Capítulo 12
― NÃO POSSO ACREDITAR QUE VOCÊ DEIXOU ELE TE
CONVENCER A MANTER O CÃO, ― eu disse, balançando a cabeça.
Trenton estava estendido sobre o meu
sofá, cobrindo os olhos com o braço.
― É só por mais alguns dias. Travis está dando
uma festa surpresa para Abby no domingo e, então, ele vai dá-lo a ela. O
filhote de cachorro na verdade é bonitinho, vou sentir falta dele.
― Você deu um nome a ele?
― Não, ― disse Trenton, fazendo uma careta. ― Ok,
eu meio que o nomeei, mas Abby é que vai dar o nome a ele, por isso não é
permanente. Expliquei isso a ele.
Eu ri.
― Você vai me dizer?
― Não, porque não é o seu nome permanente.
― Diga-me de qualquer forma.
Trenton sorriu, seu braço ainda
cobrindo os olhos.
― Crook.
― Crook?
― Ele rouba meias do meu pai e as esconde. Ele
é meio pilantra.
― Eu gosto, ― eu disse. ― O aniversário do
Raegan está chegando também. Preciso pensar em alguma coisa, ela é muito difícil
de agradar.
― Dê para ela um daqueles adesivos GPS para as
chaves dela.
― Isso não é uma má ideia. Quando é seu aniversário?
Trenton sorriu.
― Quatro de julho.
― Mentira.
― Eu não iria mentir para você.
― É o seu nome verdadeiro Yankee Doodle?
― Eu nunca ouvi isso antes, ― ele brincou.
― Você não vai perguntar quando é o meu?
― Eu já sei.
― Não, você não sabe.
Ele não hesitou.
― Seis de maio.
Minhas sobrancelhas se ergueram.
― Camomila. Eu sei disto desde que eu estava
na quarta série.
― Como
você se lembra disso?
― Seus avós lhe enviavam balões a cada ano, no
mesmo dia, até que você se formou.
Meus olhos vagaram tanto quanto minha
mente.
― Um balão para cada ano. Eu tive que colocar
dezoito balões no Smurf no meu último ano. Eu sinto falta deles. ― Eu tive um
estalo.
― Espere um minuto... você está me sacaneando. Não é no dia da mentira o aniversário do
Travis?
― Sim, primeiro de abril.
― E o seu é no Dia da Independência?
― Sim, e Thomas é no dia de St. Patrick, e os
gêmeos nasceram primeiro de janeiro.
― Você é um mentiroso! O aniversário de Taylor
e de Tyler é em março! Eles foram comemorar no Red ano passado!
― Não, o aniversário de Thomas é em março.
Eles foram para comemorar com ele e apenas disseram que era aniversário deles
para que obtivessem bebida de graça.
Eu olhei para ele.
Ele riu.
― Eu juro!
― Não se pode confiar nos meninos Maddox.
― Eu me ressinto disso.
Olhei para o meu relógio.
― Está quase na hora de ir para o trabalho. É
melhor irmos andando.
Trenton sentou-se e, em seguida,
apoiou os cotovelos nos joelhos.
― Eu não posso continuar indo vê-la no Red
todas as noites e, em seguida, trabalhar o dia todo. É cansativo.
― Ninguém disse que você precisava.
― Ninguém pega este horário se não for
obrigado, apenas se realmente o quiser. E eu realmente o quero.
Eu não consegui evitar o sorriso que
foi para meus lábios.
― Você deveria tentar trabalhar a noite toda
no Red e depois ter que trabalhar o dia inteiro.
― Pare de frescura, você é um bebê grande, ― ele
brincou.
Eu apertei meus punhos.
― É bonequinha para você.
Alguém bateu na porta. Eu fiz uma
careta, olhei para Trenton, em seguida, caminhei até a porta de entrada, e
olhei pelo olho mágico. Lá estava um homem da minha idade, com olhos grandes,
cabelo penteado impecavelmente e um rosto tão perfeito que parecia ter saído de
um catálogo do Banana Republic. Ele usava uma camisa Oxford de botão
verde-menta, jeans e mocassins. Eu o reconheci, mas não tinha certeza de onde,
assim mantive a corrente na porta, quando eu a abri.
― Oi, ― ele disse, rindo nervosamente.
― Posso ajudar?
Ele se inclinou e tocou sua mão no
peito.
― Eu sou Parker. Minha amiga Amber Jennings
mora na casa vizinha. Eu vi você chegando em casa ontem à noite, quando estava
indo para casa, e pensei que talvez você gostaria de...
A corrente tilintou quando caiu e
Trenton abriu toda a porta.
― Oh, ― disse Parker. ― Talvez não.
― Talvez não, ― disse Trenton. ― Caia fora
daqui, Parker.
― Vocês dois tenham um bom dia.
Trenton assentiu com a cabeça e eu
fechei a porta.
― Eu sabia que ele me parecia familiar. As
pessoas parecem diferentes fora do Red.
Trenton zombou.
― Eu odeio aquele merdinha desde o colegial.
― Você mal o conhecia na escola.
― Ele era um pirralho mimado. Seus pais
possuem aquele restaurante italiano no centro da cidade.
― Então?
― Então, eu não quero ele farejando por aqui,
― disse ele. ― Caras como ele acham que estão acima das regras.
― E que regras são estas?
― Regras de respeito.
― É isso o que foi aquilo? ― Eu disse,
apontando para a porta.
― Do que você está falando?
― Daquela cena totalmente desnecessária que
você acabou de fazer aqui.
Trenton mudou de posição, agitado.
― Ele ia lhe pedir para sair com ele!
― Então?
Trenton franziu o cenho.
― Ele é um prostituto!
― Então?
― Então, eu não queria que ele fizesse isso!
― Eu sou perfeitamente capaz de me livrar de
alguém. Você só quis intimidá-lo para que ele não se aproximasse novamente.
― Ele estava observando você caminhar até seu apartamento
esta manhã. Achei isso meio predatório. Desculpe-me por colocá-lo para fora e
querer que ele saiba que você tem um cara por perto.
Cruzei os braços.
― Oh, foi isso o que você fez?
― Sim. Foi.
― E isto não teve nada a ver com você querendo
eliminar a concorrência?
Ele torceu o nariz, insultado.
― Isto seria assumir que eu, alguma vez, teria
concorrência. O que eu não tenho. Definitivamente não de Parker fodido Hayes.
Estreitei meus olhos para ele.
― Você está certo, porque somos apenas amigos.
― Cristo, Cami, eu sei. Você não precisa
continuar esfregando isso na minha cara.
Meus olhos se arregalaram.
― Uau. Esfregar na sua cara? Ok.
Trenton riu frustrado.
― Como você pode não saber? Todos, em todo o
fodido mundo, sabem, menos você!
― Eu sei. Eu só estou tentando manter as coisas
simples.
Trenton deu um passo em minha
direção.
― Isso não é simples. Nem perto disso.
― É
simples. Preto e branco. Curto e
grosso.
Trenton me agarrou pelos ombros e
beijou minha boca. O puro choque fez meus lábios ficarem duros e paralisados, mas
depois eles se derreteram contra os dele, junto com o resto do meu corpo. Eu
relaxei, mas minha respiração acelerou, e o meu coração bateu tão alto que
tinha certeza de que Trenton podia ouvi-lo. Sua língua deslizou entre meus
lábios, suas mãos deslizavam de meus braços para os meus quadris, seus dedos cavando
em minha pele. Ele puxava meus quadris contra os seus enquanto me beijava, e
depois de chupar meu lábio inferior ele se afastou.
― Agora isto está complicado. ― Ele agarrou
suas chaves e saiu fechando a porta atrás de si.
Estendi a mão para a maçaneta e me
inclinei, tentando não cair. Eu nunca tinha sido beijada assim na minha vida, e
algo me dizia que isso não estava nem mesmo perto do melhor que Trenton Maddox
poderia fazer. A maneira como sua língua se moveu contra a minha teria causado
a vertigem que eu estava sentindo mesmo que eu estivesse esperando que ele me beijasse.
A forma como os músculos de seus braços se moveram quando ele retirou suas mãos
de mim era de alguém que não conseguia chegar perto o suficiente, mas que
estava se controlando e, apenas duas mãos muito experientes poderiam fazer
isso. Minha pulsação estava disparada, pulsando em todo o meu corpo a cada vez
que meu coração batia no meu peito. Eu estava muda, sem fôlego, e indefesa.
Agora, de pé sozinha em meu
apartamento estava me sentindo estranha, pensando que há 30 segundos apenas
havia experimentado o melhor beijo da minha vida. Minhas coxas se apertaram só
de me lembrar disso.
Ainda respirando com dificuldade,
olhei para o relógio na cozinha. Trenton tinha vindo mais cedo para sair antes para
o trabalho, e agora ele estava em seu caminho para Skin Deep. Eu deveria estar
a caminho no Smurf também, mas eu não tinha certeza se poderia.
Isso não só seria estranho, mas eu
tinha acabado de trair TJ. Por que qualquer cara, especialmente Trenton, iria
querer uma traidora? Todo esse tempo que nós vínhamos passando juntos e, o fato
de eu não ter lhe dado um soco no nariz no segundo em que sua boca caiu sobre a
minha me fez sentir culpada. Ele estava certo. Ele tinha acabado de deixar as
coisas tão complicadas que nunca poderíamos fingir sermos apenas amigos
novamente. Não depois daquele beijo, não depois do seu toque, e definitivamente
não depois da maneira como ele me fez sentir.
Eu puxei meu celular do meu bolso de
trás e disquei rapidamente.
― Skin Deep, ― respondeu Hazel.
― Ei, é Cami. Eu não vou poder ir trabalhar
hoje.
― Você está doente?
― Não... isto é... complicado. Realmente, realmente complicado.
― Eu entendo. Não tem problema, mas isso é uma
merda para mim. Domingos já são chatos, e agora ele vai se tornar ainda pior.
― Desculpe Hazel.
― Não se preocupe. Vou dizer para Cal.
― Obrigada, ― eu disse. ― Espero que ele não
vá me demitir por faltar ao trabalho tão pouco tempo depois de ter começado.
Hazel soprou o ar através de seus
lábios.
― Na verdade, não há tanto movimento aos
Domingos que necessite de uma recepcionista. Ele não vai dizer nada.
― Tudo bem. Até depois, ― eu disse.
Coloquei meus sapatos, peguei minha
bolsa, e dirigi o Smurf em direção ao Red. Só havia o Jaguar XKR preto de Hank no
estacionamento. Eu estacionei ao lado dele, deixando muito espaço entre os
veículos, e puxei o meu casaco com força em volta de mim enquanto caminhava
pelo estacionamento. Queen estava tocando nos alto-falantes quando entrei, e
Hank estava deitado no bar leste, olhando para o teto.
― O que você está fazendo, louco? ― eu
perguntei.
― Relaxando antes de Jorie chegar aqui. Eu vou
pedir a ela para vir morar comigo hoje.
Minhas sobrancelhas se ergueram.
― Sério? Parabéns, Hank, isso é incrível.
Ele sentou-se e suspirou.
― Só se ela disser que sim.
― O que sua ex vai dizer sobre isso?
― Eu conversei com Vickie na sexta-feira. Ela
está bem com isso. Jorie se dá bem com os meninos.
― Uau, ― eu disse, respirando profundamente.
Senteime no banco ao seu lado. ― Isso é um grande passo.
― E se ela disser que não? ― ele disse. Havia
um tom de preocupação na sua voz que eu nunca tinha ouvido antes.
― Então você vai descobrir o que fazer.
― E se ela disser que não e, em seguida, se
livrar de mim?
Eu balancei minha cabeça lentamente.
― Isso seria ruim.
Ele pulou para fora da barra.
― Eu preciso de uma bebida.
― Eu também.
Hank derramou uísque em dois copos, e
depois deslizou um para mim. Tomei um gole da bebida e franzi a testa.
― Whoa. O que é isso?
― Magic, ― ele disse, também tomando um gole
de sua bebida. ― Eu a amo, Cami. Eu não sei o que vou fazer se ela disser que
não.
― Ela ama você, também, ― eu disse. ― Concentre-se
nisso.
Hank franziu suas sobrancelhas:
― Por que você está
bebendo?
― Eu traí T.J.
― Quando?
― Meia hora atrás.
Os olhos de Hank se arregalaram por
um momento.
― Com quem?
Fiz uma pausa, hesitante de dizer
isso em voz alta.
― Trent.
Seus olhos se arregalaram de novo, e
ele murmurou algo em italiano.
― Sim, para o que você disse. ― Eu tomei outro
gole, terminando minha bebida. Meu celular tocou, e eu o atendi. Era Trenton.
― Olá?
― Hazel disse que você não está vindo hoje.
Você está bem?
― Uh...
― Você está doente?
― Não.
― Então por que você não está vindo para o
trabalho?
― Eu estou me sentindo estranha pra caralho.
― Porque eu te beijei? ― ele perguntou
irritado. Eu podia ouvir Hazel em segundo plano.
― Você a beijou? ― Hazel gritou. ― Você é um
maldito filho da...
― Você tornou isso complicado! Você não pode
se queixar agora! ― Eu disse.
― Que merda de diferença faz se eu beijei
você?
― Por que! Eu tenho! Um namorado! ― Eu gritei
ao telefone.
― Ele sequer vai notar? Você não fala com ele
há uma semana!
― Isso não é da sua conta!
― Sim, isto é! Você é da minha conta!
― Foda-se!
― Vá se foder você! ― Ele gritou de volta. Nós
dois ficamos em silêncio por um tempo, e então finalmente Trenton falou. ― Eu
estou indo ver você depois que sair do trabalho.
― Não, ― eu disse, esfregando meu rosto. ― Você
estragou tudo, Trent. Está... está muito estranho, agora.
― Isso é estúpido. Tudo continua na mesma, ― disse
ele. ― A única diferença é que agora você sabe que sou um maldito bom beijador.
Eu não pude deixar de sorrir.
― Eu não vou beijá-la de surpresa. Eu só quero
ver você, ― disse ele.
A verdade era que eu tinha me
acostumado a tê-lo por perto, mas se continuássemos a passar tanto tempo
juntos, eu precisava terminar as coisas com TJ... mas, eu não tinha certeza se
queria realmente fazer isso.
― Não, ― eu disse, e desliguei o telefone.
Meu telefone tocou novamente.
― Olá?
― Você acabou de desligar o telefone na minha
cara? ― Trenton perguntou irritado.
― Sim.
― Por quê?
― Porque eu já havia terminado de falar.
― Você não podia dizer adeus?
― Adeus...
― Espere!
― Foi por isso que desliguei. Eu sabia que
você não me deixaria apenas dizer adeus.
― Você realmente vai me excluir da sua vida
por causa de um beijo, porra?
― Isso foi tudo o que foi? ― eu perguntei.
Trenton ficou em silêncio.
― Isso foi o que pensei. ― Eu desliguei
novamente.
Ele não ligou de volta.
Hank estava na minha frente e ambos
bebemos para varrer nossos problemas para longe. Nós terminamos uma garrafa e
ele abriu outra. Estávamos rindo e sendo estúpidos quando Jorie entrou pela
porta. Hank tentou fingir que estava sóbrio, mas falhou miseravelmente.
― Olá, meu amor, ― disse ele.
― Oi, ― disse Jorie, sorrindo. Ela o abraçou,
e ele passou os braços em volta dela, apertando suas longas ondas peroladas
contra suas costas. Ela estudou tanto eu quanto ele, mas não demorou muito
tempo para chegar a uma conclusão. ― Vocês
estão aqui há algum tempo. Peguei vocês no flagra, né? ―
Hank sorriu enquanto se apoiava atrás
de suas costas.
― Baby, eu queria...
― Hank, ― eu disse, balançando a cabeça
rapidamente, antes que Jorie pudesse me ver. Jorie se virou, e eu sorri para
ela.
― O que vocês dois estavam fazendo? ― Ela
perguntou.
― Uma garrafa e meia, ― disse Hank, rindo da
própria piada.
Jorie pegou a garrafa e a moveu para
longe de nossa vista, colocando-a de volta no armário inferior, trancando-o e colocando
a chave no bolso. Ela estava vestindo shorts pretos que pareciam minicalças de
smoking, e uma bonita blusa de cor champanhe transparente que revelava seu
sutiã de renda preta. Seus saltos negros eram muito altos, mas ainda assim ela
não era tão alta quanto Hank.
― Eu vou fazer um bule de café para nós. Nós
não queremos que os funcionários pensem que é uma boa ideia vir para a reunião
de Domingo bêbados.
Hank beijou sua bochecha.
― Sempre pensando em tudo. O que eu faria sem
você?
― Beberia o resto da garrafa, ― brincou ela.
Ela pegou o bule e encheu-o com água. ― Oh, droga. Eu esqueci que estamos sem
filtros.
― Não, eles entregaram nesta manhã, ― disse
Hank, se pronunciando. ― Eles ainda estão no quarto dos fundos.
― Eu vou pegá-los, ― disse ela.
― Eu vou com você, ― disse Hank, envolvendo o
traseiro dela, enquanto caminhavam juntos.
Eu olhei para o meu celular, pensando
na ligação que eu estava prestes a fazer. Antes de apertar os números, resolvi abrir
a tela de mensagem. Era uma coisa muito covarde de se fazer, mas eu fiz isso de
qualquer maneira.
Você tem um minuto?
Não posso falar muito.
Sinto sua falta como louco. O que houve?
Precisamos conversar.
Eu estava com medo que
você fosse dizer isso.
Ligue-me assim que puder.
Eu tinha planejado fazer
isso.
Ele era sempre tão doce. Eu iria
realmente romper as coisas com ele, porque ele tinha estado ocupado? Ele tinha
me avisado sobre isso, e eu concordei em tentar. Eu prometi para ele que isso
não seria um problema. Então, novamente, nós mal tínhamos nos falado, e estava
sem esperanças que essa situação melhorasse. E depois havia o pequeno problema
com Trenton.
Realmente não importava se eu fosse
romper as coisas com TJ. Ir de T.J para Trenton ainda pareceria ruim, mesmo se
eu esperasse seis meses. Mesmo se eu esperasse seis anos. Eu estava andando por
aí com Trenton pelas costas de TJ. Qualquer coisa que saísse disso estaria
contaminada.
Kody não estava nem perto de milhas
de estar certo sobre mim. Eu não estava fazendo a mesma coisa que Raegan. Eu era
muito pior. Pelo menos ela teve a decência de romper com Kody antes de começar
a ver o Brazil novamente. Ela não ficou com dois homens ao mesmo tempo. Ela foi
honesta com os dois, e eu
tinha tentado dar uma palestra para ela.
Cobri meus olhos com minhas mãos, tão
envergonhada que não poderia nem mesmo enfrentar uma sala vazia. Mesmo que
passar o tempo com Trenton fosse divertido ou reconfortante no momento, eu
sabia o que isso significava para Trenton, e como eu me sentiria se TJ
estivesse fazendo a mesma coisa. Ver dois homens ao mesmo tempo – tendo sexo
envolvido ou não – era desonesto. Tanto T.J. como Trenton mereciam mais do que
isso.
Eu o beijei.
Eu cliquei em enviar e imediatamente
as minhas mãos começaram a tremer. Vários minutos se passaram antes que T.J. enviasse
uma resposta.
Quem?
Trenton.
Você o beijou ou ele
beijou você?
Isso importa?
Sim.
Ele me beijou.
Imaginava.
E agora?
Você me diz.
Eu tenho passado muito
tempo com ele.
O que isso significa?
Eu não sei. Isto é o que
é.
Você ainda quer ficar
comigo?
A questão é, você ainda
quer ficar comigo?
Mais uma vez, eu tive que esperar
alguns minutos para que ele respondesse. Quando meu celular apitou, tive que me
forçar para olhar para as palavras na tela. Mesmo que eu merecesse isso, não
queria que ele me jogasse fora como o lixo que eu era.
Estou agendando para você
um voo para a Califórnia.
Eu ia falar que detesto o Parker desde Belo Desastre, mas com o final desse capítulo, fiquei sem palavras. Tenso!!!
ResponderExcluirT.J. só esperou uma coisa dessa acontecer pra tomar iniciativa.... Treaton rainha T.J. nadinha
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