Capítulo 14 - Feliz Natal
Acordei na manhã seguinte
gloriosamente dolorida. Enquanto eu espreguicei os meus músculos, meu quadril
doeu um pouco de dormir no chão duro. Meu braço estava principalmente dormente
de ficar parcialmente deitado sobre ele. Minhas partes mais femininas também
estavam sentindo a pressão maçante, renovada pela reconexão poderosa da noite
passada depois de semanas sendo ignoradas. Mas nada realmente me incomodava,
porque um braço quente estava sobre o meu estômago.
Virei a cabeça e me
aconcheguei no calor do pescoço de Kellan, sentindo falta da sensação de
acordar ao lado dele. Seu braço apertou minha cintura e as palavras que eu
tinha sentido ainda mais falta escovaram contra a minha orelha. — Bom dia.
Ele inalou profundamente
e esticou os músculos. Eu tinha que imaginar que ele estava tão dolorido como
eu estava, embora, as suas partes de homem provavelmente não estavam. Isso era
apenas um efeito colateral para as mulheres... era bom, no entanto. Um
lembrete.
Inclinei-me para beijar seu pescoço. — Bom dia para você. —
Abrindo meus olhos, apoiei-me em cima do meu cotovelo. Sorrindo para o homem
cochilando ao meu lado, eu sussurrei, — Feliz Natal, Kellan.
Ele abriu os olhos e
estendeu a mão para o meu rosto. — Feliz Natal, Kiera. — Sua mão enfiou no meu
cabelo e em volta do meu pescoço. Quando ele começou a me puxar para baixo em
seus lábios, a porta do quarto abriu. Eu congelei, de olhos arregalados, de
repente lembrando-me de onde estava.
— Kiera? Onde você está?
Ouvindo a voz suave da
minha irmã, eu levantei minha cabeça. Seu luxuoso cabelo estava empilhado em um
rabo de cavalo adorável bonito no topo de sua cabeça. Anna riu quando viu onde
eu estava me escondendo. Vestida de pijama rosa e verdes camuflados, ela riu
quando ela deitou-se no meu colchão barulhento. Apoiando o rosto com as mãos e
clicando seus calcanhares juntos, ela olhou para a beira da cama, para o nosso
ninho de amor no chão.
Sorrindo para nós dois
enquanto eu abaixei-me de volta para os braços de Kellan, ela riu: — Bem, eu
estava indo lhe desejar um Feliz Natal e perguntar se você queria descer, mas
eu posso ver claramente que você já desembrulhou seu presente. — Ela sorriu em
cima de Kellan olhando para ele com um sorriso divertido. — Ei, Kellan, feliz
que você finalmente chegou.
Ele riu, abraçando-me
apertado. — Hey, Anna. Obrigado.
Puxando os cobertores até
o peito de Kellan, escondendo sua tatuagem, bem como seus peitorais
maravilhosos, já que Anna estava claramente apreciando o visual que ela viu
esta manhã, suspirei para ela. — Que horas são?
Anna balançou seus olhos
esmeralda perfeitamente para mim. — É hora do café da manhã... mamãe está
fazendo ovos.
Sentei-me em linha reta,
segurando o lençol no meu peito, que caiu de Kellan um pouco no processo. —
Café da manhã... papai já acordou?
Anna clicou os calcanhares juntos, sorrindo diabolicamente. — Sim.
— Apontou para Kellan. — E é melhor ele sair daqui, antes que o pai perceba que
ele não está no sofá.
Entrei em ação,
empurrando Kellan fora dos cobertores. Ele se contorceu e lutou comigo,
obviamente querendo ficar onde estava. — Kiera, relaxe.
Balançando a cabeça, eu
empurrei-o mais forte. — Não, Anna está certa, ele vai matá-lo se descobrir que
você está aqui.
Torcendo os lábios para
mim, Kellan levantou uma sobrancelha. — O que é que ele vai fazer, realmente?
Colocá-la de castigo?
Empurrando seu ombro, eu
assenti. — Sim, logo depois que ele castrá-lo.
Suspirando, Kellan
levantou-se... sem se preocupar em esconder-se. Minha irmã sorriu para sua
nudez e eu bati minha mão sobre os seus olhos. Estreitando os olhos para
Kellan, eu continuei impedindo Anna de erguer os meus dedos e o assisti
escorregar em suas roupas de volta. Sorrindo para mim, ele murmurou, — Tudo
bem, vou infiltrar-me no corredor para que ele pense que eu estava no banheiro.
Eu balancei a cabeça. —
Não, você deve sair pela janela. Faça-o achar que você saiu para um passeio ou
algo assim.
Fechando a calça jeans,
Kellan ficou com a boca aberta. Já que ele estava praticamente vestido, parei
de lutar com Anna para manter a minha mão sobre seus olhos; ela franziu o cenho
quando notou que Kellan estava coberto, em seguida, sorriu quando descobriu que
ainda havia partes descobertas. Segurando sua camisa em suas mãos, ele apontou
para a janela com o polegar. — Estamos no segundo andar, Kiera.
Envolvendo o lençol em
torno de mim, eu balancei a cabeça. — Por favor, ele não vai acreditar que você
estava apenas no banheiro. — Eu apontei para a janela. — Há uma loja a cerca de
um quarteirão daqui que ainda deve estar aberta. Você poderia pegar um pouco de
leite... minha mãe te amaria por isso.
Ele balançou a cabeça, as mãos nos quadris. — Meus sapatos e
jaqueta estão lá em baixo na sala de estar?
Anna brilhou, estalando
sua cabeça. — Não, eles não estão. Eu coloquei-os lá fora quando eu acordei.
Eu olhei para ela,
surpresa. Anna deu de ombros enquanto ela riu. — Não é a primeira vez que eu
tive que esconder um menino, Kiera. — Ela piscou para mim e eu balancei a
cabeça para a garota aventureira.
Kellan gemeu, deslizando
em sua camisa. Franzindo a testa, ele murmurou, — Maldição, eu não escapei da
janela de uma mulher desde que eu tinha 15 anos.
Revirei os olhos para
ele, mas Anna riu. — Kellan, eu acho que você e eu precisamos seriamente trocar
algumas histórias um dia. — Ele olhou para Anna com um sorriso torto e ela
piscou para ele. Revirei os olhos para o par de aventureiros. Levantando-me, eu
o empurrei na direção da janela.
Ele suspirou, abrindo-a.
Olhando a paisagem de inverno, a treliça congelada que ele teria que descer,
ele olhou para mim com uma expressão triste. — Você é uma adulta, Kiera. Ele
provavelmente superaria isso mais rápido do que você pensa.
Mordi o lábio. Eu não
tinha dito a Kellan quão difícil tinha sido convencer papai de deixar ele ficar
no mesmo prédio que eu. — Ele queria que você dormisse em uma tenda, Kellan...
no quintal. — Eu levantei uma sobrancelha para ele, minha expressão
completamente séria.
Ele começou a rir até que
percebeu que eu não estava brincando. Suspirando, ele revirou os olhos. — Tudo
bem, — ele se inclinou para beijar minha bochecha — mas você me deve, muito.
Eu ri quando ele beliscou
minha bunda. Anna riu também. Saudando-nos com dois dedos acima de sua
sobrancelha, ele abaixou a janela. Eu segurei minha respiração enquanto eu
assistia, esperando que ele não caísse. Quando ele estava na borda do telhado,
sussurrei: — Cuidado.
Ele olhou para mim, um sopro de ar saiu de sua boca enquanto ele
tremia com a sua camiseta de manga comprida. Anna veio se juntar a mim enquanto
eu olhava Kellan pela janela e sorriu para nós dois. Torcendo o lábio
diabolicamente, ele murmurou, — Você tem sorte que a noite passada fez isso
valer a pena...
Eu corei e Anna soltou
uma risada gutural. Enquanto Kellan começou a descer, eu calmamente disse seu
nome. Quando ele olhou para mim, flocos de neve caindo sobre suas bochechas
rosadas, eu sorri e disse: — Pegue um pouco de gemada também.
Ele fechou os olhos e
balançou a cabeça, continuando a sua descida de meu quarto. Rindo da cara dele,
eu silenciosamente fechei a janela. Depois eu rapidamente tirei o lençol e
coloquei um pijama. Anna me ajudou a colocar todos os cobertores de volta para
a minha cama. Estávamos sentadas na beira dela, rindo sobre a expressão
taciturna do Kellan, quando minha porta se abriu. Alisando meu cabelo em um
rabo de cavalo, eu sorri quando pai enfiou a cabeça dentro.
Encarando-o calorosamente,
vi seus olhos castanho-claros vasculharem meu quarto procurando intrusos. A
queda de cabelo em sua cabeça estava manchada de cinza, e quando eu o assisti
franzir a testa para mim, para o meu quarto vazio, e depois para a minha irmã,
eu tinha certeza que nós duas éramos a culpa da mudança de cor.
— Feliz Natal, papai, —
eu disse alegremente, pulando para cima para lhe dar um abraço.
Vendo o meu quarto com
nenhum traço de um menino, ele relaxou e me abraçou de volta. — Feliz Natal,
querida. — Puxando além de mim, ele fez o seu melhor para conter um sorriso. —
Será que esse sujeito Kellan decidiu não ficar aqui então? Eu vejo que ele não
está lá embaixo.
Eu fiz uma careta melhor
que pude e olhei para Anna sentada na minha cama barulhenta. — Ele não está?
Ele estava lá ontem à noite quando eu fui para cama. — Eu olhei para meu pai,
mantendo minha voz tão controlada como consegui. Felizmente, ou infelizmente, o último ano me fez uma
melhor mentirosa do que eu jamais quis ser.
Pai franziu o cenho, mas
Anna se levantou e se juntou a nós na porta. — Eu encontrei ele esta manhã. Ele
disse que estava indo correr para a loja e conseguir algum leite para a mamãe,
já que estamos quase sem. — Ela inclinou a cabeça para o papai. — Não foi legal
da parte dele, papai?
Papai torceu os lábios,
mas não tinha argumento contra Anna. Encolhendo os ombros, ele murmurou, — Sim,
eu acho...
Sorrindo uma para o
outra, Anna e eu levamos nosso pai sem noção lá para baixo. Eu secretamente
agradeci quando chegamos lá embaixo. No meu ouvido ela sussurrou: — Eu ouvi
vocês na noite passada... não precisa me agradecer, você precisava disso.
Virei beterraba quando
entramos na cozinha.
Mamãe estava lá, mexendo
uma tigela de ovos em uma confusão amarelo espumante que combinava com o roupão
de babados que ela usava sobre seus pijamas de flanela. O cheiro de gordura de
bacon crepitante era inegável com o aroma de canela. Me deu água na boca.
Enquanto minha mãe trabalhava no café da manhã, cheguei ao lado dela e
descansei a cabeça em seu ombro. O reconfortante cheiro e sons instantaneamente
me trouxeram de volta a cada manhã de Natal que já tive com a minha família.
O cabelo da minha mãe era
da mesma cor que o meu e de Anna, mas não porque ela tinha bons genes ou
qualquer coisa e ela não tinha começado a ficar grisalha ainda. Não, sua arma
secreta vinha de um produto cujo slogan era - Lute a boa luta. Sempre me
fazia rir quando via a caixa de tinta para cabelo em seu banheiro. O slogan era
algo que Denny inventaria. Estranhamente, parei um momento para me perguntar se
ele estava gostando de seu dia de Natal com Abby.
Apertando minha cintura,
mamãe olhou por cima do ombro para o meu pai sentado a mesa lendo o jornal
enquanto Anna falava sobre quão animada ela estava para abrirmos seu presente,
ela tinha comprado a mesma coisa para todos os membros da nossa família. Quando papai distraidamente acenou
para Anna, mamãe olhou de volta para mim. Seus olhos verdes, um presente que
ela tinha passado para Anna, brilhavam enquanto eles encontraram os meus.
— Você teve uma boa noite
ontem? — Eu corei um pouco, perguntando se ela sabia o que realmente aconteceu.
Ela tinha acordado antes de papai...
Brincando com o fim do
meu rabo de cavalo, eu tentei um encolher de ombros indiferente. — Sim, foi bom
ver Kellan novamente. Eu senti falta dele.
Mamãe sorriu, voltando
para sua culinária. Com um sorriso, ela assentiu. — Uh-huh. — Mordendo meu
lábio e orando a Deus para que ela não tivesse nos ouvido, virei para sair.
Mamãe olhou para mim
antes de eu virar completamente. Franzindo um pouco, ela balançou a cabeça. —
Tenho certeza de que ele é um bom menino, Kiera, e eu tenho certeza de que você
está completamente apaixonada por ele, mas... não na casa, ok?
Precisando bloquear a
imagem repentina de minha mãe explicando os pássaros e as abelhas para mim
quando eu tinha 13 anos, rapidamente fechei os olhos. Não sendo capaz de
responder, eu só balancei a cabeça e rapidamente me aproximei de minha irmã.
Anna sorriu e colocou o
braço em volta de mim. Mudando o tema de conversa, ela começou a falar sobre um
menino bonito que frequentava seu trabalho. Eu queria franzir a testa para ela,
mas eu não fiz. Anna e Griffin certamente não eram exclusivos e poderiam
namorar quem quisessem, mas realmente, eu tinha que saber sobre um cara que
frequentemente ia ao Hooters? Claro, não era um clube de strip nem nada, mas os
homens solteiros iam lá por uma razão e apenas uma razão... e não era pelas
asas de frango. E Anna merecia mais do que um cão no cio.
Balançando a cabeça, eu
revirei os olhos para mim mesma. Anna já estava envolvida com um cão no cio.
Bem, pelo menos eu sabia quem era o cão particular, e ele era bastante
inofensivo. Quero dizer, ele não era um cara perseguidor assustador e ele não
era violento. Em comparação com os potenciais violadores que poderiam estar envolvidos com Anna, Griffin, com
todo o seu comportamento bruto detestável, era na verdade preferível. Deus, eu
acabei de defender Griffin?
Eu fui distraída das
minhas reflexões por uma batida na porta. Anna deu-me um pequeno sorriso em
seguida, levantou-se. — Eu vou atender.
Pai apontou para ela, uma
carranca em seu rosto. — Sente-se. Eu vou atender.
Mordi o lábio e suspirei,
esperando que papai fosse fácil com Kellan. Era Natal e tudo, e mesmo que
tivéssemos o mandado para fora para cobrir nossa mentira, ele tinha sido bom e
ido à loja para obter a família um pouco de leite... e espero que alguma gemada
também.
Anna e eu seguimos meu
pai, enquanto fizemos o nosso caminho para a porta da frente. Ajustando o
pijama de botões que ele estava usando e tentando ficar tão alto quanto podia,
meu pai se preparou para abrir a porta. Eu tinha que sorrir para o show; papai
estava mais perto de altura de Denny e Kellan ainda era uma torre sobre ele. Se
ele ia tentar intimidar Kellan através de tamanho, não iria funcionar.
Enquanto papai abria
lentamente a porta, mamãe veio por trás de todos nós, querendo juntar-se à
festa de boas vindas. As maravilhas do inverno atrás de Kellan fizeram o
cenário perfeito quando a porta se abriu. Sua jaqueta de couro preto combinando
com a camisa preta e o conflito com o cenário tornaram-no impossível de perder.
A aparência de astro do cinema não machucava também.
Muito silenciosamente
atrás de mim, eu ouvi minha mãe murmurar: — Oh, meu...
Eu corei quando Anna riu.
Mamãe tinha visto fotos de Kellan, claro, eu tinha enviado mais de um pacote de
volta para casa, mas vê-lo em pessoa era outra coisa. Papai que, obviamente,
não tinha ouvido a reação de sua mulher ao ver meu namorado, olhou para cima e
para baixo de Kellan. Jogando um forçado sorriso, Kellan estendeu a mão, a que
não estava segurando o saco de supermercado de plástico. — Sr. Allen, é muito bom finalmente
conhecê-lo. Eu sou Kellan Kyle.
Papai fungou um momento
antes de aceitar a mão do menino lindo. Ele sacudiu-a por um longo tempo,
enquanto ele silenciosamente julgava para ver se Kellan era digno de mim. Eu
sabia por experiência que Kellan não passaria hoje no teste do papai. Levou
três meses de interação quase diária para que papai não dissesse o nome de
Denny com um sorriso de escárnio. E até Denny ter me levado para longe, meu pai
tinha realmente gostado dele.
— Uh-huh, — foi a
resposta do pai à introdução de Kellan.
Mamãe suspirou irritada e
saiu em torno de nós. Talvez sentindo que seu marido não estava sendo tão
hospitaleiro como ele poderia ser na manhã de Natal, ela foi até a porta.
Colocando a mão no ombro do meu pai, ela se dirigiu a Kellan. — É muito bom
conhecer você também, Kellan. — Gesticulando no calor da casa, ela acrescentou,
— Por favor, entre, está congelando lá fora.
Kellan sorriu para ela
enquanto ela forçou o pai a se afastar para que ele pudesse entrar. Olhando
para mim rapidamente, um sorriso irônico tocando seus lábios por um momento,
Kellan murmurou, — Eu sei.
Eu olhei para longe antes
que eu começasse a rir. Quando olhei para trás, Kellan estava estendendo o saco
para a minha mãe, meu pai estava com as mãos nos quadris, claramente não
emocionado que outro homem estava em sua casa, tentando levar a sua menininha.
Eu não me incomodei em dizer ao meu pai que eu tinha sido levada há muito
tempo...
— Sra. Allen, notei que
você estava com pouco leite, então eu tenho algum mais. — Mamãe sorriu quando
ela pegou a bolsa e Kellan olhou para mim novamente, acrescentando: — Eu peguei
alguma gemada, também, se alguém quiser um pouco. — Ele sorriu para mim,
enquanto ele se virou para a minha mãe.
Um floco de neve em seu
cabelo derreteu, caindo para a bochecha e rolando para baixo de sua pele. Cada
fêmea na casa viu a sua progressão. Saindo
primeiro do transe, minha mãe sorriu e pegou o saco dele. —
Obrigada, Kellan. Isso foi muito gentil de sua parte.
Encolhendo os ombros,
Kellan olhou para o chão, um leve sorriso em seus lábios. — Era o mínimo que eu
poderia fazer, já que você está me deixando ficar por alguns dias.
Papai deixou cair as mãos
de sua cintura e virou a cabeça para olhar para mim. — Alguns dias?
Eu meio que deixei de
mencionar isso quando eu tinha perguntado sobre Kellan ficar. Honestamente, eu
não tinha certeza de quanto tempo eu iria tê-lo. Minhas entranhas
contorcendo-se com o pensamento de todo o tempo que teríamos juntos, eu fiz uma
careta para meu pai. — Pai!
Ele suspirou e balançou a
cabeça, mas não reclamou mais. Eu tinha certeza que ouviria mais tarde, mas no
momento, ele estava sendo bastante agradável por não dizer algo na frente de
Kellan. Minha mãe assistiu o confronto entre meu pai e eu com uma sobrancelha
levantada, então incentivou Kellan a tirar sua jaqueta e sentir-se em casa. Eu
pendurei seu casaco para ele, saltando um pouco quando eu peguei sua mão. Era
tão bom tê-lo perto de mim de novo. Eu sabia que a separação próxima iria
machucar... mas eu lidaria com isso quando acontecesse.
Kellan sorriu uma vez que
ele cheirou a combinação de café, canela e bacon. Parecendo perfeitamente à
vontade com a minha família, ele se sentou à mesa na frente do meu papai.
Enquanto eu dei a Kellan uma xícara de café, meu pai olhou para ele como se ele
fosse ter um ataque mental a qualquer momento, retirar uma ADM ou algo assim. Kellan apenas sorriu para ele, perguntando se ele
era um fã do Cincinnati Reds ou do Cleveland Indians. Pai iluminou, então
parou. Dando de ombros, ele disse que os Reds eram bons.
Mamãe e eu nos olhamos e
rolamos os olhos. Papai ficava colado à televisão sempre que seu time de
beisebol favorito jogava. Era bem conhecido na casa que, se você queria alguma
coisa de meu pai, você esperava para perguntar a ele quando os Reds tivessem vencido... e não se incomodar em perguntar
quando eles estivessem perdendo.
Voltei para a mesa justo
quando Kellan começou a entrar em detalhes do jogo. Eu escutei sua voz
profunda, arrebatada. Ele sabia mais do que eu percebi. Kellan nunca me pareceu
o tipo atlético. Esse era Denny. Ele sempre assistia os destaques na TV. Denny
e Papai tinham se aproximado por causa de algumas jogadas incríveis. Mas Kellan
sabia o suficiente para manter a conversa e teve a atenção de meu pai até mamãe
e eu servirmos os pratos de comida.
Servindo um enorme copo
de gemada, sentei-me ao lado de Kellan. Ele olhou no meu copo e sorriu para si
mesmo. Eu apertei sua coxa sob a mesa, agradecendo-lhe a bebida que ele tinha
conseguido apenas para mim. À medida que olhávamos um para o outro, eu tive que
resistir firmemente a vontade de inclinar-me e beijá-lo. Meu pai limpou a
garganta.
Kellan olhou para ele
enquanto Anna lhe entregou um prato de bacon. Quando Kellan pegou algum, meu
pai apontou para ele com a colher de servir. — Então, Kiera nos disse que você
está em uma banda...?
O pai disse a palavra
como se fosse estrangeiro, como se ele não tivesse certeza de como
pronuncia-la. Seu rosto tinha uma expressão igualmente confusa. Para papai,
bandas eram algo que você fazia quando adolescente. Para papai, homens de
verdade iam para a faculdade, se formavam, e juntavam-se a força de trabalho
estereotipada. Papai só não entendia as escolhas de vida de Kellan. Eu fiz uma
careta enquanto olhava por cima da mesa para ele. Ele poderia entender melhor
se ele soubesse a história de Kellan, saberia o que a música o ajudou a passar,
mas não era a minha história para contar. E não era uma que Kellan contasse
abertamente.
Passando o prato de bacon
para mim, Kellan me deu um sorriso caloroso. — Sim, senhor. Nós estamos em
turnê agora. Nosso próximo show é na véspera de Ano Novo em DC.
Meus ombros caíram um
pouco com a notícia. Ter uma data definida para sua partida era um saco. Papai
animou-se um pouco, no entanto. Colocando ovos em seu prato, ele casualmente disse, — Oh, então você vai estar
viajando bastante... nessa turnê?
Pegando o prato de
rosquinhas da Anna, que revirou os olhos para papai, Kellan disse calmamente: —
Sim... — Ele pegou uma rosquinha e entregou o resto para mim. Nossos dedos
tocaram sob o prato e Kellan acariciou meu polegar com o seu. A expressão de
seus olhos gritou um pedido de desculpas, por ele sair logo, por ele ir embora
por tanto tempo, que nós estaríamos separados novamente. Engoli, e acenei para
ele encorajando.
Cavando o prato de bacon,
pai sorriu. — Oh, bem, isso é bom, que você esteja encontrando o sucesso. —
Kellan acenou para ele, pegando os ovos quando eles fizeram o seu caminho em
torno da mesa. Enquanto papai carregava o garfo com comida, ele perguntou, —
Então, como que vocês meninos se chamam mesmo?
Eu me encolhi, sabendo
que meu pai não ia gostar disso. Anna riu enquanto Kellan olhou para baixo,
aparentemente não tendo certeza se ele deveria dizer isso para o homem que ele
estava tentando impressionar. Talvez entendendo que mentir não faria bem agora,
Kellan pegou o garfo e murmurou, — D-Bags.
Papai cuspiu na comida
que ele tinha acabado de tentar engolir. Tossindo um pouco, inclinou-se sobre o
prato. — Desculpe-me?
Limpando a garganta,
Kellan olhou para ele. — Hum, a banda... nós nos chamamos... D-Bags. — Ele deu
de ombros. — É apenas... para ser engraçado. — Quando papai estreitou os olhos,
claramente não divertido, Kellan murmurou, — Nós podemos mudar... se ficarmos
famosos.
Anna olhou entre os dois
homens e riu. Sacudindo a cabeça, o rabo de cavalo alto lançando em torno de
seu rosto, ela falou para o Kellan, — Melhor não. Eu amo que vocês são
Douchebags.
Kellan mordeu o lábio
para esconder sua diversão enquanto minha mãe engasgou. — Anna!
Empurrando o ombro de Kellan de brincadeira, Anna riu de novo e
voltou a comer sua comida. Papai franziu o cenho para a minha irmã, mas não
disse nada sobre o nome da banda. Houve um momento de silêncio em volta da mesa
enquanto todos nós comíamos em paz. A comida da mamãe estava incrível e eu
quase ronronei quando eu coloquei um pedaço de bolinho de canela na minha boca.
Kellan me assistiu comê-lo, um olhar um pouco diabólico em seus olhos. Eu bati
em sua perna sob a mesa, advertindo-o tão silenciosamente como eu poderia para
se comportar.
Quando ele sorriu para
mim de brincadeira, colocando um pedaço do bolo em sua própria boca, eu tive
que desviar o olhar. Eu de repente me imaginei lambendo canela e açúcar de sua
pele, e certamente não era um pensamento que eu deveria estar tendo na manhã de
Natal... na mesa dos meus pais. Enquanto Kellan riu, eu encontrei os olhos com
meu pai. Ele estava nos observando com um franzido na testa. Seus olhos
deslizaram atrás de mim por um segundo, para a sala, e eu prendi a respiração,
esperando que ele não desconfiasse de nada.
O que ele disse, no
entanto, fez um calafrio passar por mim, e de repente eu teria preferido que
ele perguntasse sobre a noite passada. — Kellan... é verdade o que eles dizem
sobre astros do rock?
Kellan terminou o seu
bolinho e olhou em volta da mesa. Juntando suas sobrancelhas, ele balançou a
cabeça. — O que você quer dizer?
Papai fez uma pausa para
dar uma mordida de seu bacon, enquanto eu fiquei tensa. Havia muitos caminhos diferentes
que ele poderia ter essa conversa, e todos eles eram ruins. — Você sabe, sobre
as mulheres que seguem as bandas ao redor, tentando... conhecê-los.
Anna deixou cair o garfo
e olhou para o papai enquanto a mãe brilhantemente, exclamou: — Será que alguém
gostaria de mais ovos?
Kellan ignorou a pergunta
dela, mantendo os olhos fixos em papai. — Algumas mulheres são assim, sim, mas
é muito menos do que você provavelmente pensa.
Papai o interrompeu, agitando sua fatia de bacon no ar. — Mas é
verdade, porém, você tem mulheres que tentam seduzi-lo? Para levá-lo para longe
da minha filha?
Eu corei, odiando que
nossa vida estava sendo discutida tão abertamente. — Pai!
Papai me ignorou, focado
intensamente em Kellan. Quando Kellan sem hesitação encontrou seus olhos, de
repente vi o verdadeiro medo do meu pai comigo namorando um astro do rock. Não
era realmente que ele considerava o trabalho frívolo, ou que havia um potencial
alarmante para abuso de drogas ou álcool. Era que o meu pai não achava que Kellan
poderia ser fiel a mim. Eram meus próprios medos refletidos de volta para mim.
De alguma forma, os fez parecer mais possível.
Ao meu lado, Kellan
sussurrou, — Sim.
Pisquei e olhei para ele,
não esperava que ele respondesse de forma honesta. Doeu, também, saber que ele estava
recebendo ofertas. Mesmo que ele estivesse rejeitando-as, ainda doía saber
que elas realmente estavam lá. Meus olhos começaram a encher de lágrimas e
Kellan propositalmente evitou olhar para mim.
Papai se inclinou para
frente em sua cadeira e eu olhei para ele, implorando para meus olhos se
acalmarem. Eu não queria chorar na frente dos meus pais. Eles nunca confiariam
em Kellan se eu não confiasse nele. Enquanto Anna balbuciou que nada disso era
negócio do papai, papai apontou o último de seu bacon para Kellan. — Você não
acha que seria melhor para Kiera então, se você parasse o relacionamento
enquanto você está fora... para que ela não se machuque por causa de suas…
admiradoras?
Kellan balançou a cabeça.
— Eu nunca... eu não... — Ele fechou os olhos, tomando um momento para se
recompor. Quando eu senti meus olhos começando a encher de mais lágrimas,
Kellan abriu os seus e olhou para mim. — Eu amo sua filha, e eu nunca faria
nada para machucá-la.
Minha mãe levantou-se,
então, coletando o prato do meu pai. — Claro que você não faria, querido.
Martin está apenas sendo um idiota.
Papai franziu o cenho para mamãe e eu pisquei, olhando para ela.
Mamãe nunca falava palavrão, nem mesmo os leves. Quando meu pai olhou para
minha mãe para protestar, ela deu-lhe um olhar, o olhar. Era um olhar
aguçado que dizia muito. Era uma sentença de fim, em apenas um segundo de
conexão. Ela podia igualmente ter gritado - Você já disse o suficiente, e se
você abrir a boca novamente haverá um inferno para pagar nesta casa nos
próximos seis meses! É manhã de Natal e eu não vou deixar você fazer a minha
menina chorar enquanto ela está aqui nos visitando, pois muito possivelmente
será a única vez até o próximo inverno, fazendo-a duvidar do homem que ela está
claramente apaixonada!
Papai sabiamente não
disse nada.
Quando uma calma tensa
caiu sobre a mesa, mamãe olhou em volta. — Devemos abrir os presentes, então?
Kellan bateu em um
sorriso suave quando ele se levantou. — Parece maravilhoso, Sra. Allen.
Mamãe sorriu para ele em
torno de suas mãos cheias de pratos. — Caroline, querido.
Kellan acenou para ela. —
Caroline, obrigado pelo café da manhã. Estava incrível. — Ele fez um sinal ao
redor da casa com a mão. — Existe um banheiro...?
— Ah, com certeza. — Mamãe
fez sinal lá em cima com um mindinho livre.
Kellan sorriu e olhou em
torno da sala quando ele se desculpou. Ele parecia feliz e imperturbável, mas
eu o vi levando os dedos para a ponte do nariz quando ele virou a esquina para
ir lá em cima. Eu o conhecia o suficiente sobre ele para saber que a conversa
tinha o incomodado. Ele estava tomando uns minutos.
Meus olhos se voltaram
para papai quando Kellan estava fora do alcance da voz. — Pai! O que foi
aquilo?
Anna cruzou os braços sobre o peito e olhou para ele. Papai olhou
entre nós duas. Por uma vez, seu rosto era quase tímido. — Sinto muito se eu
pisei sobre a linha lá, Kiera. — Ele se inclinou para frente e apontou o dedo
para onde eu podia ouvir a água correndo no andar de cima. — Mas estas são perguntas
que você precisa perguntar a si mesma se você está em um relacionamento com
ele. Ele está na mesma página? Será que ele realmente ama você? Conseguirá ele
recusar mulher depois de mulher? Se você levar a relação para o próximo nível,
ele sujará a sua cama de casamento?
Eu corei e olhei para
baixo, também confusa para dizer qualquer coisa. Anna falou no meu silêncio. —
Ele é um cara bom, pai. Você nem sequer o conhece.
Com suas mãos livres
agora, mamãe veio para descansar as mãos sobre meus ombros. — Isso poderia ter
sido tratado de um jeito mais privado, Martin.
Papai olhou para ela. —
Eu estava apenas cuidando da nossa filha.
Olhei para ele então. —
Eu posso cuidar de mim, papai. — Olhando por cima meu ombro muito rápido,
inclinei-me e sussurrei: — Eu tive todas as dúvidas que você tem, tudo bem. Eu
penso sobre isso. Eu me preocupo com isso. — Balancei minha cabeça. — Mas eu o
amo. Eu não deveria dar a ele a chance de falhar antes de eu condená-lo?
Os olhos do pai se
arregalaram quando ele se sentou em sua cadeira. Uma mão esfregou sobre sua
mandíbula enquanto ele suavemente sorriu para mim. Orgulho paternal se estendeu
por seu rosto e ele sacudiu a cabeça. — Você sempre foi muito inteligente para seu
próprio bem.
Eu relaxei de volta para
mãe atrás de mim e balancei minha cabeça. — Não realmente... mas eu estou
tentando ser mais inteligente. — Mordi o lábio, não querendo deixar muita
verdade sobre minhas falhas enormes escapar. Meus pais ainda não sabiam o real
motivo de Denny e eu terminarmos. Eles pensavam que ele havia deixado o país
por um trabalho, e eu estava disposta a deixá-los pensar isso. — Eu estou
apaixonada por ele, papai. Parar... não é uma opção para mim.
Eu ouvi um suspiro da
porta e olhei para trás para ver Kellan de pé lá, de cabeça baixa enquanto
escutava. Ele olhou para cima e encontrou meu olhar, um sorriso genuíno e pacífico em seu rosto. Papai suspirou, talvez
finalmente vendo que ele realmente tinha perdido a sua menina. Levantei-me e
fui até Kellan. Colocando as mãos em suas bochechas, um pouco úmidas, de quando
ele jogou água sobre elas, eu procurei seus olhos. — Não ser sua não é mais uma
opção, — Eu sussurrei.
Ele acenou com a cabeça,
e se inclinou para me beijar. Eu deixei, meu pai que lide com isso.
Vinte minutos depois,
você nem sequer se lembraria que a conversa tinha acontecido. Kellan deixou
isso passar dele, e, meu pai ainda parecia um pouco mortificado por ter
levantado esse assunto. Ele até parou com seu olhar de desaprovação para o
Kellan. Ele não ficou todo amigo assim de repente, mas ele deixou de ser o pai
brutal superprotetor.
Anna tinha esquecido
sobre o que aconteceu no momento que chegamos na árvore de natal. Honestamente,
tomar café da manhã primeiro era a parte mais difícil do Natal para ela. Nós só
começamos a fazer isso nos últimos anos, quando os presentes deixaram de ser
peças fundamentais na festa da família. Mas ela ainda era uma menina tonta
quando chegava a hora de abrir os presentes.
Kellan sentou ao meu lado
no sofá quando começou a distribuição de presentes. Ela entregou a todos um
quadrado semelhante plano e fez todos nós abrirmos juntos. Kellan riu quando
ele olhou para todos nós abrindo o presente de Anna. Eu ri quando vi o que era.
Éramos todos agora orgulhosos proprietários de próximo calendário do Hooters.
Eu pisquei enquanto olhava para as três meninas vestidas de laranja e branco na
capa.
Soltando o meu queixo, eu
olhei para ela. — Você está na capa?
Anna aplaudiu e riu,
batendo os pés em sua excitação. — Sim! Eu estava esperando que você não visse
um nas lojas, eu queria fazer uma surpresa.
Levantei-me e dei-lhe um
abraço seguido pela mamãe e papai e Kellan. Eu sabia que ela tinha entrado no
calendário, Abril, a partir do que ela me disse, mas a capa era um negócio
ainda maior. Sentando-me, eu virei as páginas até a dela. Deus, ela era bonita.
Eu imediatamente fechei. Kellan sentou ao meu lado e agarrou minha mão, inclinando-se para mim. Sorrindo sobre o fato
de que ele não tinha espiado a foto dela, beijei sua bochecha.
Os presentes padrão
correram a sala - música, livros, roupas, filmes e jogos. A alegria no ar era
palpável, enquanto todos nós riamos e desfrutávamos da companhia do outro.
Kellan silenciosamente observava tudo, seus olhos suaves e especulativos.
Quando chegou perto do final da pilha sob a árvore, Anna lhe entregou um
presente dos meus pais. Ele piscou para o presente, surpreso, como se ele não
estivesse esperando receber nada deles. Honestamente, eu estava muito surpresa,
também.
Meu pai estava entretido
jogando com um gadget novo e tecnológico, mas mamãe assistiu Kellan enquanto
ele virou o presente uma e outra vez. Eu dei uma cotovelada gentilmente. —
Abra-o.
Ele olhou para mim,
depois para a minha mãe. — Você não tinha que... — Ele encolheu os ombros e mãe
sorriu.
— Eu sei.
Engolindo, Kellan
desembrulhou o presente. Dentro de uma simples caixa branca, estava um caderno
pequeno. Kellan sorriu quando ele começou a folhear as páginas. Eu pisquei
quando olhei por cima do ombro. Era um livro sobre nós dois, sobre a nossa vida
juntos. Havia fotos só minhas, algumas tomadas quando eu era muito jovem. Havia
fotos da casa de Seattle, do bar, do Space Needle. E depois havia fotos de nós
dois.
A maioria dessas fotos
eram francas, pois não estávamos conscientes de que estávamos sendo
fotografados. Havia uma dele me olhando no trabalho. Eu estava de costas para
ele, ajudando um cliente, e o olhar em seu rosto era quase reverente enquanto
ele secretamente me observava. Havia outras onde estávamos sorrindo um para o
outro, rindo em algum momento privado. Umas poucas eram de nós suavemente nos
beijando. E a ultima foto era um close up de nós dois abraçados juntos,
dormindo no meu sofá feio laranja. Mesmo durante o sono, Kellan tinha um leve
sorriso no rosto.
Anna riu e eu olhei para ela e mamãe. Enquanto Kellan sacudiu
cabeça em descrença, mamãe disse calmamente: — Anna me ajudou a montar para
você, Kellan. Assim, você poderá ter um pedaço de casa com você na estrada.
Kellan olhou para ela,
com os olhos um pouco brilhantes. — Obrigado... muito obrigado.
Mamãe assentiu para ele.
Fungando um pouco, ele se iluminou e alcançou a parte de trás do sofá para
procurar algo em sua bolsa. — Eu tenho presentes, também.
Eu sorri e inclinei a
cabeça para ele. Sorrindo, ele entregou presentes para Anna, para a minha mãe e
meu pai, e um para mim. Sorrindo, eu apontei para onde eu estava escondendo um
para ele na parte de trás da Árvore de Natal. — Não esqueça o seu.
Ele sorriu para mim,
pegou, em seguida, sentou ao meu lado novamente. Enquanto minha família abria
os presentes, risos e agradecimentos indo ao redor da sala, Kellan e eu olhamos
um para o outro. — Juntos, — ele sussurrou, levantando o meu presente em suas
mãos.
Eu assenti, e começamos a
rasgar cada um dos outros presentes ao mesmo tempo. Eu o assisti mais do que
abri o meu, então ri quando eu vi que ele estava fazendo o mesmo. Balançando a
cabeça, eu parei e apontei para o presente que ele estava sem entusiasmo
abrindo. — Você primeiro.
Ele franziu a testa,
depois riu. Poucos minutos depois, ele estava segurando o que eu tinha comprado
para ele. Foi difícil de comprar, ele realmente não precisava ou queria nada.
Mas havia algumas coisas importantes para ele e eu tinha usado isso quando
comecei a procurar presentes. Um, ele gostava de escrever. Ele estava sempre
rabiscando letras em cadernos espirais que eram empurrados para gavetas de sua
cômoda. Então, eu tinha comprado a ele alguns cadernos agradáveis para
escrever, talvez para as letras da banda. Ele estava também tentando se
envolver mais com a escrita da música, então um dos cadernos eram apenas folhas
de música.
Segundo, Kellan gostava dos clássicos. Estando preso em um ônibus
com muitos meninos barulhentos, eu pensei que ele poderia gostar de um indulto.
Eu tinha conseguido um excelente acordo sobre um Discman e alguns CDs com todas
as músicas de rock clássico que ele ocasionalmente cantava ao redor da casa. A
tecnologia era antiga, leitores de MP3 estavam na moda agora, mas considerando
que Kellan ainda tinha um toca-fitas no carro, achei que podia apostar nessa
área.
Em terceiro lugar, Kellan
gostava de sexo. Não querendo dar-lhe algo que iria me envergonhar na frente da
minha família, eu tinha tomado uma imagem da roupa moderadamente sexy que
estava esperando por ele quando ele voltasse para casa. Eu comprei depois de
vir para cá, depois dele ter mencionado brincando que me comprou alguma coisa.
Por alguma razão, eu sabia que os nossos níveis de estilo seriam completamente
diferentes, e se eu ia usar algo… assim... eu queria ser a única a escolhe-lo.
Encontrando a imagem
dobrada em um dos seus cadernos, ele olhou para mim com uma sobrancelha
levantada. Quando eu apontei para as algemas no canto do topo da imagem, seu
sorriso virou aquecido. Eu corei, sabendo que eu teria que estar muito, muito
bêbada para usá-las, mas o olhar em seu rosto valia a pena.
A última coisa que eu
tinha enfiado na caixa eu tinha comprado como capricho. Era um carro Hot
Wheels. E não apenas qualquer carro Hot Wheels, mas um carro clássico. Eu não
tinha certeza se era um Chevelle, mas era perto, e era preto brilhante. O carro
de Kellan era a última coisa que realmente importava para Kellan e eu tinha
comprado o brinquedo como uma forma de deixá-lo saber que eu estava cuidando de
seu bebê.
Quando Kellan avistou,
ele o pegou e olhou para mim. Sua boca caiu aberta e ele parecia completamente
emocionado. Eu agrupei minhas sobrancelhas enquanto assisti seus olhos
começarem a lacrimejar novamente. Ele balançou a cabeça e murmurou algo que eu
juro que foi, — Como você sabia?
Eu abri minha boca para
lhe perguntar o que ele disse, mas ele agarrou-me, me abraçando apertado. —
Obrigado, Kiera... você não sabe o quanto eu amo
isso, tudo isso. — Ele se afastou para olhar para mim, seu coração
em seus olhos. — O quanto eu te amo.
Engoli em seco e assenti.
Pegando seu brinquedo, ele apontou para a caixa nas minhas mãos. — Sua vez.
Expirando como em uma
corrida, eu me concentrei na caixa em meus dedos. Mordendo o meu lábio, eu me
perguntava o que ele poderia ter comprado para mim, quando eu terminei de
desembrulhar e abri parcialmente o presente. Uma vez que eu vi a forma da
caixa, meu coração começou a bater mais forte. Era uma caixa de anel. Fiz uma
pausa, sem saber se eu deveria abrir. Ele estava propondo? O que eu diria se
ele estivesse? Honestamente, uma parte de mim estava emocionada com a ideia de
ser sua esposa, mas meu pai tinha um bom ponto. Kellan e eu ainda tínhamos
questões a trabalhar antes de pensar em ir por esse caminho. Quero dizer, nós
ainda não tínhamos chegado ao ponto onde poderíamos viver juntos novamente.
Esta etapa parecia grande demais.
Sabendo que ele estava me
observando atentamente, e não querendo que ele achasse que eu duvidava dele de
qualquer forma, eu peguei a caixa e abri a tampa. Dentro havia duas alianças de
prata, uma claramente masculina, e uma feminina, a feminina era elegantemente
forrada com pequenos diamantes. Confusa, eu franzi as sobrancelhas e olhei para
ele. Ele sorriu, olhando para baixo, para mim.
Inclinando-se, ele pegou
o anel do homem. — São anéis de compromisso, — ele sussurrou. Pegando o
feminino, ele levantou a minha mão direita. Deslizando no meu dedo, ele disse
suavemente, — Você usa um, — ele deslizou o masculino no seu dedo anelar da mão
direita, — e eu uso um. — Sorrindo satisfeito, ele sacudiu a cabeça. — E nós
prometemos que ninguém vem entre nós. Que nós... pertencemos um ao outro, e só
um ao outro.
Enquanto eu olhava para
ele, espantada e aquecida, uma lágrima rolou pela minha bochecha. — Eu amei
isso, — sussurrei, inclinando-me para beijá-lo.
Nós ternamente nos
beijamos no sofá por um longo momento. Nós provavelmente teríamos beijado mais
tempo, mas um pedaço de papel de
presente bateu no meu rosto. Franzindo a testa, eu me virei para
olhar para a minha irmã. Ela sorriu, rindo enquanto ela ergueu uma caixa de
perfume muito caro... seu tipo favorito. — Obrigada, Kellan, eu adorei.
Ele acenou para ela,
rindo levemente enquanto ele se aconchegou no meu lado. Do outro sofá, meu pai
limpou a garganta e apontou para o que Kellan tinha comprado para eles. — Sim,
obrigado... Kellan.
Mamãe sorriu enquanto
abraçava o que pareciam ser passagens de avião em sua mão. Quando eu amassei o
meu rosto, tentando descobrir onde eles estavam indo, Kellan se inclinou para o
meu ouvido. — Eu comprei-os passagens para Seattle, para que eles possam ver
você se formar em junho.
Meu queixo caiu quando eu
olhei para ele. Ele sorriu e riu ao ver a expressão no meu rosto. — Kellan...
você não tinha que...
Ele deu de ombros. — Eu
sei, mas seus pais devem ver o resultado de todo o seu trabalho duro, e as
passagens são caras, por isso... — Ele deu de ombros novamente.
Enquanto a relaxante
manhã de Natal bem sucedida fluía por toda a sala, inclinei-me no corpo de
Kellan. Entrelaçando nossas mãos, eu assisti nossos anéis alinhados e sorri.
Suspirando para a representação física do nosso compromisso com o outro, notei
que Kellan ainda estava tocando o carro de brinquedo em sua outra mão.
Recuando, eu olhei para
ele. — Quando eu lhe dei esse brinquedo, você disse algo. O que foi?
Kellan olhou para nossas
mãos, sorrindo para si mesmo. Balançando a cabeça, murmurou: — Não é nada.
Beijei sua mandíbula. —
Diga-me de qualquer maneira.
Ele olhou para mim e
depois para a sala cheia de família que eu amava. Anna se aconchegou com a
mamãe, agradecendo-lhe por um conjunto de cashmere que provavelmente custou a
meus pais uma pequena fortuna. Papai
estava olhando através do calendário de Anna, dizendo que ela
estava muito bonita.
Absorvendo o sentimento
na sala, Kellan balançou a cabeça. — Isso é tão bom... tão pacífico. Meio
idílico. — Com sua voz baixa, quase inaudível, ele sussurrou: — Eu fico
esperando a gritaria começar. — Ele olhou para mim e depois olhou para nossas
mãos novamente. — Isso significa muito para mim que você deixe-me... ser uma
parte disso. — Ele olhou de volta para mim, o rosto contente. — Eu acho que
essa pode ser a minha nova manhã de Natal favorita.
Eu sorri, espetando-lhe as
costelas. — Mesmo que você tenha tido que descer uma treliça? — Eu sussurrei,
com cuidado para não deixar o papai me ouvir. — Mesmo sendo... interrogado? —
Eu disse mais séria.
Ele sorriu para mim e
acenou com a cabeça. — Sim... ainda a melhor. — Sabendo que ele provavelmente
não tinha muitos pontos positivos em sua infância, eu me perguntei que memória
tinha sido a sua favorita até este ponto. Quando lhe perguntei, ele virou a
cabeça, os olhos recebendo um olhar distante enquanto ele se lembrava. — Eu tinha
cinco anos. Era véspera de Natal. Meu pai estava zangado com... alguma coisa...
Eu não me lembro o quê, e ele me jogou em um parede, quebrou o meu braço.
Meus olhos se arregalaram
enquanto o sorriso satisfeito de Kellan cresceu. Esta era uma boa memória?
Não reagindo ao meu
rosto, ele olhou para o braço pendurado em torno de mim e correu os dedos
juntos por um osso sob a camisa. — Ele quebrou aqui. — No meu horror, eu
percebi que era o mesmo local que Denny quebrou seu braço.
Kellan deu de ombros, seu
rosto ainda sereno. — Eles me levaram para a emergência, minha mãe reclamando o
tempo todo que eles iam se atrasar para uma festa. Eu não sei por que eu me
lembro dela dizendo isso... — Olhando para a árvore de Natal, Kellan balançou a
cabeça. — De qualquer forma, eles me deixaram lá e em seguida foram embora. Eu
não os vi novamente até a noite de Natal.
Recostando-se no sofá, Kellan sorriu mais amplo, enquanto a sua
história ficava mais e mais terrível. — Havia uma enfermeira lá, e eu acho que
ela sentiu pena de mim ou algo assim, porque eu estava sozinho na manhã de
Natal. — Ele olhou para o carro de brinquedo na mão, levantando-a para
examiná-lo mais perto. — Ela me deu um conjunto de três Hot Wheels. Um caminhão
de bombeiros, um carro da polícia, e... um carro clássico. — Ele sorriu quando
ele encontrou meu olho. — Assim como este.
Balançando a cabeça, ele
riu um pouco. — Eu brinquei com esses carros o dia todo... — Correndo o
brinquedo pelo meu braço, ele murmurou, — Mas este era o meu favorito. Foi a
única coisa que eu gostaria de ter lembrado de trazer para L.A. quando saí de
casa. Mas eu esqueci, e meus pais... jogaram fora.
Ele encontrou os meus
olhos novamente. — Aquele Natal foi o melhor que eu já tive, porque eu não
estava em casa. Esse brinquedo foi o melhor presente que eu já tinha recebido,
ainda melhor do que a minha guitarra eu acho, porque a guitarra era
principalmente uma manobra de meus pais para me manter fora de seu caminho... —
Ele levantou o carro novamente. — Isso... era puro.
Ele engoliu em seco,
procurando meus olhos. — Eu pensei que nunca ia ver nada parecido com aquele
carro de novo... Como você soube como me dar isso?
Eu balancei a cabeça,
lágrimas picando as bordas dos meus olhos. — Só... parecia com você.
Kellan franziu o cenho
enquanto observava meus olhos lacrimejarem e encherem. — Ei, eu não lhe disse
isso para fazer você sentir pena de mim. — Ele segurou meu rosto. — Eu estou
bem, Kiera. — Eu assenti sob a ponta dos seus dedos, mas uma lágrima me escapou
de qualquer maneira. Limpando-a com o polegar, ele sorriu para mim. — Eu só
queria que você soubesse o que isso significava para mim. Para... agradecer por
me deixar ter esta experiência com você e sua família. Significa mais do que
você jamais vai realmente entender.
Eu balancei a cabeça. —
Não, eu acho que entendo.
Beijei-o levemente, mas meu lábio estava tremendo. Sabendo que eu
estava prestes a começar a soluçar se não mudasse meus pensamentos, eu balancei
a cabeça e respirei fundo. — Eu poderia tomar alguma gemada. Você?
Kellan sorriu de forma
pacífica e balançou a cabeça. — Não, eu não preciso de nada.
Eu assenti, beijei-lhe a
cabeça, e saí de lá. Ele não precisava ou queria a minha pena. Ele tinha lidado
com o seu passado muito tempo atrás.
Limpando meus olhos com
os meus dedos, eu encontrei minha mãe na cozinha. Ela sorriu enquanto ela fazia
outro pote de café. — Kellan parece estar se divertindo?
Sim, mais do que ela
jamais imaginaria. Eu balancei a cabeça, forçando o sorriso que Kellan sempre
usava. — Sim, muito obrigada por falar com o papai para deixá-lo ficar. Eu sei
que foi você, e eu estou realmente... — Engoli, a emoção de sua história ainda
comigo, — eu estou muito grata.
Mãe franziu a testa e em
seguida veio para me dar um abraço. — Ei, está tudo bem. Não precisa ficar toda
chorosa.
Eu suspirei, abraçando-a
de volta. — Eu sei. — Soltei ela, e descansei minha cabeça em seu ombro. Ela
bateu no meu braço, em seguida, olhou para o anel no meu dedo. Ela franziu a
testa por um momento e então olhou de volta para a sala de estar para Kellan.
Olhando para trás com
ela, eu podia ver que Anna tinha se juntado a ele no sofá e estava folheando
seu calendário com ele. Eles estavam olhando em algo atentamente, Kellan rindo
um pouco e balançando a cabeça. Assistindo o par naturalmente bonito, eu
suspirei. Então eu esfreguei o meu anel com o polegar e sorri. Ele tinha me
escolhido.
— Foi o Kellan que te
deu? — Minha mãe perguntou.
Eu olhei para ela e
assenti. — Sim, ele nos comprou anéis de compromisso. Doce, né?
Ela mordeu o lábio, inclinando a cabeça. — Querida, eu posso
discordar com a forma como o seu pai puxou o assunto, mas não estou
inteiramente em desacordo com ele sobre Kellan. — Ela balançou a cabeça,
olhando Kellan e Anna entrarem em uma brincadeira envolvendo luta de papel de
prenda. — Ele é tão... atraente, Kiera, ainda mais em pessoa do que pelas
fotos. — Olhando para trás, para mim, ela franziu a testa. — Esse tipo de coisa
é notada por mulheres e homens atraentes não são sempre bons com... um relacionamento.
E mesmo que ele não se perca, é preciso uma pessoa especial para ser capaz de
lidar com toda a atenção que ele vai receber. Tem certeza de que você pode ser
essa mulher? Tem certeza de que quer namorar com ele?
Ela olhou novamente para
Kellan e minha irmã, e de repente eu senti como se o que ela estava realmente
dizendo era que Anna, minha linda, provocante, espontânea, irmã fácil de lidar,
fosse mais adequada para ele. Franzindo a testa, eu cruzei os braços sobre o
peito. — Sim, eu tenho certeza. Eu sei o que vocês pensam de mim, mas Kellan vê
mais, ele me ama.
Mamãe deu um passo para
trás e estreitou os olhos para mim. — O que você está falando, Kiera?
Eu endureci, realmente
não querendo falar sobre as constantes referências que eu ouvia, não querendo
falar sobre as principais diferenças entre Anna e eu, diferenças que tinham
sido apontadas para mim a minha infância inteira. Mamãe apertou meu ombro,
quando eu não lhe respondi. Quando ela repetiu a pergunta, suspirei, e
murmurei, — Você sabe... que Anna é a bela e eu sou... eu sou a inteligente.
Mamãe suspirou e me
abraçou apertado. — Oh, Kiera, querida. Eu espero que nós nunca tenhamos feito
você se sentir assim, nunca foi a nossa intenção, — Recuando, ela olhou-me nos
olhos. — Isso não é o que pensamos. Estamos sempre dizendo às pessoas sobre
ambas as nossas lindas filhas, e eles sempre concordam com a gente. Você é tão
atraente quanto sua irmã, Kiera. Eu acho que você é a única que não vê isso.
Olhando para trás, para a
sala, mamãe balançou a cabeça. — Mas Anna... depende de sua aparência. Se
tornou como ela própria se define. Ás vezes preocupa-me que sua aparência é tudo o que ela vai ter, e quando
eventualmente desaparecer...
Sorrindo, ela olhou para
mim e alisou meu cabelo. — Mas você é linda e inteligente, e você vai fazer bem
com o que a vida lhe der. — Ela se inclinou para colocar um beijo na minha
testa. — Seu pai e eu somos muito orgulhosos da mulher que você está se
tornando. — Suspirando, ela sacudiu sua cabeça. — Você é o nosso bebê... não
quero ver você se machucar, é isso.
Eu sorri, olhando para
Kellan. Anna estava admirando seu anel. Ele sorriu e depois olhou para mim.
Inclinando a cabeça, ele acenou com a cabeça um pouco, como se estivesse me
dizendo que tudo ficaria bem. Quando minha mãe beijou minha cabeça e caminhou
de volta para a sala, ouvi a jaqueta do Kellan tocando. Pensando que talvez
fossem os caras desejando-nos um Feliz Natal, eu me aproximei e tirei o celular
do bolso. Era uma mensagem de um número que eu não conhecia, o nome apenas
dizia 'privado’. Eu estava prestes a apertar o botão de leitura quando o
telefone foi arrancado das minhas mãos.
Surpresa, eu olhei para
Kellan ao meu lado. Sorrindo, ele olhou para a tela, apertando um botão, em
seguida, colocou o telefone no bolso. Gelo passou por mim, ele não tinha sequer
olhado para a mensagem, como se ele fosse ver quando estivesse sozinho. Um
inconveniente de dar-lhe um telefone celular surgiu quando minha curiosidade
aguçou.
Ignorando o olhar no meu
rosto, ele apontou para Anna. — Quer jogar um jogo? Anna acha que pode me
vencer no Banco Imobiliário. — Ele riu um pouco e sacudiu a cabeça. Eu fiz uma
careta. Não, eu não queria jogar um jogo, eu queria saber quem tinha acabado de
mandar uma mensagem para ele.
— Claro, — murmurei.
Enquanto ele começou a levar-me, eu comecei a me perguntar se talvez meus pais
eram mais sábios do que eu queria acreditar. Antes que eu pudesse me parar, eu
perguntei, — De quem era a mensagem?
Kellan esforçou um
sorriso para mim e balançou a cabeça. — Era apenas de Griffin. — Ele se
inclinou e riu. — Confie em mim, com o material que ele tem me enviado
ultimamente, você não quer vê-la.
Eu fiz uma careta, mas
concordei. Era uma história completamente plausível e ele tinha nos dado anéis de
compromisso. Ele não faria isso se ele não estivesse vivendo a promessa...
certo?
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