Capítulo 15
Taylor se encolheu, afastando a
mão.
— Você achou que fui eu que
atropelei e matei o irmão da Olive, o Austin? — Como ele não falou nada,
continuei: — Agora eu entendo por que você falou mais cedo que eu não dirijo.
— Que diabos você está falando? —
ele perguntou.
— Não estou aqui por causa do
Austin. É a Olive.
Ele franziu o nariz.
— A Olive?
— Meus pais não queriam que
ninguém soubesse dela por causa dos planos do meu pai. Ele era prefeito em
Colorado Springs e decidiu ser candidato a governador do Colorado na próxima
eleição.
— Este ano, então — comentou
Taylor, triste. — Mas o que isso tem a ver com o Shane e a Liza... ou a Olive?
Tô confuso pra caralho. Você está falando muita coisa, mas não está me dizendo
nada.
Sequei uma lágrima que tinha
escapado e escorrido pelo meu rosto.
— Ela... é minha.
Taylor me encarou como se eu
estivesse em chamas.
— Mas ela tem, tipo... idade para
estar no jardim de infância. — Ele balançou a cabeça. — Como é que ninguém sabe
disso? Não entendo como você manteve segredo esse tempo todo.
— Os meus pais sabem. A Phaedra e
o Chuck sabem. Várias pessoas suspeitam. Correram boatos. Muitos boatos.
— Kirby? — ele perguntou.
Balancei a cabeça.
— Foi por isso que seus pais
ficaram horrorizados porque eu sou de Eakins. Eles não queriam que o segredo
fosse descoberto. Eles não queriam que eu te trouxesse aqui.
Meu lábio inferior tremeu.
— Eles querem que eu finja que
isso nunca aconteceu, que ela nunca aconteceu. Eles fizeram chantagem com a
faculdade, dizendo que, se eu não assinasse os documentos, eu estaria jogando a
minha vida no lixo. E, depois — falei, quase sussurrando as palavras —, eu
percebi que não importava. Nada importava. Eu já tinha jogado a minha vida no
lixo porque ela tinha ido embora.
Ele balançou a cabeça.
— Falyn, não sei o que está
acontecendo aqui, mas... — ele se encolheu, já arrependido das próximas
palavras — a Olive não foi adotada. Ela é filha de Shane e Liza.
Houve um engano.
— Você não acredita em mim? —
perguntei.
— É só que... isso é esquisito
pra caralho. Quer dizer, quais são as chances? Ela acaba ficando com um casal
de Eakins, que mora na casa ao lado do meu pai, e você e eu nos conhecemos e
ficamos amigos. Não quero te chatear, mas isso está errado. Eu lembro quando o
Shane e a Liza se mudaram para cá. Eles têm fotos da Olive bebê nas paredes, da
Liza com a Olive no colo, no hospital. Eles se mudaram para cá quando a Olive
tinha dois anos. E nunca falaram que ela era adotada.
— Exatamente — falei, secando o
rosto de novo e apontando para ele. — Exatamente. É perfeito demais. Você e eu
estávamos destinados a nos conhecer. Isso estava destinado a acontecer.
O rosto todo de Taylor se
contorceu, e ele se levantou.
— Você está falando sério. Você
realmente está me dizendo que a Olive é sua filha?
Minha boca se abriu.
— Você não a viu? A Phaedra diz
que ela é a minha cara. Pensa no Shane e na Liza. Com qual dos dois a Olive se
parece, Taylor?
Ele pensou por um instante, com
os olhos colados no chão.
— É verdade. — Ele olhou para
mim. — Mesmos olhos. Mesmo cabelo. Mesmo nariz e lábios. O queixo é diferente.
Dei uma risada sem humor.
— O queixo é do pai.
Ele piscou, tentando processar o
que eu tinha acabado de falar.
— Mas e as fotos?
— As fotos da Liza com a Olive
foram tiradas do lado de fora do meu quarto no hospital. Vai até lá agora e
olha. A Liza não está de camisola de hospital. Posso jurar que não. Posso te
levar até a maternidade em Saint Francis, em Springs. Se as fotos mostram Olive
recém-nascida num hospital, foram tiradas lá.
— Não é que eu não acredite em
você — ele disse, esfregando a nuca. — É só que... eu te trouxe aqui. Você quer
interromper a vida dessas pessoas? Não me sinto bem com isso.
Balancei a cabeça.
— Eu não faria isso.
— Você sabe como eu me sinto em
relação a você. Quer dizer, você precisa saber. Não sei se existe alguma coisa
que eu não faria por você. Isso parece pateticamente inadequado quando dito em
voz alta — disse ele, indignado. — Mas é... — Ele desviou o olhar, e a voz foi
ficando fraca. — Não podemos fazer isso com eles.
— Concordo — falei. — Eu também
não quero fazer nada com eles.
Ele fez uma pausa.
— Então qual é o plano, Falyn?
Acho que Olive não sabe que é adotada. Você não vai...
— Não. Eu só... — Respirei fundo.
— Meus pais me fizeram acreditar que eu não tinha escolha, e eu convivo com a
decisão que tomei. Vou conviver com ela para sempre, mesmo agora, estando
exatamente na casa ao lado. Sei que ela já sofreu uma perda. Não quero virar a
cabeça da Olive de pernas para o ar duas vezes.
Parecia que Taylor tinha levado
um soco no estômago.
— Eles te obrigaram a abrir mão
dela?
— Eu não contei para eles que
estava grávida. Escondi isso até a Blaire me encontrar. Eu estava no chão do
meu banheiro, de quatro, ensopada de suor e tentando não fazer força. Eu mal
tinha dezoito anos.
A imagem mental perturbou Taylor,
e ele se ajeitou, desconcertado.
— Minha mãe ouviu barulho no meu
quarto. Ela me encontrou e me levou para o pronto-socorro. — Levei os dedos aos
lábios. — Depois que a Olive nasceu, tive poucas horas para decidir. Meus pais
disseram que, se eu não abrisse mão dela, ia perder tudo. Durante toda a minha
vida, eu tinha planejado ir para a faculdade, ter uma carreira, deixar meus
pais orgulhosos — engasguei com as palavras. — Uma assinatura parecia uma
solução fácil. Eu não entendi do que estava abrindo mão.
— Como seus pais tiveram coragem
de te obrigar a isso? Isso é horrível, Falyn. Que porra!
O quarto ficou silencioso e, de
repente, estava constrangedor demais para falar. Um soluço ficou preso na minha
garganta, e eu o engoli.
— Então eu fui para a faculdade.
É mais fácil pensar quando não tem alguém no seu ouvido o tempo todo. Percebi
que não era aquilo que eu queria, mas era tarde demais. Eu não podia tirar a
Olive da mãe dela duas vezes. Fiquei doente pouco tempo depois de começar a
faculdade. Achei que era o estresse da situação. Então, depois de um ano em Dartmouth,
eu voltei para casa. Foi aí que aconteceu. A Blaire me levou ao médico, e eles me
disseram que eu tinha desenvolvido uma endometriose. Foi minha punição pelo que
fiz.
Taylor balançou a cabeça,
confuso.
— O que isso significa?
— Não posso ter mais filhos.
Seus olhos foram até o chão
enquanto ele pensava nas minhas palavras.
— Deixei os meus pais porque
estava cercada pelas coisas que eles tinham prometido, e eu não queria... nada
daquilo. Percebi que tudo que eu recebia deles era sujo. Eram coisas pelas
quais eu tinha trocado a minha filha.
Taylor estendeu a mão para mim,
mas eu recuei.
— Eu só queria vê-la — falei. —
Não posso criar essa garotinha. Eu aceito isso. Mas ainda posso estar em pelo
menos uma das lembranças dela. Às vezes, acho que esse é o único lugar onde eu
quero existir.
Taylor balançou a cabeça.
— Imagino.
— Imagina o quê? — falei, secando
o rosto com a manga.
— Por que você odeia tanto os
seus pais.
— Eu me odeio mais — falei, só
percebendo isso naquele momento, ao dizer as palavras em voz alta.
Ele travou o maxilar.
— Não consigo imaginar alguém me
fazendo sentir tão sozinho que eu tivesse que abrir mão da minha filha.
Meus olhos encararam o nada
enquanto eu me perdia nas lembranças.
— Eu a segurei por apenas alguns
momentos preciosos. Seu corpo todo cabia nas minhas mãos — falei, mostrando a
Taylor como ela era pequenininha. — Chorei mais do que ela. Eu já a amava e
sabia que nunca mais a veria. William não conseguiu entrar no quarto. Blaire o
chamou, mas ele ficou no corredor. Ele se recusou a olhar para a neta, a coisa
que ameaçava a sua campanha.
Dei uma única risada.
— Um bebê. Ela era apenas um
bebê. A Blaire sussurrou no meu ouvido enquanto eu segurava a Olive, enquanto
eu chorava com ela no colo, tomando cuidado para as enfermeiras não escutarem.
Ela disse: “Isso se chama sacrifício. É a coisa mais amorosa que você pode
fazer por ela”. E talvez ela estivesse certa. A Olive tem uma vida boa com o
Shane e a Liza.
— Tem mesmo — comentou Taylor.
— Eu sobrevivi sozinha... sem
nada. Eu podia ter cuidado dela. Teria sido difícil, mas ela era minha, e eu
era dela. — Funguei. — Eu teria sido uma boa mãe.
— Não — disse Taylor. — Você é
uma boa mãe.
Olhei para ele, vendo-o sob uma
nova perspectiva e me vendo através dos seus olhos.
Era quase fácil não odiar a
mulher que ele via. Ele tinha colado alguns dos meus pedaços quebrados em
poucas semanas. Eu estava tentando fazer isso havia mais de cinco anos.
— Você precisa parar — falei.
— O quê? — ele perguntou, tenso.
— Sou... — Mordi o lábio com
força, me punindo pelas palavras que viriam a seguir. — Sou uma tremenda
confusão. Não sou nada e não vou a lugar nenhum.
Metade de sua boca se curvou num
sorriso.
— Você está comigo, certo? E isso
não é lugar nenhum.
— Você não me quer. Sou uma
covarde — sussurrei. — Eu estava mais preocupada com coisas materiais do que em
ficar com a minha filha.
— Você está errada. Eu te quero
mais do que qualquer coisa que eu já quis na vida.
Apoiei a cabeça em seu peito. Ele
me puxou para si e me abraçou, enquanto meu corpo todo se sacudia com soluços
devastadores. Quanto mais eu chorava, mais forte ele me abraçava. Ele beijou
meu cabelo enquanto sussurrava palavras de consolo, tentando fazer qualquer
coisa para interromper minha dor.
— Estamos aqui em Eakins. De
algum jeito, a gente vai consertar isso — ele disse quando me acalmei.
Eu finalmente respirei fundo,
deixando meu corpo se derreter em seu abraço.
— Acho que está bem claro que não
é só desejo o que sinto. — Ele deu uma única risada, nervoso. — Não consigo
ficar longe de você. Isso se chama necessidade.
Olhei para ele, conseguindo dar
um sorrisinho.
— Você só está tentando ser o
herói de novo.
Ele secou uma lágrima do meu olho
com o polegar, e depois envolveu meu rosto delicadamente com as duas mãos.
— É mais do que isso. — Uma ruga
se formou entre suas sobrancelhas. — Não tenho ideia do que seja, mas tenho um
medo do caralho de falar em voz alta.
Pressionei os lábios, vendo o
desespero em seus olhos.
— Então não fala. Me mostra.
Ele balançou a cabeça devagar e
olhou para a minha boca. Então se aproximou aos poucos, sua respiração falhando
enquanto previa o que estava prestes a acontecer.
O ar entre nós ficou eletrizado.
Cada batida do meu coração era tão alta que eu tinha certeza de que ele estava
escutando. Eu só queria que ele me abraçasse mais forte, que nós dois
ficássemos mais próximos.
Seus dedos pressionaram minha
pele quando seus lábios roçaram nos meus. Demos um pulo quando alguém bateu à
porta.
— Falyn? — Abby chamou do outro
lado. — Você está bem? Parecia que você estava chorando.
Os ombros de Taylor desabaram, e
ele deu alguns passos para girar a maçaneta.
A preocupação de Abby foi
substituída pela raiva no instante em que ela viu meu rosto.
— Que diabos está acontecendo?
— Ela está bem — disse Taylor.
Abby olhou furiosa para ele, com
olhos acusadores.
— Ela está chorando. Ela não está
bem.
As sobrancelhas de Taylor se
ergueram, e ele olhou para todo mundo ao redor.
— Mas não é por minha causa. Eu
deixaria o Travis me dar uma surra, antes de fazê-la chorar desse jeito.
— Estou bem — falei com um
sorriso agradecido. — Não estamos brigando.
Travis marcou sua presença,
aparecendo na porta, ao lado da esposa.
— Desde quando um Maddox não
briga com a namorada?
Abby tentou não sorrir e o
cutucou nas costelas com o cotovelo.
— Eu não destruí o quarto nem
nada — disse Taylor.
Eu não sabia o que ele queria
dizer, mas a frase tirou o sorriso convencido do rosto de Travis.
Sem conseguir deixar Taylor
aguentar a pressão por mais tempo, falei:
— Estamos conversando sobre outra
coisa, algo que aconteceu muito tempo atrás.
— Ah — disse Travis, entendendo
subitamente. — Merdas do passado. Sabemos tudo sobre merdas do passado.
Abby semicerrou os olhos para
Taylor.
— O que você falou para ela?
— Nada! — exclamou Taylor, na
defensiva.
Abby apontou para ele.
— Acho bom você não ter trazido
ela aqui só para fazê-la chorar, Taylor Dean!
— Eu não fiz isso!
— O que foi que você disse? —
Abby exigiu saber.
— Que eu a amo! Mais ou menos
isso. — Ele fez uma pausa, virando-se para mim.
Minha respiração ficou presa.
— Você... o quê? Tenho certeza
que você não disse nada parecido com isso.
— Bom, é isso que eu estou
tentando dizer há algum tempo — Taylor resmungou.
A boca de Abby se abriu de
repente, e ela sorriu.
Taylor ignorou nosso público e
deu alguns passos até ficar a apenas alguns centímetros de mim. Ele examinou o
meu rosto com tanta adoração nos olhos que eu comecei a chorar de novo.
— Não chora — ele disse.
— Babaca — disse Travis,
envolvendo a esposa com o braço.
Taylor deu um passo ofensivo em
direção ao irmão mais novo e mais alto, e Travis deu um pulo para trás com um
sorriso divertido. Fiquei em pé e agarrei a camisa de
Taylor, segurando-o. Ele não
reagiu.
Abby revirou os olhos.
— Me avisa se precisar de ajuda,
Falyn. Eu chuto a bunda dele de hoje até domingo.
— Ah, vamos lá, Abby — disse
Taylor. — Acabei de dizer para a garota que eu a amo, e você está me fazendo
parecer um completo babaca.
— Você é um completo babaca —
disse Abby. — Para de fazer a Falyn chorar.
A boca de Taylor se abriu, e ele bateu
a porta na cara dos dois. Sequei os olhos e sentei na ponta da cama.
— Isso foi para eles?
— O que foi para eles?
— Essa coisa toda de eu-te-amo.
Tem alguma coisa a ver com você trazer para casa uma garota com quem não está
transando?
Os ombros de Taylor afundaram, e
ele se ajoelhou na minha frente.
— Meu Deus, Falyn, não.
— Então... você me ama — falei
incrédula.
— Claro que sim, caramba — ele
afirmou, sem hesitar. — Eu falei que, depois dessa viagem, nós não seríamos
mais amigos. — Ele percebeu minha expressão. — O que foi?
— Que triste para você.
— Isso é tudo que você tem a
dizer? — ele perguntou, magoado.
— Sou uma confusão, Taylor. Mais
cedo ou mais tarde...
— Você é maravilhosa, Falyn. Que
porra! Nunca fiquei tão orgulhoso de conhecer alguém na vida. E isso significa
muito. Tenho muitos amigos que são heróis condecorados. Você estava certa sobre
como isso aconteceu. Estávamos destinados a nos conhecer. Do jeito que nos
conhecemos. Não pode ser tudo uma estranha coincidência. — Seus olhos
encontraram os meus. — Eu sei o que você está pensando, mas não vou te deixar,
Falyn. E não vou permitir que você me deixe.
— Você não tem como saber isso.
— Você não precisa falar que me
ama, mas é tarde demais para mim.
Recuar nesse momento, com Taylor
me olhando nos olhos, confessando seus sentimentos, era inútil. Mas o medo
muito real do adeus estava por perto, rondando a expectativa de um final feliz.
Tinha que estar. Afinal, ou eu me afastava ou as pessoas que eu amava eram
arrancadas de mim. E o adeus era quase tudo que me sobrava.
— Tenho medo de te perder se
disser em voz alta — falei, desejando que minha voz estivesse baixa demais para
o destino escutar.
— Então você assume — ele disse,
surpreso. — Você me ama.
Fiz que sim com a cabeça,
preocupada com a reação dele. Ele me puxou para si e me abraçou com força,
aliviado.
— Não consigo acreditar, porra.
Nunca acreditei nesse tipo de coisa, mas é difícil negar.
— O amor? — perguntei.
— Antes de eu me candidatar para
o Grupo Alpino, antes do Shane e da Liza decidirem adotar... é loucura dizer
que isso é muito antigo? Que nós dois somos muito antigos? Alguém sabia que eu
precisaria segurar a sua mão antes mesmo de eu ter uma.
— Isso é meio poético.
— Rosas são vermelhas — ele
começou, com um sorriso travesso.
— Para — alertei.
— Seus olhos são verdes — ele
disse, me jogando na cama.
Dei uma risadinha, sem fazer
muito esforço para afastá-lo de mim.
— O verde mais lindo que já vi.
Ele parou de me fazer cócegas, e
eu relaxei, respirando sob ele com dificuldade.
Seu sorriso desapareceu.
— Eu te amo — ele sussurrou.
— Esse poema é péssimo. Nem rima.
— Rima, sim. — Ele se inclinou,
tocando meus lábios com os seus.
Seus dedos envolveram meu
maxilar, e meus lábios se abriram instantaneamente, ansiosos pela mesma emoção
que senti quando ele me beijou no avião. Mas dessa vez foi diferente. Dessa
vez, estávamos sozinhos.
Agarrei a barra inferior de sua
camiseta e a puxei para cima. Taylor colocou a mão na nuca e a puxou até sair.
Passei os dedos pelas suas costas, e ele gemeu. Fazia anos que eu não tocava um
homem desse jeito, e agora que eu estava fazendo isso, minhas mãos queriam
explorá-lo ainda mais. Estendi a mão até o botão de seu jeans e o abri, a
rigidez atrás do zíper implorando para escapar.
Sua boca deixou a minha e desceu
pelo meu pescoço. Suas mãos levantaram minha blusa para ter acesso à pele nua
do meu peito e da barriga até atingirem a minha cintura.
Ele deslizou uma das mãos sob
mim, seus dedos encontrando o caminho até o meu sutiã. Com os dedos, ele abriu
o fecho e, com a outra mão, soltou o botão da minha calça.
Seus movimentos confiantes e experientes
só me deixaram mais excitada pelo que viria a seguir. Apesar de explorar o meu
corpo pela primeira vez, ele sabia exatamente o que fazer e como me tocar. Eu
só tive um amante, e o que estava acontecendo agora era muito melhor. O homem
que estava sobre mim não só estava apaixonado, mas, pela expressão em seus
olhos, estava prestes a fazer amor comigo, algo que seria novidade para ele
também.
Taylor segurou o zíper e o puxou
para si, deslizando a língua sob o tecido. Suspirei, sentindo minhas entranhas
ficarem tensas, implorando por ele. Taylor beijou bem atrás do botão de metal
enquanto abria o zíper, depois puxou meu jeans pelos quadris. Seus lábios
batizaram minha pele num rastro de pequenos beijos até chegar aos meus tornozelos,
e ele jogou a calça jeans no chão.
Taylor demorou no caminho de
volta, lambendo a parte interna da minha coxa com a ponta da língua. Ele curtiu
cada alongamento dos meus quadris todas as vezes que eu me retorcia sob ele.
O ritmo em que tirava a minha
roupa era incrivelmente excitante. Ele tirou minha camiseta, deslizou as alças
do sutiã por sobre os ombros e jogou o tecido branco sedoso no chão.
O colchão gemeu sob nós quando
ele se ergueu e se afastou de mim. Depois ficou em pé diante da cama,
planejando o que faria comigo a seguir, enquanto empurrava seu jeans até o chão
e saía de cima dele. Taylor engatinhou de novo na cama, se posicionando sobre
mim.
Ele encostou a testa na minha e
suspirou.
— O que foi? — sussurrei, me erguendo
para beijar o canto de sua boca.
Ele abaixou o corpo sobre o meu,
e os únicos tecidos que o impediam de me penetrar eram de sua boxer Calvin
Klein e da minha calcinha de algodão, vergonhosamente simples.
— Você estava chorando quinze
minutos atrás, e não quero que pense que estou querendo tirar proveito. Não tem
problema se a gente ficar só assim.
Estendi a mão lentamente entre
nós, deslizando os dedos pelos gomos de seu abdome e por baixo do elástico para
agarrar seu membro. Um gemido baixo ecoou em sua garganta enquanto eu apertava
com mais força e puxava lentamente, deixando sua pele rolar em seu membro.
— E se eu pedir por favor?
Sua respiração ficou presa, e sua
boca se fechou na minha, um fim visceral para o limite da sua força de vontade.
Minhas mãos deslizaram para as
suas costas e depois desceram, a boxer abaixando com o movimento. Uma vez
exposto, ele puxou minha calcinha para o lado, encostando a pele na minha.
Eu me preparei, depois ofeguei
quando ele balançou lentamente os quadris para frente, me penetrando. Meus
dedos se enterraram em suas costas, o colchão gemendo em um ritmo lento a cada
estocada delicada.
Taylor se inclinou para saborear
meus lábios de novo, gemendo na minha boca enquanto se enterrava mais fundo em
mim. Cruzei os tornozelos nas suas costas, deixando-o chegar mais perto,
afundar ainda mais.
Em algum lugar no andar de baixo,
a risada intermitente da família dele podia ser ouvida, nos lembrando de não
fazer barulho. Cada vez que eu precisava gemer alto, Taylor cobria minha boca
com a dele. Eu não sabia quanto tempo havia se passado, atenta apenas ao volume
dentro de mim e às idas e vindas enquanto meu corpo implorava igualmente por
mais e por um alívio. Taylor fez as duas coisas, várias vezes seguidas, durante
horas a fio, até eu ficar totalmente exausta.
Cada centímetro meu parecia
dolorido e relaxado quando Taylor caiu ao meu lado,ofegando e sorrindo.
— Que merda, mulher. Eu achei que
te amava antes...
Estendi a mão para baixo até
encontrar os dedos de Taylor, deixando-os se entrelaçarem aos meus.
— Contanto que me ame depois.
Isso, sim, seria uma novidade.
Ele virou de lado, apoiando a
cabeça na mão.
— Não costumo jogar essas
palavras por aí. Eu nunca falei isso para ninguém que não fosse da família.
— Eu só falei para uma pessoa até
agora.
Ele balançou a cabeça.
— Só uma?
Olhei para a janela, o brilho do
poste de luz lá fora penetrando.
— Olive.
— Mais ninguém?
— Não — respondi, olhando de novo
para ele e tocando seu rosto. — Só você.
O pensamento pareceu
reconfortante para Taylor, e ele relaxou.
Meus olhos se fecharam e,
enquanto Taylor se ajeitava ao meu lado, deixei a fadiga me arrastar
profundamente. Pela primeira vez em muito tempo, eu não estava sozinha na
escuridão.
Bah, que história, coitada dela
ResponderExcluirNossa... que triste, eu como mãe, naum aguentaria passar por isso 💔 que ódio dos pais dela 😡 mas ainda bem que q agora tem o Taylor para cuidar e amar ela... e junto a família Maddox 😍😍 e essa fofura da Olive... imagino q lindo os 3 juntos 😍😍
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