Canção do Rio Tâmisa
Uma nota de sal
cai e o rio sobe
escurecendo até a cor do chá
avolumando-se para encontrar o verde.
Acima das margens as engrenagens e rodas
de máquinas monstruosas
retinem e giram, o fantasma interior
desaparece em meio a suas bobinas
sussurrando mistérios.
Cada pequena engrenagem tem dentes,
cada roda gigantesca move
um par de mãos que pega
a água do rio,
a devora, converte em vapor,
coage a grande máquina a funcionar
pela força de sua dissolução.
Suavemente, a maré sobe,
corrompendo o mecanismo.
Sal, ferrugem e silte
desacelerando as engrenagens.
Nas margens
os reservatórios de ferro
oscilam em suas amarras
com o soar oco
de um sino gigante,
de tambor e canhão
gritando em uma língua de trovão,
e o rio corre por baixo
– Elka Cloke
Adorei! Muito engrandecedor e muito obrigada estava tentando achar uma tradução confiável. E o seu blog é muito bem organizado ( sem falar que tem alguns de meus livros favoritos, cof,cof), muito fofo!
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