Capítulo 67
O sol nascente manchava o rio Avery de dourado enquanto o homem encapuzado caminhava para um cais aos pedaços, próximo aos cortiços da cidade. Pescadores zarpavam, festejadores cambaleavam, voltando da noitada, e Forte da Fenda ainda dormia – ignorante ao que acontecera na noite anterior.
O homem sacou uma linda espada, o punho de águia reluzindo à primeira luz da manhã. Por um longo momento, encarou a arma, pensando em tudo o que ela um dia representara. Contudo, havia uma nova espada ao lado dele; a espada de um antigo rei, que vinha de uma época em que homens bons tinham servido governantes nobres, e o mundo prosperara por isso.
Ele veria esse mundo renascer, mesmo que tomasse seu último suspiro.
Mesmo que não tivesse nome agora, não tivesse posição ou título além de Quebrador de Juramento, Traidor, Mentiroso.
Ninguém reparou quando a espada foi atirada ao rio, o punho refletindo a luz do sol e queimando como fogo dourado, um clarão de luz antes de a arma ser engolida pela água escura, para nunca mais ser vista.
Capítulo curto?
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