Capítulo 7 - Lições de História

Depois de ser repreendido por Matt por faltar os ensaios, Kellan foi diligente em não perder mais. Infelizmente, as coisas aconteceram de modo que eu não pude ir em outro ensaio, então eu o vi menos que na semana passada, até mesmo que em todas as semanas anteriores. Nós meio que tínhamos oscilado em torno um do outro ultimamente, esquecendo amigos e obrigações fáceis de faltar para ficarmos na cama de Kellan por algumas horas. Era realmente imperdoável da nossa parte, uma vez que seus ensaios eram importantes e as poucas aulas que eu tinha faltado também. Mas nós tínhamos precisado do tempo juntos a cada dia que trazia a nossa separação iminente mais perto.
Então, ter esse ciclo de irresponsabilidade quebrado por Kellan, que estava de repente focado novamente, foi um pouco difícil para mim. Eu me adaptei, porém, atirando-me no trabalho, escola e amigos. E Kellan fez o nosso tempo separados interessante experimentando o seu novo celular. Ele me interrompeu algumas vezes durante a aula por mensagens de texto com observações altamente inapropriadas. A maioria delas fez minhas bochechas corarem vermelho brilhante. Honestamente, ele era muito sedutor, mesmo através da tecnologia.
Mas, eventualmente, a ultima sexta-feira chegou.
Havia uma sensação no ar quando eu acordei na minha nova cama espaçosa, uma sensação de adeus. Acordei com os braços de Kellan em torno de mim, meu rosto deitado em seu peito. Ele estava acariciando o meu cabelo de uma forma suave, repetitiva, enfiando delicadamente fios atrás da minha orelha, então eu sabia que ele estava acordado.
Me alongando, eu levantei a cabeça e olhei para ele. Os olhos azuis meia noite, mais profundos e mais bonitos do que os oceanos mais escuros, olharam para mim. Sorrindo, ele correu seu dedo pelo meu rosto. — Bom dia, — ele sussurrou.
Sorrindo, inclinei-me para tocar suavemente meus lábios nos dele. — Bom dia.
Não disse mais nada e coloquei minha cabeça de volta para baixo em sua pele e segurei-o por pelo menos mais uma hora. Ele me segurou tão firme quanto eu o segurei, ocasionalmente beijando meu cabelo. Foi uma das experiências mais reconfortantes que eu já tive, e eu sabia que uma parte de mim se lembraria desta manhã para sempre, guardando-a para um dia mais tarde, quando eu estivesse sentindo tanta falta dele que doía fisicamente.
Depois de uma eternidade rápida de felicidade, era hora de me preparar para a escola. Eu relutantemente me afastei de Kellan, mas ele veio comigo, com um sorriso divertido no rosto. Esse sorriso travesso me seguiu até o banheiro, todo o caminho para o chuveiro. Tentando não ser muito distraída pelo fluxo de água que fluía para baixo dos músculos magros de seu corpo, eu o deixei cuidar e me acariciar. Ele me ensaboou com sabão e carinho, me tocando em todos os lugares, mas abstendo-se de transformar o momento em apenas uma coisa sexual. Ele só me lavou e eu por sua vez, o lavei. Era reconfortante, também.
Assim que terminamos, com a água ficando fria, ele envolveu-se em uma toalha e dirigiu-se para nos fazer um pouco de café. Sorri para a toalha que descia um pouco mais em sua parte traseira, e rapidamente consegui me vestir para que eu pudesse voltar para o corpo seminu dele.
Vestida para o meu dia com jeans e algumas camisetas em camadas, eu abri minha porta, ao mesmo tempo a minha irmã fez. Piscando sonolenta, apesar de serem umas onze horas por agora, ela coçou a cabeça loucamente atraente. — Hey, sis, você já vai para a escola?
Assentindo, esperando que minha irmã não decidisse ir para a cozinha por qualquer razão, já que Kellan ainda estava atualmente apenas balançando uma saia de toalha, eu pisei na frente de sua linha de visão. — Sim, muito em breve. Kellan vai me levar, assim você pode ficar com o carro hoje.
Anna concordou com a cabeça e bocejou. Ela ficava com o carro quase todos os dias o que realmente não era novidade para ela. Esticando a t-shirt apertada que ela tinha usado para dormir que chegava até os quadris, ela balançou a cabeça em direção à cozinha. — Ele está aí? Eu deveria desejar-lhe um bom show hoje à noite.
Ouvindo Kellan cantarolar, eu tentei bloquear a visão da minha irmã ainda mais. Ela podia não se importar se eu tinha visto o namorado dela em toda a sua glória, mas eu não precisava dela cobiçando Kellan. Esse era o meu trabalho. — Sim, ele está fazendo o café. — Quando ela sorriu e deu um passo em minha direção, eu agarrei seu ombro. Olhando para seu corpo escassamente vestido, eu levantei uma sobrancelha. — Você se importaria de colocar algumas roupas antes de ir dançando lá fora?
Cobrindo um bocejo, ela balançou a cabeça. — Ele não se importa, Kiera. Eu sou como uma irmã para ele.
Suspirando com a beleza impossível do sex appeal diante de mim, eu balancei minha cabeça. — Por favor?
Talvez vendo a expressão com que eu melancolicamente olhava para suas curvas, ela finalmente concordou. — Tudo bem.
Depois que ela balançou de volta para seu quarto, eu corri para o meu e peguei as roupas de Kellan. Segurando o pacote apertado no meu peito, eu corri pelo pequeno corredor para a cozinha. Kellan estava encostado no balcão, com as mãos para trás, seu glorioso peito em plena exibição. Parei um momento para olhar apenas estupidamente para ele.
Seu cabelo estava úmido, uma bagunça desgrenhada, e gotas de água ocasionalmente pingavam sobre seu ombro. Uma gota seguiu a curva de sua clavícula antes de arrastar ao longo da escrita elegante do meu nome acima de seu coração. A partir daí, a gota brincalhona de água rolou sobre seu peito, através de suas costelas, e em linha reta até o corte V profundo de seu abdômen inferior. Ela viajou essa linha uma boa distância antes de finalmente acertar a toalha pendurada em torno de seus quadris. Era a gota de água mais sortuda na terra. — Kiera?
A voz entretida de Kellan trouxe meus olhos de volta para os seus muito divertidos. Sorrindo torto, ele levantou uma sobrancelha. — Vê algo que gosta?
Corando, joguei as roupas para ele. Ele se encolheu com a mudança repentina, mas conseguiu pegá-las. — Anna está acordada e se preparando para vir aqui. Você pode se vestir, por favor?
Eu disse essa última parte desamparada enquanto encarava seu corpo novamente. Levemente rindo, ele colocou suas roupas em cima do balcão e me assistiu. Mordi o lábio quando uma gota viajou para baixo de suas costas largas. — Tem certeza? — Ele perguntou, ainda divertido.
Suspirando, tomei um rápido olhar para trás, para o quarto de Anna. Felizmente a porta ainda estava fechada. — Sim.
Quando eu olhei para ele, ele deu de ombros e desembrulhou a toalha da cintura. No meio da minha pequena cozinha, ele deixou o material cair direto para o chão. Meus olhos se arregalaram com a visão dele completamente nu. Kellan não precisava... hum, glorificar sua masculinidade com acessórios como Griffin. Ele era absolutamente perfeito em seu estado natural. Corando quente vermelho, eu o assisti balançar a cabeça levemente para mim e muito lentamente pegar sua cueca da pilha. Eu queria gritar com ele para se apressar, e ao mesmo tempo eu queria que ele desacelerasse ainda mais. Sorrindo, eu sabia que essa fotografia mental também voltaria para mim quando eu sentisse falta dele.
Quando a última peça de roupa estava sobre seu corpo, suspirei infelizmente, e me aproximei jogando os meus braços em volta de seu pescoço. — Eu vou sentir sua falta, — murmurei, sacudindo a cabeça para ele.
Ele sorriu, entrelaçando seus braços em volta da minha cintura. — Eu vou sentir sua falta, também.
Nos beijamos suavemente quando minha irmã entrou na sala. — Droga, ele estava em uma toalha?
Olhei para minha irmã fazendo uma carranca de brincadeira, apontando para a evidência empilhada no chão. Sorrindo, eu deitei minha cabeça no seu peito. — Sim, sinto muito, você perdeu o show.
Suspirando dramaticamente, ela enfiou a mão no armário ao nosso lado e pegou algumas canecas de café. — Eu sempre perco, — ela murmurou, entregando uma para mim, então para Kellan.
Rindo e balançando a cabeça, Kellan se separou de mim para que ele pudesse servir a todos o café que tinha acabado de ficar pronto. Quando ele entregou um completo para Anna, ela educadamente agradeceu. Tomando um pequeno gole, ela ergueu as sobrancelhas para ele. — Ei, boa sorte em seu show, Kellan. Vou sair do trabalho um pouco mais cedo para que eu possa pegar o fim dele.
Kellan assentiu com a cabeça e sorriu, entregando-me um copo com espaço para o creme nele, eu não podia ter café preto como ele e minha irmã podiam. — Obrigado, Anna. Fico feliz que você vai ser capaz de ir. — Sorrindo para mim, ele derramou um copo final para si mesmo. — Deve ser bom. — Ele deu de ombros casualmente, como se fosse apenas mais um show e não seu show de despedida.
Mordi o lábio para impedir a sensação de ardor que se estava construindo nos meus olhos enquanto eu colocava uma boa porção de creme na minha caneca. Eu não queria ficar emocionada com o fato já. Teria tempo para lágrimas depois, eu tinha certeza. Anna suspirou, o som correspondente ao meu humor. — Eu não perderia isso por nada, Kellan.
Ela deu-lhe um tapinha no ombro de apoio, em seguida, deixou-nos para que pudéssemos ter uma última manhã pacífica juntos com nossas xícaras de café. E isso foi o mais confortante de tudo.
Depois de dirigir até a escola, Kellan jogou o braço sobre meu ombro e me levou para a aula. As pessoas aqui já estavam acostumadas a vê-lo andando pelo corredor, já que ele me acompanhava quase todos os dias, mas as meninas ainda olhavam apreciando. Eu tinha pensado em faltar hoje, teríamos todo o tempo do mundo juntos, mas Kellan firmemente me disse que não. A escola era importante, ele disse, e eu já tinha faltado demais. Sabendo que ele estava certo, eu relutantemente concordei.
Me surpreendendo, Kellan percorreu todo o caminho para a minha sala de aula. Quando ele me levou para uma fila com um par de lugares vagos, eu revirei os olhos para ele. — Eu posso lidar com essa parte. Você pode ir... cochilar ou algo assim.
Rindo adoravelmente, ele balançou a cabeça e, segurando a minha mão, andou pelo corredor comigo. — Eu não estou levando você para o seu lugar. — Passando duas meninas olhando para ele com os olhos arregalados, ele sentou-se e fez sinal para que me sentasse ao seu lado. — Estou me juntando a você, — ele disse, sorrindo brilhantemente quando cruzou os braços sobre o peito.
Olhei para ele de boca aberta. Ele tinha brincado sobre assistir minhas aulas antes, mas eu nunca pensei que ele realmente faria. Kellan não era burro nem nada, mas ele não era exatamente o tipo acadêmico. Ele estaria entediado sentado aqui comigo, enquanto o professor falava monotonamente sobre cláusulas de moralidade nos acordos contratuais. Balançando a cabeça, sentei-me ao lado dele. — Tudo bem.
Rindo, ele passou um braço por cima do meu ombro. Olhando para ele, eu levantei uma sobrancelha. — Não durma. — Ele riu um pouco e acariciou meu braço com o polegar. Sorrindo, acrescentei: — E não é um negócio engraçado. Na verdade, eu preciso aprender essas coisas.
Kellan revirou os olhos e fez uma promessa sobre seu coração. — Eu vou ser o aluno perfeito. — Para a frente, ele murmurou: — E se eu não for, você pode me punir mais tarde. — Seu sorriso era tão diabolicamente atraente que eu tive que desviar o olhar. Infelizmente, eu olhei do outro lado da sala, para Candy.
Ela estava sentada com suas amigas, sua cabeça virada completamente enquanto ela olhava para o astro do rock sentado em sua classe. Sua expressão de surpresa quase como tinha sido a minha. Quando eu me inclinei para o seu lado, descansando minha cabeça em seu ombro, sua expressão relaxou em uma neutra. Revirando os olhos e murmurando uma palavra que eu poderia dizer claramente que era: “Tanto faz", ela virou de volta para a frente da sala.
Eu sorri e esperei que meu namorado recebesse sua primeira aula da faculdade. Eu esperava que ele gostasse.
De uma forma que me surpreendeu, Kellan foi o aluno perfeito. Ele ouvia extasiado, mesmo inclinando-se um pouco. Durante um período de discussão, ele mesmo começou a falar com um par de perguntas bem pensadas. Sorri quando ele entrou em um debate com um cara algumas filas abaixo de nós. O lado de Kellan do argumento era muito mais convincente, e o aluno legítimo na sala concedeu a ele até o final. O professor elogiou Kellan em seus pontos, então inclinou a cabeça como se estivesse tentando lembrar quem Kellan era... e se ele era realmente um estudante. Eventualmente, ele desistiu de tentar descobrir isso e liberou a classe para o dia.
Fiquei muito orgulhosa do meu namorado quando saímos da sala. Se fosse outra vida, ele provavelmente teria feito muito bem aqui.
Kellan sorria de orelha a orelha e eu apertei sua mão, amando que ele tivesse amado tanto. Tudo estava indo muito bem, até que ele passou por um grupo de meninas rindo. Sentindo-se ousadas, elas entraram bem na nossa frente, bloqueando a nossa saída.
Ainda nas nuvens, Kellan sorriu para o grupo. — Senhoras, — ele perguntou educadamente, inclinando a cabeça.
Elas riram ainda mais por terem sido abordadas. Eu queria suspirar e revirar os olhos. Havia algo nele que transformava maduras e educadas mulheres iluminadas em meninas de quinze anos de idade escolar. Eu via isso acontecer com muita frequência.
A mais ousada do grupo se adiantou. — Você é Kellan, certo? Nós simplesmente amamos a sua banda.
Assentindo educadamente, uma expressão estranha passou pelo rosto de Kellan enquanto estudava o grupo de mulheres reunidas diante dele. Era algo que as meninas provavelmente não iriam perceber, mas eu fiz. Era quase como se ele estivesse tentando colocar um nome em um rosto. Jogando um sorriso fácil, ele suavemente disse, — Eu estou contente de ouvir isso. Nosso último show é hoje à noite no Pete. — Inclinando-se, ele levantou uma sobrancelha para elas. — Eu espero que vocês possam estar lá. — Seu tom era tão sugestivo que eu realmente levantei minha própria sobrancelha. Eu estava acostumada com ele flertar um pouco com elas, mas às vezes ele ia um pouco longe demais.
Elas, é claro, comeram. Kellan sorriu quando ele acendeu os olhos sobre o grupo. Ele ficou olhando para uma e eu curiosamente comecei a examiná-la também. Ela estava mordendo o lábio e olhando para ele de uma maneira íntima, de modo que dizia claramente que ela estava um degrau acima das outras fãs bajuladoras ao redor. Era um olhar que eu tinha visto antes nas mulheres que se aproximavam dele, ou às vezes até apareciam em sua casa. Era o olhar de uma mulher que tinha compartilhado a cama com ele antes, e provavelmente não se importaria de dividir a cama com ele novamente.
Enquanto seus olhos continuavam piscando sobre os dela, eu finalmente registrei o olhar que eu estava vendo em seu rosto. Era uma expressão de, eu conheço você... como eu te conheço?
Irritada com a situação toda, eu comecei a puxá-lo sutilmente para longe. Talvez tomando a dica, ele desculpou-se das curiosas. — Foi um prazer conhecer todas vocês... Eu as vejo no show. — Eu gemi um pouco com o que ele jogou no final. Agora todas elas provavelmente assumiam que ele, literalmente, iria passar algum tempo com elas no show desta noite. E a garota já-dormi-com-você estava provavelmente esperando uma grande quantidade de atenção pessoal.
Eu estava carrancuda no momento em cheguei lá fora. Ele notou. — Ei, o que há de errado?
Olhando para ele, eu revirei os olhos. — Espero que vocês possam estar lá. Nos vemos lá, senhoras, — Eu zombei, sem intenção.
Ele parou e olhou para mim. — Eu estava apenas sendo simpático com algumas fãs, Kiera. Isso não significa o que você acha que isso significa.
Parei, colocando as minhas mãos em meus quadris. Eu estava bem com as fãs, na verdade, eu era uma, mas essa menina na parte de trás tinha ficado sob a minha pele. Era tão estranho ter tanta gente sabendo o que era estar com ele assim... dessa forma. E elas não paravam de pipocar em todos os lugares. Esta menina, Candy, Rita, e eu tinha certeza sobre aquela garota mecânica também... e era apenas um pequeno círculo que eu via muitas vezes. Eu sabia que a lista era muito, muito mais longa do que isso.
Apontando para o prédio, eu respondi: — Você já teve relações sexuais com a garota!
Ele piscou para o meu tom de voz e as minhas palavras, então seu rosto aqueceu. — E daí?
Pisquei para ele que nem sequer tentou negar. — E... e... — Não tinha um argumento real, eu suspirei e abaixei minha cabeça. — E eu estou cansada de encontrar meninas que sabem o que é fazer amor com você.
Ele suspirou e deu um passo para perto de mim, colocando as mãos no meu rosto. Sua voz e rosto mais suave, ele balançou a cabeça. — Ninguém, além de você, sabe o que é fazer amor comigo. — Erguendo as sobrancelhas, ele descansou a cabeça contra a minha. — Eu nem sabia o que era fazer amor até conhecer você.
Afastando-se, ele inclinou a cabeça para o prédio. — O que aconteceu com aquela garota... era só sexo. Um estúpido ato físico que não tinha qualquer significado ou sentimento por trás dele. Foi só prazer... e eu nem sequer me lembro disso.
Agachando, ele me olhou nos olhos. — Lembro-me de cada momento com você. Mesmo antes de estarmos juntos, de estar com você assombrando meus sonhos. Eu não poderia esquecer, mesmo que eu quisesse... — Seus polegares roçaram meu rosto quando senti as lágrimas caindo. — ...Você me queimou. Isso é fazer amor. Isso é algo que nenhuma delas tem sobre você. Você é... inesquecível... e eu te amo.
Fungando, eu engoli um par de vezes antes que eu pudesse finalmente dizer: — Eu também te amo.
Ele me beijou em seguida, e eu senti a paixão e a verdade em suas palavras. Elas o tiveram, mas não como eu o tinha. Por alguma razão, eu era diferente para ele, e eu era eternamente grata por isso.
Eu ainda estava pensando em todas as suas conquistas quando chegamos na sua casa, no entanto. Sentindo um pouco de melancolia, sentei-me no sofá depois que entramos em sua porta. Ele sentou ao meu lado, com um pouco de cautela. — Kiera? Você ainda está brava, não está?
Eu balancei minha cabeça enquanto olhava para ele. — Não, eu não estou brava, estou apenas... — Suspirando, eu mordi meu lábio.
Parecendo nervoso, ele encolheu os ombros. — Você está o quê?
Sabendo que tínhamos de ter essa conversa, mais cedo ou mais tarde, eu cerrei os dentes e respirei. Na expiração, eu calmamente disse: — Eu estou curiosa... sobre as mulheres.
Olhando para longe, Kellan suspirou, como se ele soubesse que isso ia acontecer. — Kiera... você sabe por que eu fazia...
Ele parou, olhando para o chão. Agarrando sua bochecha, eu o fiz olhar para mim. — Eu sei, Kellan. Eu sei por que, eu não sei... quantas.
Ele se afastou da ponta dos meus dedos, as sobrancelhas se reunindo. — Quantas? Por que você...? Por que isso…? — Balançando a cabeça, ele encolheu os ombros novamente. — Que diferença isso faz, Kiera?
Suspirando enquanto eu olhava para o chão agora, eu dei de ombros. — Eu não sei por que, Kellan. Acho que eu só quero saber quantas... outras... eu terei que ver. — Olhei para ele. A testa ainda estava franzida. — Você sabe quantas houve?
Ele engoliu em seco, seus olhos evitando olhar para mim. — Kiera, eu realmente não estou confortável com... — Ele suspirou e finalmente olhou para mim. — Nós podemos não fazer isso, por favor? Não hoje, e não quando eu estou indo embora amanhã.
Eu suspirei de novo, desejando que eu pudesse deixá-lo ir de novo. Mas eu já tinha deixado ir muitas vezes, e realmente, este era o momento perfeito para falar sobre isso. — Devemos ter essa conversa, Kellan. Nós já devíamos ter tido, mas você e eu tivemos... problemas para estarmos juntos, de modo que isso foi colocado em segundo plano. Mas é importante... precisamos conversar sobre isso.
Respirando, ele balançou a cabeça. — Por quê? É uma história antiga. Eu não sou mais aquele cara, Kiera. Eu não vou ser aquele cara de novo. Não podemos simplesmente ignorá-lo?
Colocando as mãos em seu rosto, eu balancei minha cabeça. — Não podemos ignorar as coisas e ter um relacionamento sólido. E... não é antiga, Kellan. Essa menina hoje prova que ainda é relevante. Nós vamos passar por essas meninas uma e outra vez e eu preciso... — Eu exalei como em uma corrida, — Eu só preciso saber com o que eu estou lutando, Kellan.
Soltando sua cabeça, ele murmurou, — Você não está lutando contra nada. — Eu não disse nada e ele espiou para mim, esperando que eu largasse isso. Quando eu não o fiz, quando eu só fiquei em silêncio sentada e esperando por ele, com o coração na garganta, ele suspirou e balançou a cabeça. — Eu não sei quantas, Kiera... sinto muito.
Olhando ao redor da sala, ele inclinou-se e apoiou os cotovelos nos joelhos. — Acho que se você fizer as contas... — Ele olhou para suas mãos. — Eu transei por cerca de uma década, com duas ou três meninas diferentes por semana, — ele espiou para mim, a culpa por todo o seu rosto, — em média, — ele olhou de volta para as mãos — de modo que é...
Eu segurei minha respiração, já tendo calculado a resposta. Ele olhou para mim e piscou depois que ele fez as contas. — Merda... é mais de mil e quinhentas meninas. — Ele olhou de volta para suas mãos e murmurou: — Isso não pode estar certo...
Eu suspirei, sabendo que estava. Mesmo se ele só tivesse sexo duas vezes por semana com uma garota diferente a cada vez, era mais de cem meninas por ano. Por ele ter começado tão jovem, e ele tinha quase dez anos desse tipo de comportamento... bem, isso era quase mil meninas. E eu estava assumindo uma média baixa. Eu tinha a sensação de que alguns anos tinha sido muito mais do que duas ou três por semana. Às vezes, ele tinha duas ou três por dia.
Ele parecia um pouco mal quando ele se sentou em seu sofá, considerando isso. Era evidente que ele nunca tinha pensado nisso antes. — Jesus, — ele murmurou. — Eu realmente sou um prostituto.
Na verdade, me sentindo mal por ele, eu coloquei a mão em seu joelho. — Bem, eu posso ver porque você não se lembra de todas elas, — sussurrei.
Ele olhou para mim, horrorizado. — Eu sinto muito, Kiera. Eu não sabia...
Ele balançou a cabeça e eu balancei a minha também. — Eu não estava tentando fazer você se sentir culpado, Kellan, eu só... devemos falar sobre isso abertamente, honestamente.
Suspirando, ele encostou-se no sofá. Balançando a cabeça, ele estendeu os dedos para mim. — O que você quer saber?
— Eu sei que você não se lembra de todos os nomes, mas você se lembra de seus rostos? Você reconhece todas, se você se deparar com elas de novo? — Eu me encolhi, pensando nesta tarde.
Ele mordeu o lábio, pensando. — Talvez as meninas dos últimos anos, mas antes disso... não, eu sinto muito, os rostos se misturam e você sabe que eu nem sempre perguntava... — ele olhou para baixo, — seus nomes.
Apertei minha mão em seu joelho, e perguntei o que realmente precisava ser respondido, o que parecia ser o mais relevante... e o que me aterrorizava um pouco. — Você estava seguro... Com todas elas?
Meu coração bateu no meu peito. Na verdade, doenças sexualmente transmissíveis e outras doenças transmissíveis estavam no alto de minha lista de preocupações, mas a única coisa que me assustava mais era a ideia de uma mulher lá fora ter tido um filho após uma noite com ele. Acontecia o tempo todo. Era tão plausível. Aterrorizava-me que alguma mulher pudesse bater em sua porta com uma criança... com olhos azuis meia-noite.
Seus olhos brilharam imediatamente até os meus. — Sim, — ele sussurrou, sua voz soando completamente certa.
Suspirando, cai contra o sofá. — Kellan, você não tem que mentir para me fazer sentir melhor... apenas seja honesto.
Sua mão embalou minha bochecha. — Eu sou. Mesmo na primeira vez, usamos preservativos. Eu sempre carreguei comigo depois daquele dia. Eu não queria... — ele suspirou e balançou a cabeça: — Eu não quero outro... eu... acontecendo com alguma garota.
Olhei para ele fixamente, espantada que as circunstâncias de sua própria concepção tinham marcado-o diretamente, por assim dizer, mesmo na tenra idade de doze anos. Sem pensar nisso, eu murmurei: — Como você pode ter certeza... Se você não se lembra de todas elas?
Ele balançou a cabeça. — Porque era a minha regra, e eu nunca a quebrei. Era a única coisa que eu... era bom.
Franzindo a testa, eu empurrei a mão dele do meu rosto. — Você não foi comigo. Você nunca pensou sobre isso comigo.
Houve um pouco de calor no meu tom quando eu pensei sobre todos os nossos momentos pele-a-pele. Ele olhou para baixo, seus olhos passando rapidamente para trás e para frente. — Isso é porque... — ele espiou para mim, — era você. — Eu franzi a testa, sem entender. Ele suspirou, trazendo os seus dedos de volta para o meu rosto. — Eu queria você... tanto... e de uma forma que eu nunca quis qualquer outra garota. — Ele descansou sua testa contra a minha, exalando levemente. — Eu te amei... mesmo na primeira vez. Eu não queria nada entre nós. Eu queria...
Afastando-se, ele desviou o olhar. Agarrando sua bochecha, eu o fiz olhar para mim. — Você queria o quê?
Parecendo culpado novamente, ele deu de ombros. — Eu queria... te possuir. Eu queria uma parte de mim em você. — Ele se encolheu. — Eu queria marcá-la, torná-la minha. — Suspirando, ele sacudiu a cabeça. —
Porque eu sabia que você realmente não era... mas isso me fazia sentir... mais perto de você, pensando dessa forma.
Ele baixou os olhos para os meus molhados. — Eu sinto muito... Eu não devia ter feito isso.
Engolindo, eu trouxe sua boca para a minha. — Eu também te amo, — eu murmurei entre nossos lábios.
Agarrando sua cabeça, eu o puxei de volta quando me deitei no sofá. Ele foi livremente, estabelecendo-se por cima de mim com as nossas bocas se movendo em perfeita sintonia. Com respirações pesadas, o nosso beijo se intensificou e meu corpo derreteu sob o seu, pronto para ele fincar seu nome em mim novamente. Mas quando eu emaranhei meus dedos em seu cabelo bagunçado, levemente coçando o couro cabeludo, ele se afastou de mim.
Olhando para mim, ele sacudiu a cabeça. — Não leve a mal, mas podemos não fazer sexo agora? Podemos apenas... nos abraçar... até que você tenha que ir para o trabalho? Eu só quero estar perto de você por um tempo.
Mudando meus dedos para escovar algum fio de cabelo de sua testa, eu procurei seus olhos. — Sim, é claro.
Ele sorriu levemente e me beijou uma última vez antes de mudar para deitar ao meu lado. Sua cabeça no meu ombro, ele passou a perna sobre a minha e entrelaçou os nossos dedos juntos. Beijando meus dedos, ele suspirou baixinho. — Eu te amo, Kiera, — ele sussurrou.
Beijando sua testa, eu descansei minha bochecha em sua cabeça e absorvi a sensação de seu corpo esparramado no meu. Eu estava errada antes, isso era a coisa mais reconfortante de todas.
Ficamos assim, abraçando e consolando um ao outro em silêncio, até que era hora de eu ir para o trabalho. Quase imediatamente ao entrar no bar, entregaram a Kellan uma dose de algo vindo de Sam. Um grande sorriso em seu rosto imponente, o enorme porteiro bateu no ombro de Kellan. — Aqui, homem, é a sua noite, beba!
Kellan imediatamente bebeu. — Obrigado, Sam. — Ele sorriu, rindo um pouco quando entregou o copo vazio de volta para ele. — Eu nunca pensei que você, de todas as pessoas, me entregaria álcool.
Kellan riu um pouco mais e Sam revirou os olhos, seu sorriso caindo. — Bem, já que você não vai acabar na minha porta hoje à noite, eu vou permitir isso.
Olhei para Kellan, lembrando de sua confissão de ter apagado na porta de Sam por causa de mim. Eu tive que lidar com o idiota bêbado naquela noite, quando eu não tinha ideia do por que ele tinha bebido. Era um pouco surpreendente que ele pudesse brincar sobre aquela noite agora, mas esse era Kellan. Acima de qualquer coisa, ele desenvolveu a capacidade de se recuperar. Eu supunha que, com a sua vida, ele teve que fazer.
Sam balançou a cabeça, riu e bateu no ombro de Kellan novamente. — Nós vamos sentir sua falta, Kell. — Fugindo de Kellan, eu pensei que eu ouvi Sam murmurar, — idiota bêbado.
Ignorando essa última parte, Kellan gritou de volta: — Obrigado!
Eu tentei andar com Kellan para a sua mesa, mas parecia que a cada três passos que dávamos alguém nos parava, geralmente oferecendo-lhe uma bebida junto com seus parabéns. Ele alegremente tomou todas, jogando-os de volta e agradecendo a pessoa que ofereceu. Após a quarta paralisação, eu desisti de andar com ele e o beijei no rosto, dizendo que eu tinha que começar a trabalhar. Ele assentiu enquanto tomava uma outra bebida de alguém. Balançando a cabeça, eu esperava que ele se controlasse o suficiente para que ele pudesse realmente dar o seu desempenho final esta noite. Seria uma decepção muito grande para seus fãs se eu tivesse que levar para casa um idiota bêbado em uma hora.
No momento em que começou oficialmente meu turno, ele estava cercado por um grupo enorme de homens e mulheres. Todo mundo parecia
querer algum tempo com ele antes dele sair amanhã. Eu estava grata que nós tivemos nossos momentos de ternura já hoje, mas fez-me triste que o nosso tempo particular tinha terminado. Eu teria que compartilhá-lo daqui em diante.
Cerca de uma hora depois do meu turno começar, o resto da banda apareceu. O local entrou em erupção em fanfarra com todo o grupo reunido, era cerca de dez vezes mais alto que os aplausos que tinham recebido após Bumbershoot. Todo mundo aqui estava orgulhoso de seus meninos e queria desejar-lhes boa sorte. O bar estava a rebentar pelas costuras, e ainda havia um par de horas antes do show começar oficialmente.
Ao ouvir o barulho, Pete saiu da parte de trás. Ele suspirou desanimado por seu entretenimento estar partindo para outro lugar, em seguida, balançou a cabeça e levantou as mãos para o ar. O local acabou se acalmando quando todos olharam para ele. Kellan, trabalhando o seu caminho através da multidão para ficar perto de seus companheiros de banda, trancou os olhos com Pete.
Sorrindo para o cantor, Pete disse: — Kellan... meninos... vocês fizeram maravilhas para o meu pequeno pub e eu nunca vou esquecer disso. Se e quando vocês voltarem, vocês sempre terão um lugar aqui. — Kellan sorriu, seus olhos vagando no chão. Os outros D-Bags sorriram, sorrindo um para o outro. Fungando de uma forma claramente emocional, Pete balançou a cabeça. — Enfim... Uma rodada para todos, por conta da casa!
O bar entrou em erupção e meus olhos se arregalaram. Havia um monte de gente aqui. Quando Pete andou para conversar com a sua banda, Jenny, Kate e eu começamos a trabalhar em agradar as massas com suas cervejas livres. Levou uma eternidade para deixar todos satisfeitos, mas eventualmente, com Rita, e o bartender que trabalhava durante o dia, Troy, ajudando, nós conseguimos. Quando finalmente as coisas acalmaram, encostei-me ao bar e suspirei, já esgotada.
Kate e Jenny encostaram-se ao bar comigo, uma de cada lado meu. Kate explodiu uma mecha de cabelo fora de seus olhos, a primeira mecha de cabelo que eu já vi nela. — Eu vou sentir falta desses caras, mas ufa, isso vai ser uma noite longa.
Rita apareceu mais atrás de nós, servindo-nos umas doses. — Uma rodada para as senhoras! — Troy caminhou até o lado dela e Rita lhe deu um sorriso sugestivo antes de derramar um. — E você também, eu acho. — Eu escondi meu sorriso dela, sem me preocupar em dizer a ela que eu tinha certeza que Troy nunca estaria interessado no caminho que seu sorriso insinuava. Eu tinha certeza de que os interesses de Troy estavam em outro lugar... como no meu namorado.
Com copos tilintando, todos bebemos uma dose rápida. Queimou descendo, mas depois esquentou e acalmou, apenas o suficiente para me ajudar a passar pelo caos de hoje. Quando Rita e Troy se afastaram para ajudar a iniciar a próxima rodada para as pessoas, Jenny suspirou e deitou a cabeça no meu braço. — Eu vou sentir falta de Evan... e os rapazes. Pete não vai ser o mesmo.
Assenti, descansando minha cabeça contra ela. — Eu sei... Nada mais será o mesmo.
Kate suspirou e ambas olhamos para ela. — Sim, eu tenho algumas boas lembranças daqueles meninos. — Rindo, ela girou uma mecha de cabelo em torno de seu dedo. — Um par de verões atrás, eles me sequestraram no meu aniversário. — Ela sorriu para Jenny. — Evan me fez usar esse chapéu estúpido de aniversário, lembra?
Jenny sorriu para Kate e balançou a cabeça. — Sim, isso foi divertido. — Melancolicamente, ela olhou para os caras. — Eu me lembro de quando eles fizeram um show em Eastern Washington. Nós decidimos viajar na estrada com eles. Todos nós ficamos presos no meio do caminho quando a van de Griffin quebrou. Tivemos que acampar em uma parada de descanso. — Jenny começou a rir, Kate e eu nos juntamos a ela. — Matt nunca mais marcou outro show nas montanhas depois disso.
Jenny enxugou os olhos quando as memórias da viagem caíram sobre ela. Eu suspirei, desejando que eu estivesse aqui para aqueles momentos felizes. Kate estendeu a mão e bateu no ombro de Jenny. — Lembra-se do fiasco com a água?
Jenny assentiu. — Sim, Griffin ainda não está autorizado a voltar lá.
As duas começaram a rir, e eu fiz uma careta, imaginando o que ele tinha possivelmente feito. Lágrimas escorreram pelo rosto de Jenny, quando ela disse: — E lembra a festa no último andar? As alturas assustaram Matt e ele passou a noite inteira no centro exato do telhado. — Enxugando os olhos, Jenny riu, — Kellan teve que colocar ele por cima do ombro para levá-lo para fora.
Eu ri com elas, imaginando, em seguida, eu suspirei. Eu tinha perdido tantas lembranças.
Rindo sem parar, Kate acrescentou: — Lembra quando você me encontrou com Kellan um Ano Novo?
Eu imediatamente parei de rir e girei a cabeça para Kate. Ela imediatamente parou de rir, lembrando-se de quem eu era. — Você e Kellan? — Eu a olhei de cima a baixo com os olhos apertados, como se tivesse acabado de acontecer. — O quê?
Meu tom era um pouco amargo e Jenny colocou a mão no meu ombro. Kate empalideceu e sacudiu a cabeça. — Nós não fizemos sexo... não chegamos tão longe. — Ela apontou para Jenny. — Ela... — Mordendo os lábios, Kate deu de ombros, parecendo muito apologética.
Meus olhos se estreitaram ainda mais, eu coloquei minhas mãos em meus quadris. — Por que você nunca mencionou isso antes?
Kate se encolheu um pouco. — O que eu deveria dizer? Hey, eu quase fiz sexo com o cara que você está saindo? Isso não é legal. — Ela encolheu os ombros novamente. — Além disso, foi muito tempo atrás, e nós estávamos muito, muito bêbados. Eu acho que ele nem... — Olhando em torno autoconsciente, ela encolheu os ombros novamente. — Eu tenho que voltar para o trabalho.
Sentindo meu rosto esquentar, eu não disse nada e ela rapidamente virou-se e fugiu. Deus! Ele tinha feito com Rita, ele perguntou à Jenny, e agora eu vim a descobrir que ele quase tinha feito com Kate. Será que alguém não tem história com Kellan no Pete!?
Vendo-me furiosa, Jenny entrou na minha frente, colocando as duas mãos sobre meus ombros. — Ele é diferente agora, Kiera. — Olhando para onde Kate tinha desaparecido, Jenny sacudiu a cabeça. — E não a odeie por ceder a ele. — Olhando para mim, ela levantou uma sobrancelha sugestivamente. — Você sabe quão persuasivo ele pode ser.
Eu fui levada pela razão e cai um pouco contra o bar. — Eu sei... Eu só não queria que todo o mundo tivesse algum tipo de história sexual com o homem que eu sou apaixonada.
Rindo baixinho, Jenny abaixou-se para olhar em meus olhos. — São muitas, Kiera, eu sei, mas tenho certeza de que não é toda a gente. — Sacudindo a cabeça, ela sorriu alegremente. — Eu não tenho uma história com ele. Eu nunca o beijei. — Ela imediatamente franziu o cenho e se afastou, seus olhos de repente imerso em pensamentos. — Hmmm...
Meu queixo caiu quando ela balançou a cabeça, suas linhas de expressão ficando mais profundas. Eu bati em seu ombro. — Você beijou, não é?
Olhando para mim com uma pequena careta, ela encolheu os ombros. — Foi uma vez quando ele me levou para casa depois de um turno. — Minha boca abriu e fiz um barulho muito grosseiro. Ela torceu os lábios e balançou a cabeça. — Desculpe, eu esqueci. Não foi muito tempo depois que eu comecei a trabalhar aqui. Ele estava parecendo triste e solitário e ele se ofereceu para me dar carona, então eu cedi e disse que sim. Então nós estávamos falando no carro e ele se inclinou e me beijou. — Ela balançou sua bela cabeça loira de cabelo. — Eu o empurrei para trás e disse a ele que eu não queria. — Revirando os olhos, ela acrescentou, — Eu acho que foi por isso que ele começou a me perseguir, até que eu finalmente coloquei o meu pé no chão.
Ela encolheu os ombros quando ela olhou para mim, como se não fosse grande coisa. Fechando meus olhos, eu balancei a cabeça e sai para a sala nos fundos. Eu precisava ir a algum lugar onde nenhuma outra mulher que Kellan tinha estado intimamente estaria. E agora, isso significava que eu tinha que estar sozinha.

Comentários

  1. "— Vê algo que gosta?"

    Como não lembrar de Rose e Dimitri ��

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Nada de spoilers! :)

Postagens mais visitadas deste blog

Trono de Vidro

Os Instrumentos Mortais

Trono de Vidro