Capítulo 4
A espada da assassina deslizou para fora da bainha com um gemido quase inaudível. Ela respirou fundo e estremeceu, preparando-se para o que viria a seguir.
Os olhos de Lorde Nirall se abriram no momento em que a campeã do rei ergueu a espada sobre a cabeça dele.
— Olha quem está aqui — disse Anthony, colocando dois guardanapos na frente de dois bancos vazios.
— Obrigada pelo aviso na outra noite — falei. — Você podia ter me dito que eu estava saindo do bar com o meu chefe.
Val abafou uma risada.
— Você deixou que ela saísse daqui com ele? Não deu nem uma pista? Isso é simplesmente cruel.
O barman repuxou a boca para o lado.
— Ele não era seu chefe... ainda. Além do mais, eu sabia que não ia acontecer nada.
Estreitei os olhos.
— Mas você sabia que ele ia ser, e você perdeu a aposta.
Anthony ficou surpreso.
— Maddox? Ah, não, queridinha, você deve ter tido uma alucinação.
— Não fique tão chocado — falei. — Isso não é educado.
— Não é isso... Só que... — Anthony olhou para Val. — Já vi o cara rejeitar tantas mulheres. Já foi bem surpreendente ele ter pedido para você ir embora com ele.
Val balançou a cabeça e deu uma risadinha.
— Eu te falei. Ele desistiu das mulheres.
— Bem, o são Thomas quebrou sua promessa — falei.
Anthony ergueu o dedo e fez círculos no ar.
— Você deve ter algum vodu no meio das pernas.
Val caiu na gargalhada.
— Talvez eu tenha! — falei, fingindo estar ofendida.
Anthony pareceu arrependido, como se implorasse em silêncio: “Não me mata”.
— Você está certa. Eu devia ter te alertado. A primeira rodada é por minha conta. Amigos?
— É um bom começo — falei, sentando.
— Nossa — ele disse, olhando para Val —, ela é brava.
— Espera até o Maddox descobrir que você sabia que ela era agente.
Anthony levou a mão ao peito, parecendo realmente preocupado.
— Jesus amado, você não vai contar pra ele, vai?
— Talvez — falei, roendo a unha do polegar. — É bom você me proteger daqui pra frente.
— Prometo — ele disse, levantando três dedos.
— Para com essa merda. Você nunca foi escoteiro — Val falou.
— Ei — disse uma voz masculina antes de se inclinar para beijar o rosto de Val e sentar no banco ao lado dela.
— Ei, Marks. Você conhece a Lindy.
Marks se inclinou, me deu uma olhada e se recostou de novo.
— Ãhã.
Val fez uma careta.
— O que é isso? — Ele estava concentrado na enorme tevê acima de nós, e, como não respondeu, ela deu um tapa no braço dele com o dorso da mão. — Joel! Pra que essa babaquice?
— Mas que... Por que você está me batendo? — ele disse, esfregando o braço. — Eu só quero ficar longe de encrenca.
Revirei os olhos e encarei Anthony.
— O de sempre? — o barman perguntou.
Eu assenti.
— Você já tem um de sempre? — Val perguntou. — Com que frequência você vem aqui?
Suspirei.
— É só a terceira vez.
— Em três dias — Anthony acrescentou e pousou um manhattan sobre o guardanapo diante de mim. — Você vai falar comigo desta vez?
— Você tem sorte de eu estar falando com você agora — comentei.
Ele assentiu, depois olhou para Val.
— Se ela tivesse pedido um único drinque, ainda assim eu lembraria. De quem você acha que é este bar?
Val arqueou uma sobrancelha.
— Este bar não é seu, Anthony.
— É meu bar — ele disse, colocando um copo baixo na frente dela. — Está vendo mais alguém administrando essa merda? — Ele apontou ao redor. — Então tá.
Val deu uma risadinha, e Anthony anotou o pedido de Marks. Eu estava acostumada com mais gentileza, mais cortesia. Mas gostava do humor afiado e dos limites irregulares do grupo — sem ressentimentos, sem seriedade. Depois de um dia no escritório, era reconfortante.
A porta fez um barulho, e uma rápida olhada se transformou em uma longa olhada enquanto Maddox se dirigia ao banco ao lado de Marks. Os olhos dele capturaram os meus por uma fração de segundo, depois ele cumprimentou o amigo. Antes que Maddox pudesse sentar e afrouxar a gravata, Anthony já tinha colocado uma garrafa de cerveja no balcão em frente a ele.
— Relaxa — Val sussurrou. — Ele não vai ficar por muito tempo. Talvez uma única bebida.
— Fico feliz por nunca ter tentado trabalhar como agente secreta. Estou começando a achar que meus pensamentos e sentimentos são cercados por paredes de vidro e legendados, para o caso de eu não ser óbvia o suficiente.
Val me ajudou a manter uma conversa quase normal, mas então Maddox pediu mais uma bebida.
O rosto dela se contraiu.
— Ele não é assim.
— Que inferno — sussurrei. — Bem, é melhor eu ir pra casa, de qualquer forma.
Fiz um sinal pedindo a conta a Anthony, e Marks se inclinou para frente.
— Você vai embora? — perguntou.
Apenas assenti.
Ele pareceu irritado com o meu silêncio.
— Você não fala mais?
— Só estou tentando te ajudar a ficar longe de encrenca. — Assinei a pequena tira de papel para Anthony, deixando uma gorjeta que cobria todas as três noites, e passei a alça da bolsa no ombro.
O ar noturno me implorava para fazer um caminho diferente até o meu apartamento, mas dobrei a esquina e atravessei a rua, subindo os degraus da entrada do prédio. Quando entrei, meus saltos martelaram o piso de cerâmica até eu estar na frente do elevador.
A porta de entrada abriu e fechou, e Maddox diminuiu o ritmo até parar, quando me viu.
— Subindo? — perguntou.
Eu o encarei com uma expressão confusa, e ele olhou ao redor como se estivesse perdido, ou talvez não acreditasse que tinha dito algo tão idiota. Estávamos no térreo.
As portas deslizaram com um ruído animado e eu entrei. Maddox me seguiu. Apertei o botão do quinto e o do sexto andar, incapaz de esquecer que Maddox morava diretamente acima de mim.
— Obrigado — disse ele.
Pensei ter captado sua tentativa de aliviar a voz irritada de “eu sou o chefe”.
Enquanto o elevador subia os cinco andares, a tensão entre mim e meu supervisor aumentava, assim como os números iluminados sobre a porta. Finalmente, quando meu andar apareceu, dei um passo para fora e soltei a respiração que estava prendendo. Virei para fazer um sinal para Maddox e, pouco antes de as portas se fecharem, ele saiu.
Assim que seus pés atingiram o carpete do quinto andar, ele pareceu se arrepender.
— Seu apartamento não é...
— No andar de cima. É — ele respondeu. Então olhou para minha porta e engoliu em seco.
Ao avistar a tinta azul gasta na minha porta, eu me perguntei se as lembranças vinham tão rápido e tão fortes para ele quanto para mim.
— Liis... — Ele fez uma pausa, parecendo escolher cuidadosamente as palavras, e suspirou. — Eu te devo um pedido de desculpas pela noite em que nos conhecemos. Se eu soubesse... se eu tivesse feito meu serviço e analisado sua ficha minuciosamente, nenhum de nós estaria nessa posição.
— Sou crescidinha, Maddox. Posso lidar com a responsabilidade tão bem quanto você.
— Eu não te dei a promoção por causa daquela noite.
— Certamente espero que não.
— Você sabe tanto quanto eu que seu relatório está excepcional, e que tem mais colhão do que a maioria dos homens da unidade. Ninguém nunca me enfrentou como você. Preciso de um agente assim como supervisor.
— Você questionou o meu trabalho na frente de todo mundo só pra ver se eu ia te enfrentar? — perguntei, irada e hesitante ao mesmo tempo.
Ele pensou na pergunta, depois colocou as mãos nos bolsos e deu de ombros.
— Sim.
— Você é um babaca.
— Eu sei.
Meu olhar involuntariamente foi parar nos lábios dele. Por um instante, me perdi nas lembranças de como foi maravilhoso estar em seus braços.
— Com isso estabelecido, acho que começamos com o pé esquerdo. Não precisamos ser inimigos. Nós trabalhamos juntos, e acho que, pelo bem do esquadrão, precisamos ser cordiais.
— Pelo nosso histórico, acho que tentar ser amigos seria uma ideia especialmente ruim.
— Não amigos — falei rapidamente. — Um... respeito mútuo... como colegas de trabalho.
— Colegas — ele falou sem expressar qualquer emoção.
— Profissionais — comentei. — Você não concorda?
— Agente Lindy, eu só queria esclarecer que o que aconteceu entre nós foi um erro, e, apesar de possivelmente ter sido uma das minhas melhores noites desde que voltei para San Diego, nós... nós não podemos cometer esse erro de novo.
— Estou ciente disso — falei simplesmente. Eu estava tentando com muito afinco ignorar a observação sobre a ótima noite, porque tinha sido ótima, mais até do que isso, e ela nunca se repetiria.
— Obrigado — ele disse, aliviado. — Eu não estava ansioso por essa conversa.
Olhei para qualquer lugar, menos para Maddox, e peguei a chave na bolsa.
— Tenha uma boa noite, senhor.
— Apenas... Maddox está ótimo quando não estivermos no escritório. Ou... Thom... Maddox está ótimo.
— Boa noite — falei, enfiando a chave na fechadura e girando-a.
Enquanto fechava a porta, vi-o seguir em direção à escada com uma expressão furiosa.
Meu sofá estava sendo mantido refém, cercado por caixas de papelão. As paredes brancas sem cortinas pareciam desconfortavelmente frias, mesmo com a temperatura agradável do lado de fora. Fui direto para o quarto e caí de costas na cama, encarando o teto.
O dia seguinte seria longo, organizando o escritório e entendendo em que ponto estávamos no caso de Vegas. Eu teria que desenvolver meu próprio sistema para acompanhar o progresso de todo mundo, definindo em que ponto estavam nas tarefas atuais e no que trabalhariam em seguida. Seria minha primeira tarefa como supervisora, subordinada a um ASAC que esperava perfeição.
Bufei.
Em um dos cantos do teto havia uma pequena mancha de umidade, e eu me perguntei se Maddox tinha deixado a banheira transbordar alguma vez ou se se tratava apenas de um vazamento em algum lugar das paredes.
Uma leve batida atravessou o gesso que separava nosso apartamento. Ele estava lá em cima, provavelmente entrando no chuveiro, o que significava que estava se despindo.
Droga.
Eu o conheci como alguém que não era meu chefe, e agora era difícil não me lembrar do homem inebriante que eu encontrei no bar, dono dos lábios pelos quais me lamentei antes mesmo de ele deixar minha cama.
Raiva e ódio eram as únicas maneiras de eu aguentar meu período em San Diego. Eu teria que aprender a odiar Thomas Maddox, e eu tinha a sensação de que ele não ia tornar isso difícil para mim.
***
As prateleiras estavam vazias, mas sem poeira. Um espaço maior do que eu jamais poderia esperar ocupar, a sala do supervisor era tudo pelo qual eu havia lutado e, ao mesmo tempo, o próximo passo parecia apenas mais um degrau quebrado na escada que eu estava subindo no FBI.
O que para uma pessoa comum poderia parecer uma bagunça de fotos, mapas e fotocópias era meu jeito de acompanhar que agente era designado para qual tarefa, quais pistas eram promissoras e quais suspeitos eram mais interessantes que outros. Um nome em particular chamou minha atenção e aparecia toda hora — uma lenda fracassada do pôquer chamada Abernathy. A filha dele, Abby, também aparecia em algumas fotos em preto e branco de câmeras de segurança, embora eu ainda não tivesse chegado aos relatórios sobre seu envolvimento.
Val entrou e observou, horrorizada, enquanto eu colocava o último clipe na ponta da lã vermelha desenrolada.
— Uau, Liis. Há quanto tempo está fazendo isso?
— A manhã toda — respondi, admirando minha obra de arte enquanto descia da cadeira. Coloquei as mãos nos quadris e bufei. — Fantástico, né?
Ela respirou fundo, parecendo impressionada.
Alguém bateu à porta. Virei e avistei o agente Sawyer apoiado no batente.
— Bom dia, Lindy. Gostaria de discutir algumas coisas com você, se não estiver ocupada.
Sawyer não parecia o babaca que Val pintara. O cabelo estava recém aparado, longo o bastante para passar os dedos, mas ainda assim profissional. Talvez ele usasse spray demais, mas o corte estilo James Dean lhe caía bem. O maxilar quadrado e os dentes brancos e retos destacavam os olhos azul-claros. Ele até que era bonito, mas havia algo feio por trás de seus olhos.
Val fez uma careta.
— Vou avisar ao zelador que tem lixo no seu escritório — ela disse, passando por ele.
— Sou o agente Sawyer — ele falou, dando alguns passos para apertar minha mão. — Eu ia me apresentar ontem, mas fiquei preso no tribunal. Foi um dia longo.
Segui até a parte de trás da minha mesa e tentei organizar as pilhas de papéis e arquivos.
— Eu sei. O que posso fazer por você, Sawyer?
Ele se acomodou em uma das duas poltronas de couro acolchoadas posicionadas em frente à minha grande mesa de carvalho.
— Pode sentar — falei, apontando para a poltrona na qual ele já havia sentado.
— Eu já tinha planejado fazer isso — ele disse.
Devagar e sem desviar o olhar do par de olhos azul-oceano diante de mim, sentei na minha cadeira grande demais, e o encosto alto me fez sentir como se tivesse me acomodado em um trono — meu trono, e esse palhaço estava tentando mijar na minha corte. Eu o encarei como se ele fosse um cão sarnento.
Sawyer pousou uma pasta sobre a minha mesa e a abriu, apontando para um parágrafo destacado em laranja fluorescente.
— Eu já tinha levado isso pro Maddox, mas agora que temos um par de olhos novos...
Maddox entrou pisando duro na minha sala.
Sawyer se levantou como se tivesse levado um tiro.
— Bom dia, senhor.
O chefe simplesmente fez um sinal com a cabeça em direção à porta, e Sawyer saiu apressado sem dizer uma única palavra. Maddox bateu a porta com força, e a parede de vidro tremeu, então eu não precisava fazer isso.
Eu me recostei em meu trono e cruzei os braços, prevendo e esperando um comentário babaca sair daquela boca perfeita.
— Gostou do seu escritório? — ele perguntou.
— Como é?
— Sua sala — ele disse, andando de um lado para o outro e jogando a mão na direção das prateleiras vazias. — É do seu agrado?
— Sim?
Os olhos de Maddox se voltaram para mim.
— Isso é uma pergunta?
— Não. O escritório é satisfatório, senhor.
— Muito bem. Se precisar de alguma coisa, é só me dizer. E — ele apontou para a parede de vidro —, se aquele merda asqueroso encher seu saco, você fala diretamente comigo, entendeu?
— Sou capaz de lidar com o Sawyer, senhor.
— No instante exato — ele se agitou — em que ele fizer uma observação depreciativa, questionar sua autoridade ou lhe passar uma cantada, você vai direto para minha sala.
Se ele me passar uma cantada? Quem ele acha que está enganando?
— Por que o designou para esse caso, se o odeia tanto?
— Ele é bom no que faz.
— Ainda assim, você não lhe dá ouvidos.
Ele esfregou os olhos com o dedão e o indicador, frustrado.
— Só porque eu tenho que aguentar a babaquice para usar seu talento, não significa que você tem que fazer o mesmo.
— Eu pareço fraca para você?
Suas sobrancelhas se uniram.
— Como é?
— Você está tentando puxar meu tapete? — Eu me empertiguei. — É esse o seu jogo? Estou tentando decifrar isso tudo. Acho que seria melhor me fazer parecer reclamona e incompetente do que simplesmente me tirar da jogada.
— O quê? Não. — Ele pareceu genuinamente confuso.
— Eu consigo lidar com o Sawyer. Consigo lidar com o cargo que acabei de assumir. Sou capaz de liderar esse esquadrão. Mais alguma coisa, senhor?
Maddox se deu conta de que estava boquiaberto e fechou a boca.
— Isso é tudo, agente Lindy.
— Fantástico. Tenho trabalho a fazer.
Maddox abriu a porta, enfiou as duas mãos nos bolsos da calça, assentiu e seguiu para a porta de segurança. Ergui o olhar para o relógio e soube exatamente para onde ele estava indo.
Val entrou apressada, os olhos arregalados.
— Que merda, o que foi isso?
— Não tenho a menor ideia, mas vou descobrir.
— Ele saiu apressado do pub ontem à noite. Ele te levou até em casa?
— Não — respondi, me levantando.
— Mentira.
Eu a ignorei.
— Preciso liberar um pouco de tensão. Se importa de vir comigo?
— Para a academia de ginástica no horário do ASAC? Nem morta.Você não devia forçar a barra, Liis. Entendo que vocês dois têm uma competição esquisita em andamento, mas ele é conhecido pelo gênio ruim.
Ergui minha sacola de ginástica do chão e passei a alça pelo ombro.
— Se ele quer que eu force a barra, vou forçar.
— Até onde? Até ultrapassar o limite?
Pensei nisso por um instante.
— Ele entrou aqui todo irritado por causa do Sawyer.
Val deu de ombros.
— O Sawyer é um babaca. Ele deixa todo mundo puto.
— Não, eu tive a nítida impressão de que o Maddox estava... Sei o que isso pode parecer, mas ele estava se comportando como um ex-namorado ciumento. Se não for isso, acho que ele me deu essa promoção para me fazer parecer incompetente. Combina com o que você disse sobre ele antes, e com o que ele fez comigo antes da promoção.
Val enfiou a mão no bolso e pegou um pequeno pacote de pretzels. Ela levou um à boca e mastigou em pedacinhos, como um esquilo.
— Estou mais inclinada a acreditar na sua teoria de que o Maddox está com ciúme, mas isso é impossível. Primeiro, ele nunca teria ciúme do Sawyer. — Seu rosto se contorceu. — Segundo, ele simplesmente não é mais assim, não depois que aquela garota o fez odiar qualquer coisa que tenha vagina.
Eu quis lembrá-la que ele também não tinha dormido com ninguém antes de mim, mas isso daria a entender que eu queria que ele estivesse com ciúme, e não era verdade.
— O que te faz pensar que a culpa foi dela? — perguntei.
Isso a fez parar.
— Ele estava apaixonado pela garota. Você já foi na sala dele?
Balancei a cabeça.
— Aquelas prateleiras vazias costumavam exibir porta-retratos com fotos dela. Todo mundo sabia como ele se esforçava para cuidar do trabalho e amá-la como ele achava que ela merecia. Agora ninguém fala no assunto... não porque ele fez alguma coisa errada, mas porque ela partiu o coração dele, e ninguém quer que ele se sinta mais infeliz do que já está.
Eu a ignorei.
— Sou analista de inteligência, Val. Minha natureza é juntar pedaços de informação e formar uma teoria.
Ela torceu o nariz.
— O que isso tem a ver? Estou tentando argumentar que ele não está com ciúme do Sawyer.
— Eu nunca disse que ele estava.
— Mas você queria que ele estivesse. — Val estava confiante de que tinha razão. Isso era irritante.
— Quero saber se estou certa sobre ele. Quero saber se ele está tentando puxar meu tapete. Quero arrancar aquela camada externa e ver o que há por baixo.
— Nada que você vá gostar.
— Veremos — falei, passando por ela em direção à porta.
Uma mulher que gosta de desafiar um Maddox, isso vai pegar fogo
ResponderExcluirKkkkk ta cada vez mais interessante...
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