Capítulo 23 - Dor nas Costas

A manhã seguinte começou suficientemente pacífica, mas eu sabia que não iria durar, não com a minha exposição iminente no horizonte. Mas, enquanto a luz do sol que entrava pela janela aberta do meu lado acariciava os pedaços de pele que Kellan e eu mostrávamos enquanto nós descansávamos em nossos lençóis emaranhados, despenteados, a preocupação com o futuro parecia um evento muito distante, um que eu não precisava me preocupar ainda. Querendo ronronar de contentamento, como o gato fofo que eu costumava ter quando criança, eu calei o mundo e foquei no homem na minha frente. Ele era tudo o que importava mesmo.
Kellan parecia igualmente contente enquanto traçava o retângulo sensível cobrindo meu pulso ferido. Eu sabia que nós dois tínhamos coisas que precisávamos fazer hoje, e que eventualmente teríamos de levantar e lidar com a explosão de fofocas que provavelmente já estava acontecendo, mas mais alguns minutos de tempo de qualidade não iriam doer nada. E eu tinha um sentimento que este poderia ser o último momento de paz que teríamos por um tempo.
Esse pensamento foi confirmado por mim cerca de dez minutos mais tarde. Como se a realidade estivesse jogando um balde de água fria sobre a nossa serenidade, meu celular começou a tocar, e Kellan levantou poucos segundo depois. Eu inalei uma respiração profunda enquanto eu trocava olhares com Kellan. Ambos ignoramos o toque por um momento, então Kellan murmurou: — Por que temos telefones celulares, mesmo?
Rindo, beijei seu nariz. — Acho que devemos responder a essas. As fotos já devem ter sido publicadas. As pessoas estão provavelmente preocupadas. — Me encolhi, perguntando-me se meus pais já tinham visto as fotos. Meu pai iria ficar furioso se ele visse uma foto de sua filha sendo chamada de prostituta.
Kellan suspirou, então balançou a cabeça. Ele começou a se virar, mas eu segurei sua bochecha. Ignorando o zumbido incessante na sala, olhei profundamente em seus olhos. — Aconteça o que acontecer daqui pra frente, quero que você saiba que não me arrependo de nada. Estar com você, te amar, viver isso com você... tudo tem valido a pena, e nós vamos passar por isso juntos. — Sorri. — Somos uma equipe. Somos nós contra o mundo.
Claramente comovido por minha declaração, Kellan murmurou, — Nós contra o mundo? Isso soa como uma maravilhosa vantagem. — Nossos telefones ficaram em silêncio por um segundo, em seguida, começaram a tocar novamente.
Eu ri quando coloquei um leve beijo em seus lábios. —É melhor do que nenhuma.
Demorou um minuto para Kellan e eu nos desembaraçarmos. De alguma forma, nós enrolamos o lençol sobre nós e embaixo de nós. Estávamos rindo, quando finalmente tivemos a bagunça arrumada. Isso me fez feliz que mesmo com esse caos sendo empurrado goela abaixo, ainda podíamos encontrar minúsculos bolsões de leviandade. Eu rapidamente coloquei algumas roupas frescas, enquanto Kellan puxou a cueca. Antes de correr para o meu telefone, eu levei cinco segundos para apreciar plenamente a visão do abdômen apertado de Kellan e suas pernas magras exibidas pelo material preto de seda. Ele era perfeito, por dentro e por fora, e eu realmente não poderia culpar o mundo por ser obcecado por ele.
Imaginando que preocupar-me com alguém que amo pegaria uma parte de mim em primeiro lugar, eu olhei para a tela antes de atender. Sorri quando vi o nome de Denny. Não importa o que, Denny sempre estaria do meu lado.
— Hey, Denny, — eu disse, levando o telefone ao meu ouvido. Kellan estava do outro lado do quarto, também em seu celular agora.
— Kiera, você está bem? — O sotaque dele em volta do meu nome era tão quente, doce e carinhoso como no primeiro dia que eu o ouvi. — Você viu as notícias? Seu rosto está em todo lugar. Eles sabem sobre você. Estão todos a chamando de amante do Kellan.
Suspirei enquanto me sentei na beira da cama. — Eu não vi ainda, mas eu sabia que estava por vir. Um cara nos emboscou ontem, quando pensávamos que estávamos sozinhos. — Encolhendo-me, perguntei: — Então, quanto é que as fanáticas Kell-Sex me odeiam?
Denny soltou um longo suspiro que disse tudo. — Bem, vamos apenas dizer que algumas delas são muito... apaixonadas. E inventivas. Só espero que você nunca se encontre em qualquer beco escuro com elas. — Eu ri, e Denny suspirou novamente. — Eu odeio soar como um disco quebrado, companheira, mas você pode sempre voltar para casa se ficar muito difícil. — Rindo um pouco, ele acrescentou, — Abby ainda disse que ela poderia escondê-la em nosso armário, se as coisas ficarem muito ruins.
Deixei escapar um suspiro grosseiro. — Sim, fugindo de volta para casa e me escondendo com meu ex e sua namorada... Não seria nada estranho. — Depois de ouvir o meu comentário, Kellan sorriu para mim.
Depois de um longo período de silêncio, Denny calmamente disse: — Noiva. Pedi a Abby para se casar comigo, e ela disse que sim.
Mesmo que eu estivesse esperando, meu estômago caiu. Isto deve ter sido o que ele sentiu quando Kellan e eu ‗nos casamos‘ bem na frente dele. Engolindo em seco, empurrei para baixo a quantidade microscópica de dor na minha barriga e abraçei totalmente a quantidade épica de alegria que eu sentia por meu melhor amigo. — Denny, isto é... Parabéns. Eu estou tão feliz por você, por vocês dois. Você merece uma vida maravilhosa, e eu sei que Abby dará a você.
Ele exalou, o alívio em sua voz. — Obrigado. Eu estava... nervoso para te dizer.
— Não fique nervoso para me dizer uma boa notícia. Você e eu passamos desse ponto em nosso relacionamento. Eu espero que tenhamos, de qualquer maneira.
— Passamos. — ele concordou.
O segundo que eu desliguei a chamada com Denny, meu telefone tocou de novo. Eu tinha a sensação de que eu estaria respondendo a um monte de telefonemas hoje. Eu estava muito enjoada e cansada de receber ligações telefônicas. Fiz uma careta enquanto olhava para a tela. Apertei o botão de ligar, e trouxe o telefone para o meu ouvido. — Oi, papai.
Eu mantive minha voz tão despreocupada quanto possível, mas não funcionou. A resposta do meu pai era: — Você precisa voltar para casa agora!
Fazendo-me confortável na cama, passei os próximos 20 minutos convencendo meu pai que eu estava bem, e Kellan estava bem, e tudo estava indo bem, então ele não tinha absolutamente nada para se preocupar. Eu esperava que eu não estivesse mentindo.
Kellan deixou Jenny e Rachel entrarem no quarto enquanto eu estava desesperadamente tentando sair do telefone com meu pai, ele estava a três segundos de distância de vir para Filadélfia para me buscar. Uma vez que consegui desligar, Jenny me deu um abraço. — Ei, Rachel e eu estamos indo para o aeroporto agora. Eu só queria dizer adeus antes de sairmos.
Quando Jenny e eu nos separamos, notei que seu rosto normalmente brilhante não estava tão jovial como normalmente era. Ao lado dela, Rachel parecia igualmente angustiada. — Eu odeio o que a mídia está fazendo com você. Eles estão fazendo você parecer uma vadia barata.
O telefone de Kellan tocou novamente, e suspirando, ele se virou enquanto atendia, ele ainda estava em suas boxers. Rachel estava propositadamente mantendo os olhos afastados do corpo esculpido de Kellan; Jenny nem sequer parecia notar.
Suspirando com o comentário de Jenny, eu espreitei sobre a cama. Kellan trouxe meu laptop ontem à noite, assim como a minha mala. Enquanto eu estava ocupada convencendo meu pai que não havia nada para se preocupar, eu tinha ficado on-line para encontrar a história sobre mim. Não tinha sido difícil. A página de notícias que a web abriu estava apresentando o drama em sua seção de História Principal. Havia algo muito estranho sobre o sofrimento de um casal de estrelas do rock que estava sendo espirrado por todo um site de notícias respeitável.
Havia três fotos de Kellan e eu em destaque no artigo. Uma das fotos era um close de nossos rostos, tirada enquanto nós estávamos nos beijando. Kellan estava sofrendo nesta foto, e a angústia em seu rosto era tão clara como os meus lábios em cima dos seus. A segunda foi um momento depois, quando tínhamos percebido que estávamos sendo filmados. Nós dois estávamos olhando diretamente para o fotógrafo, choque em nossos rostos; mesmo surpreso Kellan parecia aflito. As fotos foram tão ampliadas que o cemitério estava longe de ser visto. Graças à emoção no rosto de Kellan, realmente parecia que ele estava traindo Sienna, e estava rasgado por isso. Eu estava confortando-o no momento, mas na foto eu parecia como uma adúltera fria, seduzindo-o a ser infiel à mulher que amava.
A última foto, a foto reveladora, era Kellan de pé sobre o fotógrafo depois de derrubá-lo no chão. Parecendo bem chateado, Kellan parecia que queria continuar esmurrando o homem - um adúltero culpado furioso por ter sido pego em flagrante. Era uma mina de ouro de fofocas, e foi tudo muito enganador e incriminador.
Seguindo o meu olhar, Jenny apontou para o computador. — Eu me sinto tão mal por ter que deixá-la no meio deste circo.
Assistindo Kellan correr a mão pelo cabelo enquanto falava com alguém em seu telefone celular, eu lhe disse: — Estar com ele sempre vai ser um circo. — Sorrindo, olhei para ela. — Ele vale isso, no entanto.
Jenny me deu outro abraço. — Nós temos que ir, mas me chame sempre que precisar. Ok? — Nos separamos, e a mão dela esfregou no meu braço. — E tenha fé.
Engolindo as lágrimas repentinas, eu disse a ela que teria. Fé era uma das poucas coisas que eu tinha no momento.
Rachel e eu trocamos um breve abraço depois, e, em seguida, as minhas duas amigas desapareceram da minha vida novamente. Uma breve onda de solidão cresceu em mim; eu realmente gostava do meu momento de menina. Eu rapidamente lembrei que eu ia vê-las novamente no meu casamento, e nesse meio tempo eu teria a minha irmã para me fazer companhia. Eu me perguntei se ela já tinha visto isso.
Kellan olhou ao redor da sala, quando ele finalmente desligou seu telefone. — As meninas saíram?
— Yeah.
Kellan assentiu com a cabeça e levantou o telefone em seus dedos. Com os lábios rígidos, ele me disse: — Meu pai e Hailey ligaram. Ambos estão preocupados com você. Hailey está preocupada que você vai ser linchada pelas fãs antes de tudo isso ser esclarecido. — Ele franziu a testa, como se ele pensasse isso também.
Colocando meus braços ao redor do seu pescoço, disse-lhe: — Nós vamos resolver isso, mas agora, você tem aquela apresentação privada para se preparar. — Eu levantei minha sobrancelha enquanto eu o lembrava que ele ainda tinha um trabalho a fazer em toda essa loucura.
Kellan deixou a cabeça cair para trás. — Deus, eu tinha esquecido tudo sobre isso. — Parecendo que queria faltar o trabalho, ele disse, — Eu estava esperando me sentar com alguém, esta tarde, fazer uma declaração formal sobre essa imagem, mas eu não vou ter tempo.
Colocando a palma da mão sobre a tatuagem do meu nome sobre o seu coração, me inclinei e o beijei. Como que pontuando exatamente o que ele tinha dito, nossos telefones celulares começaram a tocar novamente e Tory bateu na nossa porta. — Dez minutos, Kyle!

***

Eu parei de esconder nosso relacionamento. Então, quando a escura SUV que a gravadora contratou nos deixou no local, segurei a mão de Kellan enquanto caminhávamos para dentro. O enxame de paparazzi esperando do outro lado da cerca de segurança era enorme, eu nunca tinha visto tantas câmeras em toda a minha vida. Eles imediatamente reagiram quando viram nós dois juntos. Flashes acendiam e apagavam em padrões rítmicos, aleatórios. A multidão clamando pela melhor foto de Kellan e eu parecia uma grande, árvore de Natal caótica, luzes se esforçando para ofuscar o sol nesta tarde de outono. O homem alto, no meio só precisava de um anjo na cabeça para completar o efeito. Eu era grata pelo carinho e força que emanava da mão de Kellan quando ele apertou a minha firme, - eu sentia como se o meu corpo inteiro estivesse caindo aos pedaços, eu estava tremendo muito.
Isso era tão fora da minha zona de conforto que eu tinha certeza que eu estava batendo na zona de conforto de alguém. Mas em vez de me encolher e esconder, levantei minha cabeça e endireitei as costas. Eu não estava fazendo nada de errado, e eu não tinha nada para me envergonhar ou temer. As fãs na multidão tomaram minha decisão como arrogância. As palavras flutuavam sobre o terreno. Palavras pejorativas - prostituta, vagabunda, destruidora de lares, cadela, e várias outras que eu não conseguia repetir em minha própria cabeça. Kellan estava apertando minha mão dolorosamente forte no momento em que estávamos seguros atrás de portas fechadas. Eu balancei minha mão para que ele deixasse algum fluxo de sangue de volta para os meus dedos.
— Desculpe. — ele murmurou. — Eu tive que me segurar em você para me impedir de bater algumas cabeças.
Eu sorri para ele. — Considerando que a maioria dos órgãos ligados a essas cabeças são jovens, fãs de vocês, eu diria que é uma coisa muito boa que você não bateu qualquer uma delas.
Ele passou os braços em volta da minha cintura. — Bem, não ache que eu não queria.
— Não pense que eu não queria também, — brinquei. Bem, meio-brinquei.
Kellan e eu encontramos o nosso caminho para o camarim dos D-Bags. O resto dos D-Bags já estavam lá quando entramos. Anna também estava. Estava ao lado de uma pequena mesa cheia de salgadinhos, despejando um saco de M & Ms em uma tigela gigantesca de pipoca recentemente estalada. Arrastando-se até uma cadeira, ela relaxou e equilibrou a taça em sua barriga. Enquanto Kellan foi até Matt e Evan, eu me sentei ao lado dela.
— Hey, — murmurei, vendo a taça mudar um pouco enquanto Maximus movia-se por baixo.
Anna enfiou um punhado de pipoca e chocolate em sua boca. — Ei, ouvi dizer que você é uma puta vadia por roubar o homem de Sienna.
Inclinando a cabeça para trás na cadeira, sorri para a minha irmã. — Yep. Eu oficialmente, globalmente fodi com tudo entre eles.
Anna mastigou o alimento por um minuto, e depois sorriu. — Bem, vagabunda ou não, eu ainda te amo.
— Obrigada, Sra. Hancock, eu também te amo. — Rindo, peguei um pouco de pipoca. Anna bateu na minha mão.
— Amá-la não significa que eu estou compartilhando minha pipoca. — Ela apontou para a mesa. — Pegue suas próprias guloseimas... puta vadia.
Exagerando um gemido triste, eu me preparei para ficar de pé. Parei quando percebi Anna contraindo e pressionando a junta em suas costas. — Você está bem, mana?
Ela assentiu com a cabeça. — Sim, só uma dor nas costas. Ela vem e vai... Eu estou bem.
Ela parecia pálida para mim, com o rosto abatido e cansado. Talvez fosse apenas porque ela não estava usando sua sombra habitual habilmente aplicada e rímel. Eu estava acostumada a ver a minha irmã toda arrumada. Isso costumava deixar meu pai louco que ela raramente ia a lugar algum sem maquiagem. Ele muitas vezes dizia: — Por que você precisa rímel, se você está indo só se sentar em um cinema escuro? — Sua resposta era sempre a mesma: — Porque eu tenho que caminhar até o lobby para chegar lá, papai. — Só o fato de que ela não havia pintado os olhos hoje falou volumes sobre como estava cansada.
— Anna, talvez você deva voltar para o ônibus e deitar.
Ela balançou a cabeça, mesmo seu cabelo parecia um pouco sem brilho hoje. — Eu quero ouvir o show. Griff vai fazer um pouco de solo para mim. — Seu sorriso, embora ainda claramente doído, estava cheio de amor por seu marido. Deus, eu ainda não podia me acostumar com essa palavra estar conectada com Griffin.
Tory veio um pouco mais tarde para pegar os caras para a conferência de imprensa. Não querendo atrapalhar o trabalho de Kellan desnecessariamente exasperando suas fãs, decidi ficar no camarim. Anna parecia muito confortável para seguir Griffin, assim ela ficou comigo. Ou talvez ela não estivesse confortável. Eu não poderia dizer. Ela parecia bem na superfície, mas a cada poucos minutos, ela podia ter um estranho, olhar focado em seu rosto, e ela começaria a inspirar e expirar de forma lenta e controlada. Então, ela estaria bem e retornaria a mastigar sua pipoca. Era estranho.
— Você tem certeza que está tudo bem, Anna?
Esguichando um M & M entre os dedos, ela franziu a testa. — Não, na verdade. — Inclinando a cabeça para examinar sua tigela de salgadinhos, ela reclamou: — Todo o chocolate se deslocou para o fundo da tigela.
Dando-lhe uma expressão não divertida, apontei para as costas. — Eu quis dizer fisicamente. Tudo certo?
Anna dispensou minha preocupação. —É apenas uma dor nas costas. Isso acontece quando você está transportando uma bola de boliche de aproximadamente quarenta e cinco quilos. Ela vai embora se eu mantiver meus pés para cima. — Para enfatizar seu ponto, ela contorceu os dedos dos pés, que estavam estendidos em uma cadeira em frente a ela.
— Eu não sei, Anna, talvez você deva consultar um médico. Quando foi a última vez que você viu um? — Anna não tinha exatamente mantido seus exames desde que deixou Seattle. Eu não tinha certeza do que eles fizeram em todas as consultas médicas, mas eles provavelmente davam conselhos sobre dores nas costas.
Anna revirou os olhos para mim. — Para uma dor nas costas? O que eles vão fazer em um hospital? Me deixar sentada, isso sim. E eu estou fazendo isso, então... Eu estou seguindo as ordens do meu médico antes mesmo de recebê-las. — Ela sorriu para mim. — Porque eu estou bem assim.
Eu estava prestes a responder o comentário sarcástico quando ela gemeu e sussurrou em uma respiração afiada. A tigela de pipoca rolou da barriga e caiu no chão, espalhando por toda parte. Ambas as mãos presas em suas costas, freneticamente massageando os músculos ao redor dos quadris. Ao ver a dor em seu rosto, eu a virei e mudei-me para trás dela. Pressionando meus dedos profundamente na parte inferior de suas costas, vi minha irmã se inclinar para frente e lutar para respirar com calma, sem gemer de dor. Meu coração começou a acelerar enquanto eu rapidamente comecei a perceber que isso era muito mais do que uma dor nas costas. Isto era o meu sobrinho batendo, e ele queria sair.
— Anna, você tem que ir a um hospital. Você está em trabalho de parto.
Ela balançou a cabeça. Com a voz tensa, ela reiterou: — É apenas uma dor nas costas, Kiera. Eu não estou prevista até a próxima semana.
Eu queria bater na cabeça da minha irmã como Kellan, por vezes, batia em Griffin, mas eu não poderia parar massageá-la enquanto ela estava com tanta dor. — Quase ninguém realmente dá à luz em sua data esperada, Anna.
Gemendo, ela murmurou: — Então, por que porra é chamada de data prevista? Isso deveria ser chamado de data estimada de entrega.
Controlando o meu sorriso, eu lhe disse: — Bem, não importa como ela é chamada, o bebê decide quando chegar, e independentemente do que você tem a dizer sobre o assunto, parece que Maximus quer nascer hoje.
Anna sorriu de forma tímida e apontou para o mar colorido de M&Ms descansando na borda da tigela derrubada. — Mas o meu chocolate...
Massageando-a com uma das mãos, peguei minha bolsa e procurei pelo meu telefone. — Seu lanche vai ter que esperar, Anna.
Encontrei meu telefone mais uma vez se escondido dentro do livro que eu estava apenas na metade. Livrando-o das páginas, eu rolei através dos meus números discados e disquei Kellan. Ele não atendeu. Tentei Griffin depois. Ele não atendeu também. Não esperando nada diferente, tentei Evan e Matt, em seguida, depois Kellan novamente. Ninguém atendeu. Eu não estava muito surpresa. Tory tinha uma política de não-celular rigorosa quando era hora de se encontrar com os fãs. Deacon tinha atendido o seu uma vez durante um encontro, e Tory lhe tinha arranjado um novo uma vez que todas as fãs tinham partido. Ela pode colocar as estrelas de rock na frente do o público em geral em sua lista de prioridades, mas ela entendia exatamente quem era que comprava os CDs.
— Droga, eu vou ter que ir buscá-los. — O que também significava que eu ia ter que invadir uma sala cheia de Kell-Sex simpatizantes. Eu realmente não tinha escolha, no entanto.
Anna concordou um gemido escapando dela. — Pegue Griffin... Eu quero Griffin. — Ela parecia uma menina, perdida e com medo.
Eu dei um tapinha em suas costas, em seguida, levantei-me para ir encontrar seu marido. Sua voz me fez parar na porta.
— Kiera. — ela gritou.
Quando me virei para ela, ela estava olhando para mim com pânico claro em seu rosto. — Acho que fiz xixi nas calças.
Eu corri de volta para ela. Suas calças pretas elásticas estavam encharcadas, e a cadeira debaixo dela estava molhada. Minha boca caiu aberta. — Não, eu acho que sua bolsa estourou.
Minha irmã oficialmente começou a surtar. — Não, não, não! Eu não estou dando à luz nos bastidores de um show de rock. Eu preciso estar em um hospital, bombeada com todas as drogas que podem legalmente me dar!
Fiquei tão chocada, que minha única resposta foi: — Bem, ele foi concebido nos bastidores de um show, por isso é tipo um encaixe para ele nascer em um.
Anna deu um tapa no meu braço, e não suavemente. Eu ia estar ferida amanhã. — Leve-me para um maldito hospital, Kiera!
Não querendo me comprometer mais, me virei e corri da sala. Pela primeira vez, uma vez que esta turnê começou, eu não consegui encontrar uma única pessoa. Nem um maldito roadie estava à vista. Havia geralmente pessoas correndo por aí, fazendo alguma coisa, mas ninguém estava nos bastidores. Era como uma cidade fantasma. Xingando minha má sorte, corri para o único lugar que eu sabia que tinha pessoas... muitas pessoas. Era onde eu precisava ir de qualquer maneira, desde Griffin estivesse na sala.
Eu podia ouvir ruídos e gritos enquanto me aproximava da sala, e percebi que o desfile das estrelas de rock tinha apenas começado. As portas estavam abertas quando cheguei lá, e algumas fãs excitadas estavam apenas começando a surgir. Algumas tinham as bochechas vermelhas, como se estivessem chorando. Precisando chegar a Griffin, eu passei por elas. Uma suspirou e exclamou: — É a puta de Kellan?
Outra respondeu: — Sim, eu acho que é. Eu não posso acreditar em sua coragem. O que ela está fazendo aqui?
Eu cerrei minha mandíbula e ignorei. Eu tinha coisas muito mais importantes no meu prato agora do que fofoca. Quando entrei na sala, meus olhos instantaneamente focaram em Kellan. Os seus arregalaram quando ele me viu. Alarme espalhou por suas feições tão claro como o dia. Ele sabia que eu não viria aqui, a menos que fosse absolutamente necessário. Eu sabia que as fãs iriam tomar o seu alarme de pânico - Ah, não, minha senhora está na mesma sala que minha namorada - mas eu sabia que Kellan sentiu que algo estava errado, muito errado.
De pé ao lado Sienna, ele tentou dar um passo a frente para chegar a mim, mas a multidão de fãs não o deixou passar. Ele não era o quem eu precisava ver, no entanto.
Ignorando-o, eu cortei as linhas sinuosas de fãs para chegar a Griffin. Isso me deu um monte de atenção indesejada. Um silêncio caiu em torno de mim, que rapidamente se transformou em sussurros ásperos. Eu fiz um monte de, — É ela! Ela está aqui! Que puta!
Quando as pessoas começaram a perceber quem eu era, as pessoas começaram a reagir. Em primeiro lugar, elas não só me deixaram passar por elas. Pedi educadamente, cutuquei, mas era como se o muro de fãs subitamente transformou-se em pedra, todas elas tinham dúvidas, e elas não estariam se movendo até que tivessem algumas respostas. Pânico surgiu. Minha irmã estava indo ter um bebê. Ela precisava de seu marido. Eu precisava passar. Isso é tudo que eu conseguia pensar. Na minha pressa, eu comecei a empurrar através delas. Não muito emocionadas comigo, elas empurraram de volta. Enquanto a área em torno de mim começou a se transformar em uma roda, eu comecei a fazer algum progresso... especialmente quando elas começaram a me empurrar por trás. Hey, o que fosse preciso para me levar para Griffin.
Assim que eu estava quase nele, fui empurrada contra uma garota de difícil aparência ostentando um moicano rosa brilhante. Ela também estava usando uma camisa Kell-Sex. Eu queria suspirar quando o reconhecimento brilhou em seus olhos. Ela nem sequer me deu uma chance de me desculpar educadamente para que eu pudesse mover-me ao redor dela. Não, para o deleite de todos ao seu redor, ela me deu um tapa em cheio. Eu nunca tinha levado um tapa antes, e eu tive uma apreciação recente do quando isso é péssimo. Eu jurei nunca bater em um ser humano novamente, mesmo que eles merecessem.
Minha orelha esquerda estava zumbindo, mas eu claramente ouvi Kellan gritar: — Hey! — Houve uma comoção atrás de mim, mas peguei o momento de distração dos fãs para finalmente fazer o meu caminho para Griffin. Seus olhos estavam tão amplos como os de Kellan tinham estado. — Puta merda, ela realmente bateu em você. Você está bem?
Raiva nublou o rosto de Griffin enquanto ele encarava a fã de moicano. Não precisando dele para defender minha honra agora, eu peguei sua mão.
— Anna está em trabalho de parto. Sua bolsa estourou. Nós temos que levá-la a um hospital... agora!
Sua boca caiu. — Ela está... — Seus olhos brilharam para a porta bloqueada por centenas de fãs já não esperando pacientemente em filas organizadas. Eu podia ouvir Tory tentando acalmá-las, e eu podia ouvir Kellan chamando meu nome. Ignorei tudo enquanto me concentrava em Griffin. Seus olhos se voltaram para os meus, em causa. — Ela está bem?
Eu balancei minha cabeça e puxei seu braço. — Não... ela está enlouquecendo, e eu tive que deixá-la sozinha para vir encontrá-lo.
Griffin balançou a cabeça, em seguida, começou a fazer o seu caminho para frente. Ele não era tão bom ou tão educado como eu tinha sido. — Saiam da porra do meu caminho! — Ainda segurando minha mão, ele me puxou pelo mar de fãs assustadas. Matt e Evan tentaram nos seguir, mas foram engolidos por trás pela multidão em nosso rastro.
Quando passei por Kellan, gritei por cima do barulho, — Anna! Hospital!
Kellan compreendeu imediatamente e se virou para Sienna. As pobres fãs esgotadas na sala não tinham absolutamente nenhuma ideia do que estava acontecendo, mas elas pegaram o caos que eu criei como uma oportunidade de contornar a polidez social e pular em suas amadas estrelas. Kellan foi prensado contra a parede por pessoas ansiosas que queriam sua atenção. As fãs perto o suficiente de amá-lo me odiavam. Eu estava amaldiçoando quando, tropecei, e eu tenho certeza que alguém cuspiu no meu cabelo. Griffin me puxou pelo caos e saiu para a relativa segurança do corredor. Armários 1 e 2 correram para a sala depois que saímos. Eu esperava que eles voltassem a tempo de resgatar Kellan, assim como Sienna. Eu rapidamente orei para que suas fãs não pudessem machucá-lo, em seguida, corri atrás Griffin para a minha irmã.
Anna estava andando pela sala quando chegamos lá, esfregando suas costas e exalando alto. O suor escorria da testa dela que ela olhou para a porta. A dor em seu rosto diminuiu para alívio quando viu Griffin. — Griff? Isso está começando a doer pra caralho.
Griffin passou as mãos pelo cabelo. — Ok, sem problema. Vamos levá-la a um hospital, e eles vão te dopar. — Ele correu até ela e apoiou o braço dela enquanto a ajudava a sair do quarto.
Eu não queria ser aquela criança que estoura a balão da outa ao mencionar que provavelmente era tarde demais para as drogas, mas eu sentia que deveria mencionar um pequeno detalhe que ambos pareciam estar esquecendo. — E sobre o show de hoje à noite?
Griffin imediatamente se lembrou de onde estava. — Foda-se! — Seus olhos perfuraram os meus. — Você sabe nossas músicas. Você toca para mim.
— Eu mal posso dedilhar uma guitarra!
Griffin me deu um tapinha nas costas quando passou por mim. — Você vai se sair bem. Boa sorte!
Eu o assisti ir embora, pensando se realmente acabei de me tornar a baixista substituta dos D-Bags. Balançando minha cabeça, corri atrás Griffin. — Não, eu vou para o hospital com vocês. Eu provavelmente levaria ovada no palco de qualquer maneira.
Griffin estava além de se preocupar com o destino de sua banda enquanto ele esfregava as costas de Anna. — Matt vai lidar com isso. Ele cuida de tudo. — Eu rezei em silêncio para que Matt não tivesse um aneurisma esta noite.
Enquanto abríamos a saída traseira, eu me perguntava se eu deveria chamar um táxi ou uma ambulância. Mas descobriu-se que eu não precisava chamar qualquer um. Um carro da gravadora parou enquanto Anna soprava e bufava descendo as escadas. O jovem piloto pareceu assustado com a visão diante de si, mas rapidamente abriu a porta para Anna e Griffin. Enquanto eu subia, lembrei de Kellan voltando-se para falar com Sienna antes de serem atacados. Ele deve ter pedido para ela conseguir um carro aqui. Eu fiz uma nota mental para agradecer Sienna mais tarde.
Enquanto o motorista corria conosco pelas ruas da Filadélfia, o telefone que eu ainda segurava na minha mão tocou. Era Kellan. Agradecida que ele não tinha sido esmagado até a morte, respondi: — Ei, você está bem.
Kellan deixou escapar um longo suspiro. — Eu ia dizer a mesma coisa. Eu não posso acreditar que aquela vadia bateu em você.
— Eu estou bem. — Meu rosto ainda estava quente do tapa, e não seria surpresa para mim se eu tivesse marcas de dedo na minha pele, mas eu estava me sentindo bem melhor do que minha irmã. Ela estava respirando com dificuldade, lágrimas picavam os cantos de seus olhos quando ela apertou sua mandíbula e se esforçou para conter a dor.
— Como está Anna? — Kellan perguntou enquanto eu a observava do banco da frente.
— Ela está... bem. — Anna fechou os olhos enquanto um ruído de dor escapava dela. Mais ternamente do que eu jamais teria pensado que fosse possível, Griffin a segurou em seus braços e sussurrou palavras de encorajamento em seu ouvido. Eles eram uma visão emocionante, e de repente a ideia de Griffin ao lado da minha família na manhã de Natal não soava tão estranha.
No meu ouvido, Kellan disse: — Eu gostaria de poder estar lá com vocês, mas Matt está surtando por causa do show. David vai substituir Griffin, e nós estamos tendo uma sessão de ensaio de emergência para prepará-lo. Mas eu vou dizer a Sienna eu estou pulando o bis hoje à noite e saindo após a nossa série. Tenho certeza que ela vai entender.
Eu não tinha certeza se ela iria, mas eu também sabia que teria que algemar Kellan se ela quisesse que ele ficasse. — Ok, eu vou vê-lo em seguida. Boa sorte.
— Sim, você também. — Ele riu secamente.
Quando chegamos à sala de emergência de um dos muitos hospitais da cidade, eu rapidamente mandei uma mensagem para Denny. Tínhamos um grande número de amigos em casa que gostariam de saber que Anna estava tendo seu bebê hoje à noite, então eu lhe pedi para transmitir a mensagem. Griffin estava ajudando Anna a sair do carro, então eu pulei para fora e corri para ajudá-lo. Entre nós dois, nós a levamos para as portas da sala de emergência. Ela continuou tentando agachar, como se tivesse que fazer xixi. Esperando que ela não estivesse fazendo o que eu acho que ela estava fazendo, eu urgentemente lhe disse: — Não empurre ainda Anna, estamos quase lá.
Seus olhos brilharam ao longo os meus. — Não é exatamente algo que eu possa controlar. Você não tem ideia do que isto parece!
— Eu sei, apenas tente, — balancei a cabeça.
Cabeças olharam para cima quando nós três entramos na sala tranquila, felizmente, era uma noite lenta. Griffin encontrou os olhos de uma enfermeira no balcão. — Precisamos de ajuda! Minha esposa está prestes a estourar.
Um pouco de alívio passou por mim de que Griffin tinha conseguido afirmar o que precisava, sem palavrões. A enfermeira pulou e agarrou uma cadeira de rodas para Anna. Ela entregou a Griffin uma prancheta de formulários. — Eu preciso que você preencha isso enquanto eu a admito. —
Griffin olhou para a pilha de papéis como se elas estivessem escritas em uma língua estrangeira. — Eu não estou preenchendo merda de formulário nenhum enquanto minha esposa dá à luz. Moça, você está doida, porra?
Exalando em exasperação, peguei a prancheta de Griffin. Tanto para ele não falar palavrões. — Eu vou preenchê-los. Você vai com Anna. — Para a enfermeira, acrescentei: — Nós achamos que a bolsa já estourou.
A enfermeira assentiu com a cabeça e começou a levar Anna pelas portas duplas. Griffin estava em seus calcanhares. Antes de desaparecer, ele jogou por cima do ombro: — Obrigado, Kiera.
Suspirei e sentei, sabendo que meu sobrinho muito provavelmente vai nascer enquanto eu estou preenchendo a maldita papelada. Mas Anna e Griffin fazendo isso sozinhos parecia apropriado.
Quando terminei com a prancheta, entreguei-a à enfermeira que tinha admitido minha irmã. Ela me disse onde Anna tinha sido levada. Eu passei por uma loja de presentes no caminho e parei para comprar a minha irmã um ursinho de pelúcia azul. Sentindo a fita azul de seda em volta do pescoço do urso, eu fiz meu caminho até as salas de parto.
Caminhando até o posto de enfermagem, comecei a perguntar pelo quarto de Anna quando vi Griffin. Ele estava andando pelo corredor em transe. A corrente de medo passou por mim com o olhar em seu rosto. Passando por mim, ele caiu em uma cadeira na sala de espera. Dividida entre falar com ele e correr para o lado de minha irmã, eu timidamente me sentei ao lado dele. — Griffin? Você... está bem?
Com seu rosto ainda em branco, ele olhou para mim. Seus olhos claros estavam mais arregalados do que eu já tivesse visto. — Isso... foi... a mais... nojenta coisa... que eu já vi.
O meu medo desapareceu. Ela estava bem. Eu bati em seu joelho e sua expressão mudou. Paz encheu seu rosto. — E a mais incrível. — Seus olhos se encheram de lágrimas e eu senti minha garganta apertar. — Você deveria ter visto Anna, Kiera. Ela foi tão corajosa. — Eu balancei a cabeça e tive o mais estranho desejo de abraçá-lo. Antes que eu pudesse, ele acrescentou: — Você pode vê-la agora. Ela é absolutamente linda... perfeita, assim como a mãe.
Levou um minuto para o que ele tinha dito ser registrado. — Ela? Anna teve uma menina?
Griffin acenou com a cabeça enquanto uma lágrima rolava pelo seu rosto. — A maldita técnica estava errada. Anna estava certa... ela geralmente está. — Minhas mãos voaram para a minha boca enquanto um soluço me escapou. Então joguei meus braços em torno de Griffin e o abracei com força. Ele riu e chorou em meus braços, e eu senti algo por Griffin que nunca havia sentido antes - um profundo amor familiar.
Secando minhas bochechas, pulei para fora da cadeira. — Qual é o quarto?
Ficando de pé, Griffin apontou para o corredor que acabou de vir. — Lá. Vou levá-la.
Minha irmã parecia esgotada e radiante quando entramos no quarto. Ela estava segurando um pequeno pacote embrulhado em cobertores rosa e vestindo um chapéu listrado pastel. Eu comecei a chorar novamente. Quando Anna olhou para mim, suas bochechas estavam molhadas. — Eu consegui, Kiera.
Inclinei-me para abraçá-la, impressionada. — Eu sabia que você faria muito bem. — Ela ajustou a pessoa minúscula descansando em seu peito para que eu pudesse ver o rosto do bebê. Ela era gorda, perfeitamente rosa, com rechonchudas bochechas, que pediam para ser beijada. Como se ela soubesse que eu estava vendo, ela abriu os olhos azuis de ardósia e olhou para mim. Ela abriu a boca, como se ela estivesse tentando sorrir. Griffin estava certo, ela era absolutamente de tirar o fôlego, muito possivelmente a coisa mais linda que eu já vi. Não, ela definitivamente era a coisa mais linda que eu já vi.
Uma pequena mão estava livre dos cobertores que a cobriam, e coloquei a mão suavemente para tocá-la. Seus dedos instintivamente enrolaram o meu dedo mindinho, e eu chorei de novo. Levantando o urso azul na minha outra mão, eu disse a Anna, — Eu acho que eu preciso ir trocar isso por um rosa.
Anna concordou. — Eu disse àquela vaca que eu estava tendo uma menina.
Enquanto eu acariciava os dedos do bebê, perguntei a ambos, — Então... Myrtle, né?
Anna zombou. — Não. Não há nenhuma maneira que eu esteja nomeando meu bebê de Myrtle. Nós escolhemos algo melhor.
Olhei entre os dois. Quando eles tinham escolhido outro nome da menina? Demoraram meses para se decidir por Maximus. Griffin sorriu, e eu comecei a me preocupar sobre o que eles haviam nomeado minha sobrinha.
— O nome dela é Gibson. — Ele fez um gesto no ar como se estivesse tocando uma guitarra, e eu entendi a referência. Gibson era uma marca de guitarras. Era uma espécie de um nome estranho para um bebê, especialmente uma menina, mas era o nome perfeito para o filho de uma estrela do rock. Eu imediatamente me apaixonei por ele.
Sorrindo, eu beijei sua bochecha. — Olá, Gibson, é tão bom finalmente conhecê-la.
Um pensamento me ocorreu, e eu olhei para a minha radiante irmã. Minha mãe tinha chamado minha irmã sem parar durante as duas últimas semanas, tentando voar para Seattle para que ela não perdesse o nascimento. Anna esteve adiando-a, dizendo-lhe que era muito cedo para voar. Honestamente, eu acho que ela só não queria dizer que ela não estava em Seattle, como mamãe e papai pensavam. Mamãe ia ficar furiosa que ela tinha perdido o nascimento de sua primeira neta.
— Anna, — Eu saltei. — Mamãe vai nos matar.

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