranquei de forma segura. Ok, ele não estava em brasa, ele estava em fogo ardente. Eu precisava fazer algo sobre isso... mas não tinha ideia do que.

***

Ele era muito sorrateiro flertando comigo, sempre encontrando momentos em que Denny estava fora da sala ou estava de costas para nós. A primeira vez que ele beijou meu pescoço com Denny na sala, eu tinha engasgado de surpresa pelo movimento inesperado. Ele riu uma vez e rapidamente afastou-se quando Denny olhou para mim interrogativamente. Eu murmurei algo estúpido sobre ver uma aranha e olhei com raiva para Kellan, que riu e ergueu as sobrancelhas sugestivamente com a menção de outra aranha. Meu pescoço queimava agradavelmente onde ele tinha beijado.
Mais e mais eu gostava da solidão da escola, era minha única zona livre de Denny e Kellan. Por algumas horas, eu poderia pensar em algo diferente da confusão que era a minha vida em casa. É claro que, alguns dias depois, durante uma palestra sobre psicologia na visão de Sigmund Freud sobre a repressão sexual, os pensamentos vieram de qualquer maneira.
O que eu faria? Por um lado, eu tinha um namorado bonito, que eu adorava, por quem eu tinha viajado todo o País, mas, o seu abandono por um trabalho tinha me marcado de alguma forma. Eu não gostava de pensar sobre isso. Realmente não tinha sido culpa dele que eu tinha reagido tão mal, e ele mudou de ideia e voltou para mim quase que instantaneamente, e com consequências enormes... não apenas rápido o suficiente. Durante sua breve ausência Kellan tinha se tornado importante, e agora ele estava preso lá.
Suspirei. Eu realmente não sabia como me sentia sobre isso. Bem, além de tremendamente culpada de qualquer maneira. Eu havia sido avisada muitas vezes sobre Kellan. Sabia como ele era e me deixei levar por ele de qualquer maneira... duas vezes. Odiava o quão fraca eu me sentia ao seu redor, a quantidade de poder que ele tinha, quando eu não tinha nenhum. Era tão irritante.
Claro, ele tinha se tornado mais ousado nos últimos dias. Seus toques se tornaram muito mais íntimos. Seus dedos sempre conseguiam encontrar a polegada escassa de pele que aparecia entre minha camisa e calça jeans quando ele passava por mim no corredor. Ele acariciava minha bochecha quando abria a porta da geladeira. Seus lábios roçavam meu ombro nu enquanto eu cozinhava o jantar. Ele mordiscava minha orelha quando Denny saía para verificar o e-mail. Ele vinha atrás de mim no trabalho e descansava a mão na minha bunda quando ninguém estava olhando.
Ugh, ele estava me deixando louca e eu odiava cada segundo. Certo?
Olhei para cima. A palestra que tinha feito minha mente ir à deriva tinha acabado, e eu realmente não tinha ouvido uma palavra. Não tinha notado que os alunos começaram a sair e agora estava meio vazio. Kellan estúpido e seus dedos incrivelmente maravilhosos e estúpidos!
Agora eu teria que ver esse homem estúpido no bar estúpido, pois o meu turno começaria em um par de horas. É claro que ele estaria lá, bebendo com seus companheiros de banda. Eles tinham ensaio quase todos os dias e quase sempre entravam no bar antes ou depois. E, claro, Kellan não iria perder a oportunidade de me atormentar enquanto Denny estava ausente. Ele tinha sempre o cuidado de não deixar ninguém testemunhar sua sedução, mas eu tinha a sensação de que era mais fácil para ele quando ele não tinha que olhar para Denny.
Estava chuviscando quando fui para o ponto de ônibus. Eu não estava ansiosa para esperar o ônibus nesse tempo. Não estava chovendo muito, mas eventualmente eu iria ficar encharcada. As pessoas aqui não pareciam se importar em se molhar. Ninguém se preocupava com um guarda-chuva, a menos que a chuva fosse tempestade. Pessoalmente eu preferia estar seca, mas não estava chovendo quando saí e eu realmente não gostava de andar por aí com um guarda-chuva, parecendo como uma idiota esperando que chovesse.
Decidi tomar o ônibus direto para o bar. Eu prefiro ir mais cedo do que ficar em casa sozinha com Kellan. Com Denny ainda no trabalho, quem sabe o que ele iria tentar fazer comigo. Não que eu fosse deixar algo acontecer. Eu tinha certeza que não iria deixar... Enfim, eu poderia terminar meu trabalho de Literatura nos armários.
Quando eu estava andando, ouvi alguém atrás de mim suspirando: — Oh meu Deus, olha esse cara... ele é lindo. — Instintivamente virei para olhar e minha respiração parou. Kellan estava aqui? Por que Kellan estava aqui? Do lado de fora do carro, ele já estava parcialmente molhado, e como o resto dos moradores locais, ele não parecia se importar. Ele sorriu seu sexy meio sorriso quando eu o notei. Revirei os olhos e não me incomodei nem mesmo em olhar quem tinha feito a declaração. Tinha certeza que era apenas uma garota aleatória, babando em sua perfeição.
Eu realmente não queria ficar molhada esperando o ônibus, então relutantemente fui até Kellan. A chuva estava molhando seus cabelos despenteados e gotas pingavam em seu rosto. Ele vestia sua jaqueta de couro preta e estava recostado contra o seu carro com os braços cruzados sobre o peito. Seja quem fosse a garota, ela estava certa, ele era lindo. — Eu pensei que você poderia querer uma carona. — Ele praticamente ronronou as palavras.
— Claro, obrigada. Estou indo para o Pete. — Eu esperava ter soado tão indiferente como queria. Meu coração já estava correndo com a ideia de estar em um espaço fechado a sós com ele, mas estar seca era muito tentador.
Ele sorriu, como se de alguma forma já soubesse da minha resposta. Ele escorregou atrás do volante após abrir primeiro a minha porta, dramaticamente estendendo seu braço. Eu estava tensa quando ele se afastou da escola, esperando ele fazer... alguma coisa. Não tinha ideia do que ele faria em uma situação como esta e, minha mente estava confusa com as diferentes possibilidades. Será que ele me colocaria no assento e tentaria... olhei atrás de mim no banco de trás. De repente, parecia incrivelmente grande e muito confortável. Eu imediatamente percebi que o carro de Kellan era como se fosse sua "cama longe da cama". O pensamento fez meu rosto corar e a respiração parar.
Ele olhou para mim e riu um pouco. — Você está bem?
— Sim, — Menti, nada convincente.
— Ótimo. — Nós paramos em um sinal vermelho e ele olhou para mim com os olhos cintilantes enquanto passava a mão pelo cabelo deliciosamente úmido.
Eu percebi que tinha começado a respirar um pouco pesado observando-o. Ah pelo amor de Deus, eu pensei com raiva. Ele nem sequer me tocou ainda. A antecipação foi começando a crescer em mim. Eu queria que ele apenas acabasse com isso. Espere um minuto... Não. Irritação familiar me queimou. Eu não queria que ele me tocasse... Certo?
Nós começamos a andar novamente, mas eu estava olhando pela janela, perdida em minha confusão e mal notei. Eu amava Denny, por que então ansiava por Kellan me tocar? Isso não fazia sentido. Mas eu não podia ponderar isso por mais tempo. Kellan tinha decidido finalmente me tocar. Ele simplesmente colocou a mão no meu joelho um pouco e deslizou até minha coxa. Foi o suficiente. Fechei os olhos, seu toque queimando meu corpo. Eu mantive meus olhos fechados durante todo o caminho até lá.
Chegamos ao bar muito rápido e ainda... não suficientemente rápido. Kellan estacionou o carro sem mexer a mão da minha coxa. Eu podia sentir ele me olhando, mas ainda mantive meus olhos fechados. Ele deslizou sobre o assento para pressionar contra mim. O calor dele, o cheiro da chuva sobre ele, fez a minha respiração acelerar. Ele deslizou a mão até a parte superior da minha coxa. Engoli em seco, minha boca ligeiramente aberta soltando uma respiração pesada. De repente eu queria muito mais... e eu odiava isso. Ele correu sua bochecha ao longo da minha mandíbula e eu sofri para manter minha cabeça no lugar, para não me virar para ele. Ele beijou o canto da minha mandíbula então levemente arrastou sua língua até meu ouvido, enquanto eu comecei a tremer. Ele mordiscou minha orelha por um segundo antes de finalmente respirar, — Pronta?
Meus olhos piscaram em pânico. Olhei para ele, minha respiração embaraçosamente rápida agora. Ele estava sorrindo tão sedutoramente para mim que eu não podia deixar de virar a cara para ele. À centímetros de distância agora, eu senti sua mão correr da minha coxa até meu quadril. Então ouvi um clique fraco e meu cinto cedeu.
Ele se afastou de mim e começou a rir levemente. Instantaneamente irritada, eu empurrei a porta e a bati atrás de mim. Quando olhei de volta para seu carro elegante, na chuva, eu podia vê-lo através da janela, me observando andando na tempestade para o bar com prazer aberto. Na verdade, eu agradeci a chuva, quando ela esfriou minha pele aquecida no caminho para as portas duplas.
Porra, ele era bom.
Na manhã seguinte, eu encurralei Kellan na cozinha enquanto ele estava servindo o café.
— Bom dia.
Eu imediatamente cortei sua saudação adorável, ainda irritada com o passeio de carro ontem. — Você... — Coloquei um dedo em seu peito, o que o fez sorrir encantadoramente quando ele colocou o pote de café de volta, — ...precisa recuar!
Ele agarrou minha mão e me puxou para um abraço. — Eu não fiz nada com você... recentemente, — ele disse inocentemente.
Tentei me afastar de seu abraço, mas ele me segurou firme. — Uhhh... E isso? — Tentei indicar os seus braços em volta de mim, mas não podia me mover muito bem.
Ele riu e beijou a minha mandíbula. — Nós fazíamos isso o tempo todo. Às vezes, a gente fazia até mais...
Irritada, eu recuei e cuspi em um tom terrivelmente perturbado, — E o carro?
Ele riu mais ainda. — Isso foi tudo culpa sua. Você estava ficando toda... excitada comigo apenas sentado ali. — Ele se inclinou um pouco para me olhar nos olhos. — Eu deveria simplesmente ignorar? — Corei furiosamente, ele estava certo sobre isso. Suspirei ruidosamente e olhei para longe dele.
Ele riu suavemente com a minha reação. — Hmmm... você quer que eu pare? — Enquanto falava, ele passou os dedos levemente no meu cabelo e em meu rosto, no meu pescoço, entre os seios, e abaixo da minha cintura para descansar no meu jeans. Ele agarrou a borda e puxou meus quadris em direção a ele um pouco.
Instantaneamente e irritantemente, meu corpo reagiu - minha respiração aumentou, meu coração disparou e eu fechei os olhos, me forçando a não virar para seus lábios.
— Sim, — eu disse sem fôlego, me perguntando se eu estava respondendo a sua pergunta corretamente.
— Você não parece tão certa disso... Eu faço você se sentir desconfortável? — Sua voz era rouca e sedutora, e eu mantive meus olhos fechados para não ter que ver sua expressão. Seus dedos estavam levemente traçando minha cintura, um dedo no interior, mal roçando contra a minha pele.
— Sim. — Minha cabeça girava... o que ele me perguntou?
Ele se inclinou para sussurrar no meu ouvido: — Você me quer dentro de você de novo?
— Sim... — Eu soltei a minha resposta antes que a questão tivesse mesmo registrado na minha cabeça. Seus dedos pararam de se mover. Meus olhos se abriram no meu erro e focaram a sua cara de surpresa. — Não! Eu quis dizer não! — Ele deu um meio sorriso e parecia que ia quebrar de rir a qualquer momento enquanto tentava manter o rosto composto.
A raiva queimou através de mim. Ótimo, agora eu o incentivei ainda mais e consegui me fazer parecer uma idiota, tudo ao mesmo tempo. — Eu não quis dizer isso, Kellan.
Ele deixou escapar uma risada. — Sim, eu sei - sei exatamente o que você quis dizer. — Eu praticamente o empurrei e subi as escadas. Isso não tinha ido bem.
Naquela tarde, eu tinha algumas horas para matar depois da escola antes que Denny chegasse em casa do trabalho. Eu estava desesperadamente cansada. Não tinha dormido bem. Denny e Kellan, culpa e paixão... Tudo isso girando na minha cabeça, tornando o sono quase impossível. Se algo não mudasse em breve, eu iria implodir pelo estresse. Eu estava sentada no meio do sofá olhando fixamente para a televisão, perdida nesses pensamentos profundos, quando senti a almofada ao meu lado comprimir. Sabendo quem era, eu instintivamente tentei levantar sem sequer olhar. Ele agarrou meu braço e me puxou de volta para baixo. Olhei para um Kellan muito divertido. Ele sorriu largamente para a minha relutância em me sentar ao lado dele. Eu estava muito cansada para isso agora...
Irritada com seu sorriso, eu teimosamente fiquei firme no sofá, cruzando os braços sobre o peito. Ele suavizou seu sorriso enquanto me olhava e eu olhei para longe. Sentindo seus braços me envolverem em volta dos meus ombros, eu endureci, mas me recusei a me afastar, não queria diverti-lo mais hoje. O constrangimento desta manhã ainda estava fresco na minha cabeça. Gentilmente, ele começou a me puxar para seu colo.
Chocada e com raiva por sua insinuação aparentemente rudimentar, eu me afastei e olhei friamente para ele. Ele ficou assustado e surpreso, franzindo a testa, antes de relaxar e rir com a minha reação. Ele apontou para o seu colo. — Deite-se... você está cansada. — Ele levantou uma sobrancelha para mim e sorriu sugestivamente. — Mas se você quisesse, eu não pararia você.
Fiz uma careta, embaraçada com a minha suposição, e lhe dei uma cotovelada nas costelas por seu comentário. Ele resmungou e riu de novo.
— Tão teimosa... — ele zombou, quando me puxou para baixo em seu colo novamente.
Ainda me sentindo tola sobre o que eu tinha pensado que ele queria que eu fizesse, eu me deitei. Ele olhou para mim quando deitei sobre minhas costas. Ele era muito confortável e eu estava extremamente cansada. Ele acariciou levemente meu cabelo, quase instantaneamente me relaxando.
— Veja... não foi tão ruim, foi? — Seus olhos azuis me observavam, quase melancolicamente. Ele olhou para mim em silêncio por alguns minutos, antes de falar novamente. — Posso te perguntar uma coisa, sem você ficar com raiva?
Eu imediatamente fiquei tensa, mas acenei com a cabeça. Ele observava os seus dedos correndo pelo meu cabelo quando perguntou, — Denny foi o único homem com quem você já esteve?
Fiquei irritada. Por que ele queria saber isso? — Kellan, eu não vejo como isso é...
Seu olhar encontrou o meu e ele me cortou. — Basta responder a pergunta. — Seus olhos eram quase tristes, sua voz suave com alguma emoção.
Confusa, eu respondi sem pensar nisso. — Sim... até você, sim. Ele foi o meu primeiro...
Ele assentiu, considerando isso, continuando a fazer carinho nos meus cabelos. Eu senti como se devesse corar ou me envergonhar, respondendo a uma pergunta tão pessoal, mas eu não estava. Acho que não havia muito sobre o meu corpo que Kellan não já soubesse ou pudesse adivinhar corretamente.
— Por que você quer saber isso? — Perguntei em voz baixa.
Ele parou de mexer no meu cabelo por um momento, e então continuou, sorrindo suavemente, mas não falou. Silenciosamente ele continuou acariciando meu cabelo e, eventualmente, eu relaxei novamente. Ele parecia perdido em pensamentos, apenas olhando para mim e sorrindo suavemente. De repente eu fiquei impressionada com uma enxurrada de memórias de estar com ele inocentemente assim, enquanto Denny tinha ido embora. A doçura desse tempo trouxe lágrimas aos meus olhos enquanto eu olhava para ele.
Ele franziu ligeiramente a testa e enxugou uma lágrima. — Estou machucando você? — Ele perguntou baixinho.
— Diariamente... — Eu disse, igualmente suave.
Ele ficou em silêncio por alguns minutos, e então, finalmente, ele falou baixinho novamente, — Eu não estou tentando te machucar. Sinto muito.
Confusa, deixei escapar: — Então por que está? Por que você não me deixa sozinha?
Ele franziu a testa novamente. — Você não gosta disso... de estar comigo? Mesmo... só um pouquinho?
Meu coração doeu um pouco com essa pergunta muito confusa. Finalmente eu decidi apenas dizer-lhe a verdade. — Sim, eu gosto... mas eu não posso. Eu não deveria. Não é certo... para Denny.
Ele assentiu, ainda franzindo a testa. — Verdade... — ele suspirou e parou de acariciar o meu cabelo. — Não quero te machucar... qualquer um de vocês. — Ele ficou em silêncio por alguns minutos, olhando pensativamente para mim. Eu não podia falar. Só podia vê-lo, me olhando. Finalmente, ele disse: — Eu vou deixar as coisas assim. Apenas flertar. Vou tentar não ser inapropriado com você. — Ele suspirou tristemente. — Só um flerte amigável como costumávamos fazer...
Me assustei com isso. — Kellan, eu não acho que devemos sequer... Não desde aquela noite. Não, desde que nós...
Ele sorriu, talvez com a memória inundando-o, como ela tinha me inundado, e acariciou minha bochecha. — Eu preciso estar perto de você, Kiera. Este é o melhor compromisso que posso oferecer. — De repente, ele sorriu maliciosamente e meu coração disparou novamente com seu sex appeal. — Ou, eu poderia apenas ter você aqui no sofá. — Endureci em seu colo e ele suspirou. — Estou brincando, Kiera.
— Não, você não está, Kellan. Esse é o problema. Se eu dissesse que sim...
Ele sorriu encantadoramente. — Eu faria, o que você pedisse, — ele sussurrou.
Engoli em seco e desviei o olhar, não totalmente confortável com esta conversa. Ele passou o dedo no meu rosto, no meu pescoço, ao longo da minha clavícula e na minha cintura. Minha respiração acelerou e eu olhei para ele bruscamente.
— Oops... desculpe. — Ele sorriu timidamente. — Eu vou tentar...
Ele voltou para a segurança de acariciar meu cabelo e, eventualmente, o movimento repetitivo me acalmou para dormir. Acordei horas mais tarde no meu quarto, debaixo das cobertas. Rezei para eu estivesse vestida e senti alívio quando vi que estava. Ele queria ainda me paquerar, mas nada mais? Seria ele capaz de fazer isso? Eu era? Era o mesmo que trair Denny... se fosse apenas inocente? Eu não tinha certeza se era possível, mas estar deitada no sofá com ele trouxe de volta muitas lembranças maravilhosas do jeito que costumávamos ser. E se pudéssemos de alguma forma ter isso de volta? O pensamento de livremente tocá-lo novamente me deu uma grande emoção.
Denny entrou no quarto enquanto eu ainda estava considerando Kellan e sua ideia de paquera. Me assustei um pouco ao vê-lo, ainda perdida em meus pensamentos e não percebendo que horas eram, e que eu estava deitada na cama. Ele olhou para mim com curiosidade quando tirou os sapatos e sua camisa.
— O que você está fazendo? — Ele perguntou, com um pequeno sorriso e um brilho nos olhos enquanto colocava uma confortável t-shirt.
Normalmente a visão dele se trocar, e o olhar que ele tinha me dado, teria me feito sorrir, mas com meus pensamentos onde estavam, na verdade, me fez corar. Foi uma reação estranha para ter com ele e ele franziu a testa quando se sentou na beira da cama.
— Você está bem? — Ele colocou a mão na minha testa e depois afastou um pouco de cabelo do meu rosto. — Você não está se sentindo bem de novo?
O movimento foi tão suave que me relaxou e eu sentei na cama e atirei os braços em volta de seu pescoço. Suspirei e me agarrei a ele um pouco mais apertado do que o normal. Ele esfregou minhas costas e me segurou tão apertado.
— Eu estou bem... estava apenas dormindo.
Ele se afastou para olhar para mim com amor e foi quando percebi o quão cansado ele estava.
— Você está bem? — Um pânico ligeiro passou por mim, mas eu afastei-o com força.
Ele suspirou e balançou a cabeça. — Max. Deus, ele é um idiota, Kiera. Se seu tio não fosse o dono do lugar, ele não trabalharia lá. Eles estão fazendo essa campanha para este varejista que, — Ele se interrompeu e balançou a cabeça de novo. — Ugh, eu não quero nem pensar nisso de novo. — Ele passou a mão pelo meu cabelo e me puxou para um beijo doce. — Só quero pensar em você...
Eu corri uma mão por seu cabelo quando o nosso beijo se aprofundou um pouco. Ele recuou depois de um minuto.
— Você está com fome? Se quiser ficar e descansar um pouco mais, eu vou fazer alguma coisa para comer.
Sorrindo para sua oferta doce, eu passei a mão pelo seu rosto. — Não, eu vou descer com você. — Ele segurou minhas mãos e sorrindo, me ajudou a ficar em pé. Eu assisti a escuridão de seu cabelo e a forma agradável de seu corpo enquanto o seguia pelas escadas. Como eu poderia ter alguma vez sido infiel com ele? Ele era incrível. Engoli o caroço e lembrei-me que não ia acontecer de novo. Eu nunca iria traí-lo novamente. Kellan tinha concordado em recuar. Kellan e eu estávamos voltando para nossa amizade. Tudo estaria bem.
Decidi deitar no sofá e, eventualmente, os sons de Denny fazendo o jantar me acalmaram no sono. Ótimo, eu pensei vagamente antes de me deixar ir, eu nunca ia dormir esta noite agora. Fui acordada por um par de lábios macios. Pânico passou por mim, durante uma fração de segundos de delírio no sono induzido - eu não tinha ideia de quem esses lábios eram. Minha mão tinha ido automaticamente ao rosto e no entanto ao sentir a barba, eu relaxei. Denny. Isso mesmo. Eu tinha a noite de folga do trabalho, Denny veio para casa de seu dia, e Kellan estava tocando com os D-Bags. Eles provavelmente já estavam lá, relaxando antes do show.
Desde que eu nunca tinha tempo para tirar proveito de estar a sós com ele, ele estava... hum, pronto para mim. Pareceu estranho para mim no começo, porque não estávamos juntos desde minha traição com Kellan, e eu ainda me sentia tão culpada, mas depois de alguns beijos profundos no sofá e sua mão deslizando sob meu jeans, eu deixei minha culpa de lado e apreciei cada centímetro deste homem lindo.
O maravilhoso jantar que ele tinha preparado estava frio quando finalmente decidimos comê-lo.

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